O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil aceitou a
proposta da concessionária Riogaleão para pagar apenas parte da outorga
devida ao governo. A empresa pagará R$ 120 milhões até a próxima
sexta-feira (30), e outros R$ 37 milhões até o fim de abril. "Assim, o Riogaleão terá mais quatro meses para honrar a outorga
que deveria ter sido paga em maio passado, sobre a qual corre, desde
então, multa de 2% do valor inicial e juros pela taxa Selic", informou o
ministério.
Em 2013, a companhia arrematou o aeroporto internacional do Rio de
Janeiro por R$ 19 bilhões, um ágio de 294% sobre o valor mínimo, de R$
4,8 bilhões, e se comprometeu a pagar uma parcela anual de R$ 900
milhões por ano em outorga ao governo. Liderada pela Odebrecht, em dificuldades financeiras em meio às
investigações da Operação Lava Jato, a concessionária havia anunciado
não ter condições de arcar com o valor e pediu para renegociar o
cronograma de pagamentos. Também integram a empresa a asiática Changi e a
Infraero.
O ministério informou que a proposta não representa descumprimento
de obrigações. Os serviços prestados no aeroporto Tom Jobim não serão
afetados. O Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) também não sofrerá
prejuízo, frisou a pasta. Com a renegociação, a empresa fica livre de punições imediatas.
Entre as penalidades a que estaria sujeita, está a abertura de processo
de caducidade de concessão pela Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), o que poderia levar à retomada do aeroporto pela União. O prazo para o pagamento vencia no dia 30 de dezembro. Agora, a
empresa terá até 7 de maio, prazo de vencimento da garantia, para quitar
a dívida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário