O setor portuário brasileiro registrou uma queda de 1,4% em sua
movimentação de cargas no terceiro trimestre do ano, segundo dados
divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o
órgão regulador desse mercado. No total, portos organizados (públicos) e
terminais privados embarcaram ou desembarcaram 264 milhões de
toneladas, 3,8 milhões de toneladas a menos do que no mesmo período do
ano passado.
Os portos organizados registraram um decréscimo de 4,1% em sua
tonelagem no último trimestre, na comparação com os mesmos meses de
2015. O volume chegou a 89,9 milhões de toneladas. Já os terminais
privados contabilizaram 174,1 milhões de toneladas, ficando praticamente
estagnados (a redução foi de 0,03%).
De acordo com técnicos da Superintendência de Desempenho,
Desenvolvimento e Sustentabilidade da Antaq, esse foi o segundo
trimestre seguido em que os terminais privados apresentam decréscimo na
movimentação – fato que não ocorria desde 2014. O segundo trimestre de
2016 teve uma redução de 2%.
Ainda de acordo com especialistas da agência, o desempenho do
segmento foi afetado principalmente pelas quedas nas exportações de dois
grupos de commodities agrícolas: sementes e frutos oleaginosos (-31,4%)
e cereais (40,7%).
Na análise das mercadorias operadas no setor de julho a setembro, as
maiores tonelagens foram as dos minérios (110,7 milhões de toneladas,
acréscimo de 2,5%) e as dos contêineres (27,6 milhões de toneladas,
aumento de 7,3%). Entre as principais baixas, estão a de sementes, grãos
e frutos (11,8 milhões de toneladas, decréscimo de 32,2%) e a dos
combustíveis (57,7 milhões de toneladas, queda de 0,4%).
Entre os portos organizados, Santos (foto) se manteve na liderança com a
maior movimentação, 26,4 milhões de toneladas, apesar desse total
indicar uma queda de 7,2%.
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