quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Tratativas com Argentina e Uruguai para tornar Rio Grande o porto concentrador de cargas da região estão avançadas

“As tratativas com a Argentina e o Uruguai para tornar Rio Grande o porto concentrador de cargas da região estão avançadas”, revelou o diretor da PortosRS, Fernando Estima, durante a 2ª Reunião Conjunta dos CAPs (conselhos de autoridades portuárias  de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas), que contou com o representante do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul), Sandro Araujo. “A consolidação dessa situação certamente atrairá ainda mais armadores e produtos para o terminal local”, previu Araujo.

A busca de transformar Rio Grande no hub port do Merocusl é uma iniciativa que vem sendo desenvolvida nos últimos anos pelas administrações portuárias e pelos seus operadores e usuários, explicou o despachante aduaneiro, que atua especialmente junto aos terminais do único complexo portuário marítimo do Rio Grande do Sul. O encontro também examinou outros temas importantes para o funcionamento adequado do porto. Araújo disse que em relação a dragagem, as licenças ambientais já estão prontas e os trabalhos devem começar na segunda quinzena de setembro. “A obra trará grande benefício ao porto, pois dessa vez será executada de forma mais rápida e com menos impactos, porque a quantidade a ser dragada é bem menor”, relatou ele.

“A revisão da poligonal do Porto também deve ser acelerada. Algumas áreas como o local onde estão colocando toras de madeira e existe um posto de combustível desativado, que estão muito próximas ao bairro Getúlio Vargas, sairão da poligonal e serão destinadas a interessados que possam instalar atividade correlata ao complexo. Uma das exigências é que elas tenham menos impacto à comunidade”, salientou Araujo, que participa do CAP indicado pela atual diretoria do Sdaergs.. Segundo ele,  procedimento idêntico deve ocorrer também com um armazém desativado da antiga Quip, que deverá ser incorporado às atividades portuárias.  

Em relação aos impactos da NR-29, que envolve questões de segurança da atividade portuária e a administração do Porto tem até o final de setembro para se adequar às novas regras, o representante do Sindicato adiantou que os estudos já estão avançados, mas a perspectiva é de que o prazo será prorrogado, assim como ocorrerá em relação a todos os demais terminais do país, que igualmente deverão se adequar a nova legislação. O despachante ressaltou que na reunião também foi discutida a situação dos trabalhadores que exerciam atividades para a empresa especializada, e foi solicitado prazo maior para a indicação do representante dos trabalhadores da estiva para a cadeira de trabalhadores na empresa pública PortosRS, que administra os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. “A estiva e os portuários avulsos não conseguiram entrar em acordo quanto à indicação, pois cada entidade deseja ter seu próprio representante”, contou Araujo. O entendimento é de que como há apenas uma vaga, o sindicato que ficar de foram se sentirá prejudicado e não representado. No final do encontro, foi feita uma revisão do calendário das próximas reuniões, que será divulgado em breve.

 

 

 

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