segunda-feira, 29 de abril de 2024

Companhias de navegação se animam com incremento nas tarifas de fretes para maio


O Shanghai Containerized Freight Freight Index (SCFI) registrou na semana passada seu terceiro ganho semanal consecutivo e, embora os aumentos recentes nas taxas tenham sido poucos, para a Linerlytica esta tendência preparará o terreno para uma série de novos aumentos de taxas importantes que as operadoras acabaram de anunciar. para maio. Isto ocorre porque a utilização da capacidade está aumentando em todas as principais rotas devido à maior demanda do mercado, o que ajudará os esforços das companhias marítimas para estabelecer aumentos gerais de tarifas (GRIs).

As taxas spot conseguiram manter o seu nível, apesar das entregas de novos navios continuarem a um bom ritmo. Isto se deve à escassez de capacidade causada pela navegação através da rota mais longa do Cabo da Boa Esperança para conectar a Ásia à Europa e à costa leste dos Estados Unidos, bem como às implantações de serviços adicionais no verão (norte), eles continuam a absorver todos os oferta disponível. O Índice Mundial de Contêineres (WCI) da Drewry registrou um aumento semanal de 2% na rota Xangai-Roterdam, para 3.056 dólares/FEU, um valor 92% superior ao do ano passado; enquanto na rota Xangai – Nova Iorque sofreu uma queda semanal de 2% para 4.369 dólares/FEU, valor por sua vez 57% superior ao de 2023.

Segundo a Linerlytica, as taxas de contrato (de longo prazo) no Transpacífico estão sendo fixadas entre 10% e 20% acima dos níveis do ano passado, e os níveis atuais estão pressionando os proprietários de carga a concluir negociações com taxas mais elevadas. Ainda na rota Ásia e Europa, também foi detetado um aumento na semana passada, ao qual se junta a crescente convicção de que as companhias marítimas conseguirão manter os aumentos de tarifas anunciados para maio.

O ambiente das taxas de frete é um impulsionador óbvio do mercado de leasing de contêineres. Uma análise acumulada no ano das transações globais de leasing de contêineres realizada pela Container xChange confirma isto ao reportar um aumento nas taxas médias desde o início de 2024, indicando um aumento na procura de serviços de leasing de contêineres e um maior encargo financeiro para os proprietários, apontando para um aumento.

“As taxas de arrendamento unidirecional de contêineres da China para a América do Norte aumentaram particularmente em 2024, e o aumento se deve principalmente a um delta crescente de preços de contêineres entre a China e os EUA”, comenta Christian Roeloffs, diretor executivo da Container xChange. Além disso, de acordo com a análise de abril de 2024, os preços na maioria das regiões são mais elevados em comparação com a de abril de 2023, indicando um aumento global dos preços durante o ano.

O Container xChange destaca especialmente o aumento homólogo dos preços de leasing nos portos chineses de Dalian: 2.294 dólares – (34,59%); Ningbo: US$ 2.174 (18,63%), Qingdao: US$ 2.090 – (21,34%); Xangai: US$ 2.087 (19,57%) e Xiamen: US$ 2.080 (25,17%). Um aspecto fundamental para determinar o rumo que os volumes transportados pelas companhias marítimas estão tomando é o comportamento da demanda.

Uma análise da Sea-Intelligence descobriu que, em 2019, os consumidores dos EUA gastaram uma média de 10,2% do seu consumo em bens relacionados com bens recreativos e veículos. Em fevereiro de 2024, esse número aumentou para 14,7%. Isso é bom para o mercado de contêineres? À primeira vista sim, mas uma análise mais detalhada dos gastos dos consumidores mostra um forte crescimento em bens que não são tradicionalmente transportados em contentores. Para a Sea-Intelligence, isto representa um desafio para as companhias marítimas, uma vez que o crescimento da economia - tradicionalmente um fator relacionado com a prosperidade dos negócios das companhias marítimas - não está conduzindo ao crescimento esperado nos volumes de contêineres.

Porto Itapoá inaugura 3ª fase de expansão com investimento de R$ 815 milhões

A presença do Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, do Secretário Estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, do Prefeito de Itapoá, Jeferson Garcia, autoridades das diversas esferas, órgãos intervenientes, entidades, clientes, funcionários e imprensa o Porto Itapoá marcaram a inauguração no dia 25 de abril da fase III de expansão do terminal, com mais 200 mil m² de pátio, contemplando o armazém de 8 mil m², finalizando um aporte de R$ 815 milhões. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se deslocou de Brasília até Joinville e não conseguiu chegar em Itapoá pelas condições climáticas, mas enviou um vídeo lamentando não estar presente e ratificando a importância do Porto Itapoá para a infraestrutura logística do país.

Com essa ampliação, o Porto Itapoá passa operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com 455 mil m², o que vai lhe proporcionar a capacidade de movimentar até 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. Faz parte destes investimentos também a aquisição de grandes equipamentos - é o primeiro da América do Sul a operar RTGs (guindastes sobre rodas) híbridos controlados remotamente - e ampliação dos berços de atracação.

 

Em seu discurso, o presidente do Terminal, Cássio Schreiner, afirmou que na totalidade de seu projeto o Porto Itapoá já investiu R$ 2,5 bilhões de reais e, para os próximos anos serão mais de R$ 2 bilhões planejados. “Nos últimos anos, fomos uma das empresas que mais investiu em nossa região. E não pretendemos parar por aqui. Já estamos planejando as obras para adicionar mais pátio, mais píer, mais equipamentos e ainda muito mais pessoas. E isso só é possível quando o Poder Público compreende nosso propósito, e cria condições favoráveis para a iniciativa privada concretizar seus objetivos, ajudando a sociedade e o País em sua estratégia de desenvolvimento, através do que sabemos fazer de melhor, que é empreender.”

 

Cássio aponta que para estes investimentos se concretizarem é fundamental que projetos estruturantes sejam priorizados. “Temos trabalhado a oito mãos, juntamente com o Governo Federal, Governo Estadual e Autoridade Portuária de São Francisco do Sul, para viabilização do projeto de dragagem do Canal de Acesso à Baía da Babitonga – que movimenta mais de 60% das cargas portuárias do Estado de Santa Catarina. O apoio do Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e do Governador Jorginho Mello, nos estimulam a avançarmos com este projeto, mostrando que é possível construir modelos de parceria público-privada de sucesso e que impulsionam o desenvolvimento sustentável, agregando valor social, ambiental e econômico. Não menos importante, termos um olhar estratégico para nossas estruturas rodoviárias e até ferroviárias, sendo vital a priorização da duplicação de nossas rodovias estaduais e municipais de acesso ao Porto Itapoá. Acreditamos no potencial e na oportunidade de termos aqui na Babitonga o maior complexo portuário do país”, reforça.

 

Crescimento impulsionado por grandes investimentos

O Porto Itapoá já nasceu competitivo e está entre os mais modernos do mundo, fazendo parte dos principais serviços de navegação que ligam o Brasil aos demais continentes. Está na 4ª posição no ranking Desempenho Aquaviário 2023 de acordo com a ANTAQ - Agência de Transportes Aquaviários. Foi o terminal de contêineres de uso privado com maior crescimento do Brasil no ano de 2023 com um aumento de 20,3% na movimentação em relação a 2022.

 

Os investimentos não pararam nos últimos anos, atendendo a demanda e conferindo um ritmo de crescimento acelerado ao empreendimento. Em dezembro chegaram novos equipamentos do Terminal: um novo portêiner, de 50m de altura, e dez novos RTGs híbridos controlados remotamente, os quais totalizaram investimentos de US$ 40 milhões. Com as obras de ampliação de sua estrutura física, passando pelos significativos investimentos em tecnologia e inovação, o Porto Itapoá ultrapassou a marca de 1 milhão de TEUs movimentados em um ano. “Temos crescido ano após ano, estando sempre entre os maiores terminais de contêineres do Brasil desde o início das operações. Nosso planejamento é desenvolvido para alcançarmos três objetivos: gerar valor social, ambiental e econômico”, fala Schreiner.

 

Do total de cargas movimentadas pelo Porto Itapoá cerca de 50% são de empresas de outros estados que buscam a eficiência do Terminal catarinense, principalmente para a importação de eletrônicos, entre outros itens. A outra metade da movimentação é de cargas de companhias de Santa Catarina, incluindo automóveis e autopeças, motores elétricos, metalmecânica, linha branca e exportação de carga frigorificada, atendendo a forte agroindústria do Estado.

  

Complexo Portuário da Babitonga é modelo de desenvolvimento econômico sustentável

O Complexo Portuário da Babitonga que responde por quase 60% da movimentação (em toneladas) do setor de Santa Catarina (ANTAQ 2019), é um dos mais importantes ativos portuários do País e estratégico para a infraestrutura de transporte e logística do Estado. Associado ao potencial e dinamismo empreendedor de Santa Catarina e toda a região Sul do Brasil, o Complexo Portuário da Babitonga está se consolidando em um modelo de investimentos em infraestrutura e logística para o Desenvolvimento Econômico Sustentável.

 

A nova onda de investimentos atraídos pela vocação natural da região poderá triplicar o total de empresas portuárias e retroportuárias operando na região, além de outras operações logísticas. Projeções dos novos empreendimentos e o crescimento do próprio Porto Itapoá mostram a importância econômica do Complexo Portuário da Babitonga para geração de emprego, renda e desenvolvimento para todo o país.

 

Especialistas em inteligência de mercado estimam que, em 10 anos, a área de influência direta do Complexo da Babitonga tem potencial de saltar de 16 para 48 empresas portuárias e retroportuárias com investimentos privados diretos que podem chegar na casa dos R$ 15 bilhões, passar de uma geração de renda anual de R$ 300 milhões para R$ 1,8 bilhão e saltar dos atuais 8.500 empregos para 45 mil oportunidades de novas vagas.

 

Ampliação do canal de acesso e projetos de infraestrutura rodoviária

Para suportar esse crescimento do Complexo Portuário da Babitonga e estar aptos a receber os maiores navios da navegação comercial mundial, estão sendo definidos grandes projetos de infraestrutura logística. O Porto Itapoá trabalha em parceria com o Porto de São Francisco do Sul, que está à frente do projeto de dragagem de aprofundamento do canal de acesso à Baía. Essa obra vai ampliar de 14 metros para 16 metros a profundidade do calado dos navios, permitindo receber grandes embarcações de até 400 metros.

 

Haverá também investimentos do Governo do Estado, na adequação e duplicação das rodovias SC 417 e 416. Ambas as obras são demandas compartilhadas pelo Caderno de Infraestrutura da FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

 

Operação do Porto Itapoá foi decisiva para desenvolvimento do município

Especificamente em relação ao desenvolvimento de Itapoá, o município teve ganhos exponenciais a partir da operação do Terminal. Sendo a quinta cidade que mais cresceu no país e a primeira do Estado, segundo o último Censo, Itapoá vive um período de desenvolvimento sustentável. Na prática, isso quer dizer que o município conseguiu se desenvolver em termos de qualidade, fazendo com que a pressão sobre os equipamentos públicos tenha sido respaldada pelo aumento expressivo de arrecadação e investimentos no município.

 

Como um projeto greenfield o Porto Itapoá foi concebido a partir do zero para ser um dos mais modernos terminais do mundo. Situado longe do perímetro urbano da cidade, com via de ligação direta à BR-101, possui uma área de 12 milhões de m² que foi definida pelo Plano Diretor do Município de Itapoá para receber empreendimentos complementares à atividade portuária.

 

Atualmente, cerca de 50% dos postos de trabalho gerados na cidade estão ligados à atividade portuária, sendo o Porto Itapoá responsável por mais 1.500 empregos diretos e cerca de 6 mil indiretos. Estima-se que somente os funcionários do Terminal movimentem aproximadamente R$ 60 milhões no município por ano. A arrecadação do município saltou de R$ 35 milhões em 2010 para R$ 300 milhões em 2023, um crescimento de 850%. O ISS passou de R$ 210 mil em 2010 para atuais R$ 25 milhões, em 2023.

 

A partir da sua construção, o Porto Itapoá viabilizou junto ao Governo do Estado o acesso rodoviário dedicado, com a pavimentação da SC 416, ligando o município à BR 101. O Terminal também é responsável por investimentos diretos de R$ 140 milhões entre projetos socioambientais e em obras de infraestrutura em Itapoá. Destaque para os R$ 33 milhões investidos na pavimentação de acessos e vias urbanas e R$ 27 milhões para viabilizar a linha de transmissão de alta capacidade operada pela Celesc que, a partir de 2011, substituiu o abastecimento secundário ao município, realizado pela Copel. Outros R$ 22 milhões foram destinados para projetos sociais e ambientais.

 

ANP investe US$ 10 milhões em melhorias para facilitar ingresso de caminhões no Porto de Montevidéu

A Administração Nacional de Portos (ANP) do Uruguai assinou contrato com as empresas Construcciones e Instalaciones Electromecánicas Sociedad Anónima (CIEMSA) e CSI Ingenieros S.A., com o objetivo de melhorar e agilizar a entrada de caminhões no porto de Montevidéu pelo Acesso Norte.

O contrato prevê o fornecimento, instalação e comissionamento de equipamentos eletromecânicos de pesagem, circulação de cargas e softwares de controle automatizado de entrada e saída de veículos de carga no complexo portuário da capital uruguaia.

Está prevista a instalação de 16 balanças, distribuídas igualmente entre 8 de entrada e 8 de saída, bem como a criação de uma via dedicada ao trânsito de cargas sobredimensionadas. Através de sistemas informáticos especializados será recolhida automaticamente informação relevante, permitindo a integração com outras organizações, nomeadamente com a Direção Nacional das Alfândegas.

A integração permitirá determinar a faixa que cada caminhão deve seguir, seja por via expressa, varredura ou algum tipo de controle manual, de acordo com as exigências e regulamentações vigentes.
O investimento para este projeto está estimado em aproximadamente US$ 10 milhões

Movimentação de cargas no Pecém cresce 18% no 1º trimestre em relação a igual período de 2023

A movimentação geral no Porto do Pecém foi 18% maior nos três primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Foram 4,4 milhões de toneladas de janeiro a março de 2024. No ano anterior, o total para o período foi de 3,7 milhões de toneladas. Em comparação a fevereiro deste ano, também houve um crescimento de 26%: 1.523.833 toneladas em março e 1.287.128 toneladas no mês anterior.

“Esse crescimento é fruto do nosso esforço contínuo em trazer cargas para o Pecém e, consequentemente, mais desenvolvimento para o Estado do Ceará. Destacamos a exportação de minério de ferro, movimentação de contêineres, eólicos, materiais siderúrgicos e fertilizantes como pilares do nosso crescimento nesse primeiro trimestre. É um bom começo, reforça a eficiência operacional do Porto e a nossa posição como um dos principais terminais portuários do Norte e Nordeste do Brasil”, destaca o diretor comercial do Complexo do Pecém, André Magalhães.

Do total movimentado em cabotagem, o maior índice foi de carga conteinerizada (50,5%), seguido pelo granel sólido (43,3%) e pela carga geral/solta (6,3%). Os principais produtos movimentados foram minérios, cereais, combustíveis minerais, ferro fundido, plásticos e bebidas.

Já na navegação em longo curso, o maior movimento foi de granel sólido (52%), seguido pela carga geral/solta (40%) e pela carga conteinerizada (8%). Os principais produtos movimentados foram combustíveis minerais, ferro fundido, máquinas, frutas sal e minérios.

 

Azul assina contrato, com a presença de Lula e Alckmin, para a compra de 13 aviões da Embraer

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou em São José dos Campos (SP) que a parceria entre a Embraer e a Azul, para fornecimento à companhia de aviões produzidos no Brasil, fortalece o projeto de neoindustrialização construído pelo governo federal e apresentado no início deste ano.

“A Nova Indústria Brasil, que o presidente Lula lançou, é exatamente para fortalecer a indústria, gerando mais empregos e renda”, afirmou Alckmin, durante a cerimônia de entrega de um dos aviões encomendados pela companhia, na sede da Embraer. “E aqui está o exemplo da indústria inovadora, na vanguarda da engenharia e da inovação”.

O ministro lembrou do orgulho que todo o país tem da Embraer, uma das maiores e mais importantes fabricantes de aeronaves do mundo, e dos centros de ensino e pesquisa ligados à empresa – o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).

Ele também elogiou a Azul por investir em aeronaves produzidas no Brasil. Durante o evento, o presidente da companhia, John Rodgerson, anunciou investimentos d R$ 3 bilhões para compra de 13 aeronaves da Embraer.

“Fico feliz de ver o casamento da Embraer com a Azul, a empresa da integração nacional, a mais pontual do mundo”, disse Alckmin. “Tenho certeza de que nas asas da Azul e da Embraer vão voar os melhores sonhos de um país inovador e industrializado, com oportunidades e emprego para todos os brasileiros”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente na cerimônia, classificou a cerimônia de “momento histórico”. “Um país que tem uma Embraer não pode pensar pequeno e não pode sonhar pequeno. É preciso sonhar grande. Esse país definitivamente vai voltar a ser grande”, disse Lula.  Participaram do ato ainda os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Educação, Camilo Santana, entre outras autoridades.

 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Principais portos mundiais de contêineres sinalizam para reabilitação do comércio internacional


A maioria dos grandes portos nos Estados Unidos, Europa e Ásia registraram um forte aumento nos volumes no primeiro trimestre, com dois dos principais terminais de entrada da Europa apresentando seus melhores volumes em três anos. O maior porto da Europa, Roterdam (foto), alcançou desempenho de 3,29 MTEUs no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior, e o primeiro trimestral desde o primeiro trimestre de 2021.

O recém-nomeado CEO do complexo dos Países Baixos, Boudewijn Siemons disse que os números foram os "primeiros sinais de que o mundo do comércio está melhorando." Os números mais elevados devem-se ao aumento das importações asiáticas, embora a crise do Mar Vermelho também esteja criando negócios para os portos europeus: os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança estão fazendo com que mais carga seja descarregada nos portos do norte da Europa para transbordo para o Mediterrâneo.

O porto de Antuérpia-Bruges, na Bélgica, teve um aumento homólogo ainda maior na movimentação de contentores no 1º trimestre de 2024, de 6%, para 3,29 MTEUs. Os volumes começaram a crescer a partir de fevereiro. Março atingiu o melhor valor mensal do porto em 3 anos. O resultado foi um aumento de 3,0 MTEUs. No quarto trimestre de 2023, Antuérpia-Bruges aumentou a sua quota de movimentação de contêineres. O corredor Hamburgo-Le Havre registrou ao todo elevações de 0,3%, para 29% no período.

Nos Estados Unidos, Los Angeles alcançou o terceiro melhor primeiro trimestre já registrado da sua história, chegando em março ao oitavo mês consecutivo de crescimento anual. Durante o primeiro trimestre de 2024, movimentou 2,38 MTEUs, uma expansão de quase 30% em relação a 2023, embora a vizinha Long Beach tenha reportado um aumento muito menor, de apenas 2,6%.

O resultado de Los Angeles ficou entre os números mais fortes do primeiro trimestre de sua história, atrás apenas dos anos pandêmicos de 2021 e 2022. Seu presidente-executivo, Gene Seroka, disse que espera mais no segundo trimestre. “Um mercado de trabalho forte e contínuo os gastos do consumidor ajudarão a direcionar o frete para Los Angeles nos próximos mese,"calculou.

Cingapura também registrou um aumento homólogo de 10,7% nos volumes durante o primeiro trimestre, até 9,97 MTEUs. Entre os principais portos globais, apenas Hong Kong sofreu uma descida, com o desempenho caindo -2,3% para 3,35 MTEUs. Em relação a terminais especificamente, a Cosco Shipping Ports  apresentou um aumento de 9,2% no seu desempenho global, com crescimento positivo em cada um dos seus seis segmentos individuais, compreendendo cinco regiões chinesas e o seu segmento internacional.

Ministro da Agricultura recebe propostas da CNA com prioridades para o Plano Safra 2024/25

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esteve na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para escutar as propostas da entidade para o Plano Safra 2024/2025. Na oportunidade, o presidente da entidade, João Martins entregou ao ministro um documento com dez pontos considerados prioritários. O objetivo da entidade é contribuir na elaboração do próximo conjunto de políticas públicas que visam apoiar e financiar a produção agropecuária no Brasil.

Em seu discurso, o ministro Fávaro elogiou e destacou a importância do trabalho da CNA para que seja feito um novo Plano Safra mais assertivo e que atenda os anseios dos produtores. “Em linhas gerais, as prioridades apresentadas hoje estão todas sincronizadas com o que o Governo vem discutindo. Isso nos dá a certeza de que faremos deste um Plano Safra ainda mais inovador, com responsabilidade ambiental, com taxas de juros compatíveis, com linhas de créditos que venham atender os anseios de produtores nesse momento difícil, de renda achatada, de intempéries climáticas, pensando muito na modernização do seguro”, ressaltou Fávaro.

O documento apresentado ao ministro foi construído em conjunto com as federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais, durante encontros realizados com representantes das regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Entre os pontos abordados no material estão o aumento dos recursos financiáveis; fortalecimento do seguro rural; regulamentação da lei que criou o Fundo de Catástrofe; rebate de taxas ou aumento do limite financiável; coibir as práticas de venda casada; priorização de recursos para as linhas de investimento, entre outros. “Ouvimos todas as partes do Brasil para construir uma proposta detalhada que beneficiem os produtores rurais”, afirmou Martins. “Nós da CNA estamos a disposição para ajudar no que for possível”, concluiu o presidente.

 

Antaq promove audiência pública sobre terminal no Porto do Rio de Janeiro, que prevê investimento de R$ 101 milhões

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizou, nesta semana, a Audiência Pública nº 06/2024, voltada ao recebimento de contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para o arrendamento do terminal RDJ07, localizado no Rio de Janeiro (RJ). A área movimenta carga de apoio offshore e a estimativa é que o investimento ao longo dos 25 anos do contrato seja de 101,7 milhões.

O diretor relator do processo que trata da concessão da área, Caio Farias, destacou que “o projeto de concessão do terminal portuário RDJ07 é fundamental para garantir o abastecimento energético do país”. Ressaltou que o terminal proporcionará um atendimento mais eficiente às unidades marítimas envolvidas na exploração e produção de petróleo e gás natural. Acrescentou que essa iniciativa oferece “a oportunidade de discutir questões que impactam diretamente na infraestrutura e logística do país, contribuindo assim para a redução do Custo Brasil”.

Ao todo a audiência pública teve dois inscritos que participaram contribuindo de forma escrita na audiência. O prazo para envio das contribuições vai até o dia 8 de maio de 2024. As minutas jurídicas e os documentos técnicos objeto do presente aviso de consulta pública estarão disponíveis no site da ANTAQ.

Serão consideradas pela Agência apenas as contribuições, subsídios e sugestões que tenham por objeto as minutas colocadas em consulta e audiência públicas. As contribuições podem ser dirigidas à ANTAQ até as 23h59 do dia 8 de maio de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico, não sendo aceitas contribuições por outros meios.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos, exclusivamente através do e-mail: anexo_audiencia062024@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado. As contribuições em texto deverão ser preenchidas nos campos apropriados do formulário eletrônico. Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) da Agência, em B

 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Rota pelo Cabo da Boa Esperança salva o transporte marítimo de contêineres, mas não beneficia o planeta


A escalada dos ataques Houthi no Mar Vermelho fez com que a maioria dos navios porta-contêineres que ligam o Extremo Oriente à Europa e à costa leste dos EUA evitassem o Canal de Suez e navegassem ao redor do Cabo da Boa Esperança. Embora esta rota tenha salvado o transporte marítimo ao proporcionar águas mais seguras, não beneficia o planeta da mesma forma, uma vez que provocou um rápido aumento nas emissões de carbono, de acordo com os últimos dados do Índice de Referência Marítima de Emissões de Carbono (CEI) da Xeneta.

No primeiro trimestre de 2024, período imediatamente após o início dos ataques no Mar Vermelho, a classificação média CEI das 13 principais rotas de transporte de contêineres do mundo atingiu 107,5 pontos. Esta é a primeira vez que o CEI médio excede 100 a nível global (uma leitura abaixo de 100 indica uma melhoria nas emissões de carbono nos últimos cinco anos).

Além disso, marcou um aumento de 15,2% em relação ao quarto trimestre de 2023. Ao comparar o 1º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2018, apenas cinco das 13 rotas principais emitiram menos CO2 por tonelada de carga transportada. Além disso, em comparação com o quarto trimestre de 2023, 10 das 13 rotas principais registraram um aumento médio no CO2 emitido por tonelada de carga.

Os maiores aumentos na CEI foram registrados nas rotas que regressam ao Extremo Oriente provenientes do Mediterrâneo e do Norte da Europa, com 34,1% e 31,1%, respectivamente. Itinerários mais longos, mais emissões de CO2 Naturalmente, a principal razão para o aumento das emissões de carbono é o aumento da distância.

Os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança significam que a distância média que um contêiner é transportado por mar em nível mundial aumentou 11% em comparação com o início de 2023. Na rota do Extremo Oriente para o Mediterrâneo, considerando o trânsito por Boa Esperança, a distância média de navegação de um contêiner aumentou 60,7% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o quarto trimestre de 2023.

Em termos reais, isso significa que um contêiner nesta rota é transportado por 15.200 milhas náuticas em média, em comparação com 9.400 milhas náuticas no quarto trimestre de 2023. Mas a distância não é o único fator. Os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança geraram uma procura adicional de serviços de transporte marítimo, pelo que os navios tiveram que acelerar a sua navegação para tentar mitigar a maior distância, isto à custa da queima de mais combustível.

Segundo a agência Clarksons, globalmente, a velocidade média de navegação de navios porta-contêineres entre 12 mil e 17 mil TEUs atingiu 15,4 nós em janeiro, a velocidade mais alta desde junho de 2022, quando o impacto da Covid-19 ainda causava perturbações significativas. Embora as velocidades tenham diminuído ligeiramente desde janeiro, a média global ainda estava acima dos 15 nós em meados de abril, o que terá um impacto negativo no desempenho das emissões de carbono.

Este aumento de velocidade não é observado apenas nas rotas diretamente afetadas pelos desvios do Mar Vermelho. De fato, apenas em quatro das 13 rotas principais o CEI abrandou no primeiro trimestre face ao quarto. As companhias marítimas foram forçadas a utilizar navios mais antigos e menos eficientes para satisfazer esta procura adicional. Coincidentemente, estes navios também são mais pequenos, o que significa que são menos eficientes em termos de emissões médias de CO2 por tonelada de carga transportada.

Assim, entre o Extremo Oriente e o Mediterrâneo, o tamanho médio dos navios destacados diminuiu 5,1% no primeiro trimestre de 2024, para 15.160 TEU. Além disso, a idade média dos navios utilizados nesta rota aumentou um ano, para 7,4 anos, no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o quarto trimestre de 2023. Em vez disso, de acordo com Xeneta, o fator de carga de um navio porta-contêineres, ou seja, a quantidade de carga transportada versus capacidade, ajudou a compensar o aumento das emissões na maioria das rotas principais.

Entre o Extremo Oriente e o Norte da Europa, a taxa de ocupação aumentou 6,1 pontos percentuais. Esta é uma das razões pelas quais esta rota teve um aumento menor na sua pontuação. Segundo Xeneta, a deterioração do CEI no primeiro trimestre de 2024 demonstra o impacto sério e imediato que o conflito no Mar Vermelho tem nas emissões de carbono da cadeia de abastecimento. Além disso, prevê que se os navios continuarem a navegar distâncias maiores em torno do Cabo da Boa Esperança, será quase inevitável que o desempenho da CEI seja pior em comparação com os níveis de 2023.

Complexo de Suape vai receber até final de junho 14 mil veículos da BYD

O Porto de Suape, em Pernambuco, vai receber até a última semana de junho, cerca de 14 mil veículos da BYD.  A BYD parece ter escolhido o porto pernambucano como seu “hub” nordestino e  quase dois mil veículos da BYD  desembarcaram entre os últimos dias 15 e 16 de abril.  Uma nova remessa de carros já está deixando a costa de Shenzhen, na China, para, chegando em Suape, ser distribuída para toda a região Nordeste.

Apesar de ter um porto exclusivo para automóveis,  o Terminal Miguel Oliveira em Candeias, também conhecido como Porto da Ford, a Bahia não parece estar nos planos da BYD para receber os automóveis importados, pelo menos nesse primeiro momento. O porto de Salvador também apresenta condições para receber automóveis.  Tudo indica, porém, que a opção por Suape está relacionada com as empresas importadoras

As operações da BYD estão sendo feitas pela Comexport, a maior empresa de comércio exterior do Brasil e que detém exclusividade com a BYD. Outra importadora, a Nexus, que atua no ramo logístico automotivo e é subsidiária nacional do grupo japonês K-Line, implantou há cerca de três anos um hub de veículos em Suape.

 

Antaq promove audiência pública sobre a licitação definitiva no Porto de Itajaí


A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) realizou, nesta semana, a Audiência Pública nº 03/2024, voltada ao recebimento de contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para a concessão no Porto de Itajaí (SC).

O edital prevê investimentos, para a área, na ordem dos R$ 2,8 bilhões ao longo de nove anos, a expansão do pátio do porto de forma compatível com a expansão da poligonal, ações voltadas para a redução de emissões de gases de efeito estufa, entre outros pontos. 

O leilão também vai aumentar a capacidade do porto, reduzir custos e criar empregos e renda para o município e o entorno. Com a concessão será possível retomar as operações portuárias em Itajaí de forma estruturada e com segurança jurídica para a região, além de garantir o estímulo à eficiência logística na região Sul do país e a competitividade portuária. 

O diretor relator do processo que tratou da concessão da área, Wilson Lima Filho, destacou que “não haverá duas autoridades portuárias com a licitação. É importante ficar claro que só há uma autoridade portuária para o Porto de Itajaí e ela permanece pública”.

Ao todo a audiência pública 19 inscritos participaram contribuindo de forma oral na audiência. O prazo para envio das contribuições vai até o dia 10 de maio de 2024. As minutas jurídicas e os documentos técnicos objeto do presente aviso de consulta pública estarão disponíveis no site da ANTAQ.

Serão consideradas pela Agência apenas as contribuições, subsídios e sugestões que tenham por objeto as minutas colocadas em consulta e audiência públicas. As contribuições podem ser dirigidas à ANTAQ até as 23h59 do dia 10 de maio de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico, não sendo aceitas contribuições por outros meios.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos, exclusivamente através do e-mail anexo_audiencia032024@antaq.gov.br, mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado. As contribuições em texto deverão ser preenchidas nos campos apropriados do formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) da Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANTAQ.

 

Exportações brasileiras em 2023 tem a carne bovina e o milho entre os destaques

Carvão, brasa e carne, essa combinação é querida entre os brasileiros, principalmente no almoço de domingo, e até mesmo uns legumes assados como o milho. Como forma de celebrar estes ingredientes que estão presentes na mesa da população, nesta quarta-feira (24) é comemorado o Dia Internacional do Milho; Dia do Boi e do Churrasco.  

A data objetiva solenizar a agropecuária brasileira, já que o país é um dos principais produtores e exportadores do mundo. “O Brasil é esse grande produtor de alimentos graças nossa agropecuária forte, geradora de renda e oportunidade”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. 

No que se refere a carne bovina, um dos setores produtivos mais importantes da economia nacional, o Brasil é o segundo maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI).  

Já em relação ao ranking de países exportadores, o Brasil está em 1º lugar com relação comercial com 159 países. Somente no ano passado, foram exportados cerca de 2,536 milhões de toneladas de carne bovina in natura e processada. Os principais compradores do produto brasileiro são: China, Estados Unidos, Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos. 

Para o ano de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a expectativa é de aumento na produção com 10 milhões de toneladas. Destes, 6,6 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno e 3,5 milhões de toneladas devem ser exportadas.  

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, o desempenho reflete a qualidade superior dos produtos brasileiros. “As exportações são uma importante fonte de receita, contribuindo para o fortalecimento da economia, a geração de emprego e renda, e a sustentabilidade do setor agrícola”, afirma. 

Outro ponto de destaque é a abertura de novos mercados. desde o início do ano passado, foram abertos mercados de carne bovina para México e República Dominicana, além de carne bovina enlatada para o Japão e carne bovina processada para Singapura. 

Do cozinho a refogado, ele pode virar pamonha ou curau. A diversidade do milho é grande e está sempre presente na mesa dos brasileiros devido também ao seu valor nutricional, rico em fibras e bioativos. Também é usado para a produção de bioetanol, silagem, entre outros.  

Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há diversos tipos de milhos cultivados no Brasil. É o segundo grão mais produzido no país. Desde a década de 1976/77 houve um crescimento de 88,8% de área plantada e de 585% da produção, em relação à safra 2022/23. 

O milho é a principal cultura cultivada na segunda safra brasileira, segundo a Conab. A expectativa de produção estimada é de 110,9 milhões de toneladas no total. Sendo 23,3 milhões de toneladas de colheita na primeira e 85,6 na segunda safra. Os principais estados produtores são Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Para o consumo interno a projeção é em torno de 84 milhões de toneladas.  

As exportações do grão em 2023 passaram de mais de US$ 13,4 bilhões. E até março deste ano já foram exportados mais de US$1,6 bilhões. De acordo com a SCRI o Brasil é o maior exportador do mundo e o terceiro maior produtor. Em 2023, mais de 120 países importaram milho brasileiro, sendo os principais: China, Japão, Coréia do Sul, Irã e Taiwan.  

Segundo o secretário Perosa, o sucesso das exportações de milho e carne bovina demonstra a robustez e a força da economia agrícola. “No último ano, alcançamos a liderança mundial na exportação de milho e mantivemos posições de destaque em carnes bovinas”, ressalta ele. 

 

Maersk destaca impacto da logística integrada na experiência do cliente

A logística integrada está registrando um rápido crescimento e desempenha um papel importante na definição do futuro da gestão da cadeia de abastecimento. Por isso, a Maersk pretende ser um verdadeiro integrador logístico, conectando e simplificando a cadeia de abastecimento por meio de soluções globais ponta a ponta. Atualmente, a armadora está presente em mais de 130 países e pode gerenciar todo o transporte de um produto, incluindo serviços terrestres, desembaraço aduaneiro, transporte marítimo, gestão de armazéns e distribuição, entre outros.

Ao integrar produção, armazenamento, transporte e entrega final, as empresas experimentam prazos de entrega reduzidos e interrupções mínimas. Este processo simplificado se traduz diretamente em entregas mais rápidas aos clientes, atendendo às expectativas de seus pedidos, e também contribui para a otimização geral da cadeia de suprimentos, observa  nota da Maersk.

“Uma das principais vantagens da logística integrada é a maior precisão e a redução de erros. Os sistemas integrados fornecem visibilidade abrangente do estoque, processamento de pedidos e rastreamento de remessas. Esse nível de precisão garante que os clientes recebam os produtos certos na hora certa, resultando em maior confiança na marca. “Entregas precisas são essenciais para uma experiência positiva do cliente, minimizando problemas como pedidos incorretos ou atrasos nas remessas, melhorando, em última análise, a satisfação e a fidelidade do cliente”, concluiu da nota da Maersk.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Maersk altera alguns serviços entre América do Norte, Caribe e América do Sul


A Maersk revisou alguns de seus serviços atuais nas Américas. Entre estes, a ligação entre a América do Norte e o Caribe, através do serviço 'Bonita', que oferece uma ligação semanal direta de Port Everglades a La Guaira, Venezuela, com um tempo de trânsito de 5 dias; e para Puerto Cabello, Venezuela, com tempo de trânsito de 7 dias, que também se conecta ao porto de Kingston, Jamaica, com tempo de trânsito de 2 dias.

A Maersk anunciou ainda a disponibilidade de duas travessias semanais da América Central para Port Everglades, Flórida, EUA. Com o novo serviço ‘Bonita’, a Maersk agora oferece travessias em Puerto Cortés, Honduras, com tempo de trânsito de 4 dias; e em Santo Tomás de Castilla, Guatemala, com tempo de trânsito de 3 dias até Port Everglades.

Além disso, o novo serviço 'Bonita' oferece agora uma ligação direta semanal de Cartagena, Colômbia, para Puerto Cortés, Honduras, com um tempo de trânsito de 2 dias; e para Santo Tomás de Castilla, Guatemala, com tempo de trânsito de 4 dias. A Maersk também está oferecendo uma nova ligação semanal em La Guaira, Venezuela, através do serviço feeder ‘La Guaira’ a partir de 19 de abril.

O novo itinerário inclui escalas em Manzanillo, Panamá; Cartagena Colômbia; La Guaíra, Venezuela; Puerto Cabello e Manzanillo no Panamá. Por fim, a Maersk destacou sua abertura a novas oportunidades em destinos no Mercosul e na costa leste dos Estados Unidos.

Embora os serviços estejam totalmente operacionais, a companhia marítima indicou que também poderá considerar novas oportunidades para estes destinos, uma vez que implementará uma mensalidade adicional. embarcação a partir do final de abril com saídas de Santos + Itapoá ou Paranaguá para Cartagena e Panamá, para outras conexões.

Como este mês a Colômbia iniciou a temporada de flores para o Dia das Mães, isso poderá afetar principalmente os Estados Unidos, com prioridade de reserva para produtos perecíveis e esperando sobretaxas adicionais para produtos secos. Além disso, a capacidade da Ásia-Pacífico é limitada, com atrasos esperados por volta das férias de abril.

 

Porto de Santos alcança novos recordes de movimentação em março e no acumulado do ano

O Porto de Santos (SP) movimentou em março 16,0 milhões de toneladas de mercadorias, registrando a melhor marca para esse período e ficando 5,0% acima do apurado no ano passado (15,3 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 15,9% o movimento acumulado no primeiro trimestre que soma 42,3 milhões de toneladas, também recorde para o período.

Mais uma vez o açúcar destaca-se, com 1,9 milhão de toneladas (+95,6%) no mês e 6,1 milhões de toneladas no acumulado do ano (+97,8%); seguida pela carga conteinerizada que somou, em março, 454.645 TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), mais 21,6%, e 1,2 milhão de TEU no acumulado do ano (+20,6%).

As carnes, o café em grãos e o farelo de soja também apresentaram bom desempenho, com aumento de, respectivamente, 46%, 39,2% e 1,4% no mês e 22,1%, 49,6% e 17,3% no acumulado do ano. Entre os líquidos a granel destacou-se o óleo diesel e gasóleo, com crescimento mensal de 241,4% (272,3 mil toneladas) e anual de 197,0% (672,7 mil toneladas).

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revela que a previsão é encerrar o ano com 23,5 milhões de toneladas de açúcar embarcadas, 31,9 milhões de toneladas de soja e 20,2 milhões de toneladas de milho. Pomini explica que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos. Players multinacionais de alimentos vêm fazendo investimentos na capacidade do Porto para movimentação de grãos”.

No geral, os embarques atingiram no mês, 12,3 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% e no acumulado do ano, com 31,1 milhões de toneladas, ficando 17,6% acima do mesmo período de 2023. Já as descargas somaram 3,7 milhões de toneladas, ficando 3,3% acima do apurado em março do ano anterior e o acumulado no trimestre atingiu 11,1 milhões de toneladas, também apresentando crescimento de 11,5%.

Os granéis sólidos somaram no mês 8,5 milhões de toneladas (+5,1%) e no acumulado do ano 21,2 milhões de toneladas (+11,2%), melhor marca para o período. Já os granéis líquidos atingiram 1,7 milhão de toneladas em março (+2,0%) e no trimestre 4,9 milhões de toneladas (+11,8%), também a melhor marca acumulada no período.

A atracação de navios nos 3 primeiros meses do ano atingiu 1.381 embarcações, crescimento de 7,7%. A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento ao atingir 29,3% frente ao mesmo período do ano anterior (27,9%). Cerca de 16,6% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 34,5%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

 

Ministro da Agricultura debate investimentos na savana com representantes de países africanos

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu representantes do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para apresentarem e debaterem sobre investimentos na agricultura tropical e desenvolvimento da savana africana com foco na segurança alimentar, A reunião foi nesta semana na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília.

O ministro destacou o empenho do Governo Federal para o fortalecimento das relações com países do Sul global. “O Banco Africano de Desenvolvimento pode ser uma porta de entrada para as oportunidades de trocas de conhecimento e investimentos entre a União Africana e o Brasil”, disse.

Na ocasião, o ministro anunciou os novos postos de adidos agrícolas na Argélia, Etiópia e Nigéria. Ao todo, serão sete adidos agrícolas atuando na África, somando-se aos postos na África do Sul, Egito, Marrocos e Angola.

Presidente do BAD, Akinwumi Adesina ressaltou o crescimento da agricultura brasileira nas últimas décadas e a importância do desenvolvimento tecnológico proveniente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além disso, evidenciou o potencial do continente africano para o combate à desnutrição mundial.

O BAD conta com membros de 53 países africanos, com financiamento de países europeus, americanos e asiáticos, e tem por objetivo o fomento do desenvolvimento econômico e o progresso social na África.

Conforme o presidente, o banco está realizando a maior mobilização de recursos de sua história para o desenvolvimento agrícola do continente. Entre os projetos em desenvolvimento, estão 25 zonas de processamento agroindustrial instaladas em 11 países.

Como principal proposta para o avanço da agricultura na África, está a troca de conhecimento entre a ciência de agricultura tropical desenvolvida pela Embrapa para o aprimoramento agrícola nas regiões de savana, de forma a alavancar o potencial do continente para a produção de alimentos.

Nos últimos anos, a África tem buscado tecnologias voltadas para agricultura, para a melhora da resiliência climática e produção de alimentos mais nutrientes. Diante disso, a reunião também buscou o diálogo estratégico entre os governos e o suporte de instrumentos de políticas voltadas para a agronegócio, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), crédito rural, participações de Fundos Garantidores de Crédito e acesso a tecnologias e insumos agrícolas.

Participaram da reunião o secretário-adjunto da Secretaria Executiva, Cleber Soares; o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa; o assessor especial do ministro, Carlos Augustin; o vice-presidente de Desenvolvimento Regional e Integração, Marie-Laure Akin-Olugbade; o assessor especial para Instituições Financeiras, Gauthier Bourlard Chefe do escritório de parcerias; entre outros.

 

B20 Brasil e G20 debatem em Brasília a presença de mulheres no comércio internacional

O B20 Brasil promoveu, nesta terça-feira, 23, em Brasília, o workshop Mulheres no Comércio Internacional. O encontro foi feito em colaboração com o G20 para discutir os desafios enfrentados pelas mulheres no comércio internacional. Realizado no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o workshop reuniu líderes, membros e parceiros do B20 e do G20, com o objetivo de iniciar diálogos significativos para o setor.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, participou da abertura, ao lado de Constanza Negri – Sherpa, do B20 Brasil, Marion Jansen, diretora de Comércio e Agricultura da OECD, e Janaina Gama, do W20 Brasil. A oficina marcou o início das discussões para identificar os desafios de empresas lideradas por mulheres no comércio internacional. A iniciativa também buscou oferecer perspectivas significativas aos governos das 20 principais economias do mundo, que fazem parte do G20.

O tema é uma das pautas prioritárias do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20, coordenado por Tatiana e pelo embaixador Fernando Pimentel, do MRE. O GT se reunirá ainda essa semana, na sede do G20, em Brasília. A partir da identificação dos desafios enfrentados pelas mulheres no comércio internacional por parte do B20, o grupo irá elaborar um compêndio de melhores práticas adotadas pelos países para mitigar as disparidades de gênero no comércio exterior.

Empresas lideradas por mulheres ainda enfrentam desafios para acessar mercados estrangeiros e aproveitar as oportunidades. De acordo com o Centro de Comércio Internacional (ITC), apenas cerca de 20% das empresas exportadoras globais são de propriedade de mulheres. No Brasil, essa proporção é ainda menor, com apenas 14% das empresas exportadoras sendo predominantemente de propriedade feminina, de acordo com o estudo “Mulheres no Comércio Exterior, Uma Análise para o Brasil”, recentemente lançado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC.

O estudo revela ainda que em 2019, aproximadamente 2,6 milhões de mulheres ocuparam cargos em empresas que atuaram no comércio internacional. Esse número representa 32,5% dos empregos totais dessas empresas. Segundo o documento, as mulheres estão mais presentes nas empresas que exportam produtos de maior valor agregado, destinados a países de maior renda.

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), há uma lacuna adicional que não pode ser explicada apenas pelas características das empresas, mas que pode estar relacionada a diversos obstáculos enfrentados pelas mulheres ao se envolverem no comércio internacional, incluindo o acesso limitado a financiamento, restrições de tempo devido a responsabilidades familiares e falta de acesso a uma rede de contatos profissionais.

Quando as mulheres têm a oportunidade de participar plenamente da economia, os benefícios são significativos, contribuindo para o crescimento econômico sustentável. A participação econômica das mulheres impulsiona o desenvolvimento, reduz a pobreza, combate a desigualdade e promove o bem-estar de pessoas. Para enriquecer a discussão e garantir a implementação efetiva de medidas nesse meio, o B20 convocou membros de sua força-tarefa de Comércio e Investimento, bem como do Conselho de Ação para Mulheres, Diversidade e Inclusão.

Estes membros colaborarão na identificação das barreiras que limitam a representatividade das mulheres no comércio internacional. As informações coletadas serão fundamentais para o trabalho do GT sobre Comércio e Investimento do G20. O Women in Trade é uma iniciativa do G20 e B20 Brasil, realizada com o apoio do W20 Brasil (Women 20), BCG (Boston Consulting Group), OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e ITC (International Trade Centre), fruto de uma colaboração entre os principais atores do setor empresarial e governamental.