quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Wilson Sons recebe troféu especial pelo Tecon Rio Grande que conquista pela 10ª vez o Prêmio Exportação


A Wilson Sons foi premiada mais uma vez com o Prêmio Exportação por conta do trabalho desenvolvido pelo Tecon Rio Grande. Considerado um dos mais importantes do País e uma das instalações mais competitivas da América do Sul, o terminal foi vencedor na categoria Destaque Serviços de Suporte à Exportação e conquistou o Troféu Diamante, destinado a instituições que chegam ao marco de dez prêmios consecutivos. A cerimônia do 51ª Prêmio Exportação, promovida pelo Conselho do Prêmio Exportação da ADVB/RS, ocorreu na Casa NTX, em Porto Alegre. 

O Tecon Rio Grande, principal via de acesso e saída do estado para o mundo, tornou-se, ao longo de mais de duas décadas, fundamental para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. Atualmente, conta com mais de 3 mil clientes, entre importadores e exportadores, e recebe as principais linhas que escalam o Brasil, oferecendo serviços semanais para todos os trades do mundo a partir de 13 clientes armadores.

Em suas atividades, as exportações representam 74%, enquanto que 26% correspondem à importação. São mais de 600 variedades de mercadorias, como peças, produtos químicos, resinas e plásticos vindos de mais de 50 países diferentes, como China, Estados Unidos, Marrocos, Bélgica e Cingapura. Igualmente, produtos da indústria de transformação, como resinas, madeira, frango congelado, carne suína e móveis, aportaram do Tecon Rio Grande rumo aos Estados Unidos, China, Peru e Arábia Saudita.

Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, considera que o papel do terminal é crucial para a logística de empresas gaúchas em longo curso, pois oferece uma alternativa segura e confiável para armazenagem e movimentação de diferentes tipos de carga. Bertinetti acrescenta também que “a localização estratégica e os equipamentos modernos que compõem a estrutura do Tecon Rio Grande são essenciais para torná-los em um dos mais importantes terminais de contêineres do País e um dos mais competentes da América do Sul”.

Ao longo de seus mais de 26 anos de concessão do terminal, a Wilson Sons realizou uma série de investimentos no Tecon Rio Grande, aumentando consideravelmente a capacidade e a produtividade do terminal, bem como na infraestrutura, além de estar constantemente modernizando a tecnologia utilizada. São 735.000 m² de área total, com capacidade estática de 30.000 TEU, 20.000 m² de armazéns para carga geral e especiais e 10 gates totalmente automatizados para a entrada e saída do terminal, além de 2.800 tomadas para contêineres refrigerados (reefer).

Todos estes investimentos sempre levam em consideração as práticas ESG. Em maio passado, foi assinado um contrato para que o terminal tenha sua energia fornecida 100% de fontes renováveis. Para isso, foi realizada a aquisição da certificação IREC (International Renewable Energy Certificates) para o triênio 2024/25/26, que pode ser utilizada para o reporte das emissões indiretas pelo consumo de energia no Programa GHG Protocol, metodologia internacional mais utilizada para quantificar as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o certificado garante a rastreabilidade da fonte de energia renovável que chega ao terminal, e também zera as emissões de carbono provenientes do consumo de energia nos anos citados. Por meio deste novo sistema energético, toda a energia  gerada para o funcionamento do Tecon Rio Grande até o próximo ano virá de fontes renováveis, que podem ser eólica, solar ou de pequenas centrais hídricas.

O Tecon possui nove STSs (Ship to Shore Container Crane – capazes de operar em navios de até 24 contêineres de largura) e 22 RTGs (Rubber Tyred Gantry Crane, pontes rolantes sobre rodas utilizadas na movimentação dos contêineres no pátio), além de dois Mobile Cranes (guindaste controlado por cabos), 12 Reach Stackers (empilhadeiras de contêineres) e 56 Tratores de Pátio. Conta ainda com o sistema operacional Navis N4, líder global em gestão de terminais portuários, e com o Teconline, plataforma com mais de duas décadas de funcionamento e mais de 2,6 mil usuários ativos de diversos países, que atende transportadoras, despachantes, armadores, órgãos anuentes, importadores, exportadores, agentes de carga, entre outros, na consulta de informações sobre cargas, programação de navios e agendamentos.

Recentemente, a Wilson Sons fortaleceu o comércio com um grande mercado consumidor do Oriente Médio: o Catar. De janeiro a dezembro do ano passado, houve um crescimento de 109% nas remessas via contêineres do Tecon Rio Grande para o país-sede da última Copa do Mundo de Futebol, resultado liderado pelo frango congelado, que representou aproximadamente 85% deste total. Além do frango congelado, madeiras, móveis e ovos estão entre os produtos exportados para o Catar.

Outra recente movimentação foi a implementação de uma nova rota para o tráfego entre o Tecon Rio Grande e o Norte da Europa. Por meio da linha marítima Samba, da Maersk – líder global em serviços de transporte e logística –, o terminal oferece semanalmente o serviço direto de transporte de cargas no fluxo entre Rio Grande e a Europa Setentrional, reduzindo o tempo de trânsito em até dez dias.

Na avaliação de Bertinetti, o Tecon Rio Grande se estabeleceu como um ator proeminente no desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. “Sermos condecorados novamente pelo Prêmio Exportação e, em especial, com o Troféu Diamante, dado a somente outras três empresas este ano, é uma confirmação de que nossos investimentos e dedicação do nosso time ao longo dos anos nos trouxeram frutos. Há muito espaço para crescimento, mas a premiação nos mostra que estamos aptos aos desafios que virão”, complementa. 

 

 

Latam inaugura rota cargueira Miami/Brasília e espera trazer mais de 2 mil toneladas para o DF por ano


A Latam Cargo, unidade de transporte de cargas do grupo aéreo, acaba de inaugurar a rota cargueira Miami-Brasília com dois voos semanais a bordo de aeronaves Boeing 767-300F. A ampliação da conectividade traz agilidade e torna mais dinâmica a importação de fármacos, eletrônicos e cargas gerais dos Estados Unidos para o Distrito Federal, beneficiando a cadeia logística de todo o Centro-Oeste brasileiro.

Na cidade da Flórida, também embarcam no voo da Latam Cargo para Brasília volumes provenientes da Europa e da Ásia. A expectativa da companhia é de transportar mais de 2 mil toneladas na nova rota, operada sempre aos domingos e quintas-feiras.

"O Boeing 767-300F tem capacidade para carregar 53 toneladas por voo. Antes, para chegar a Brasília, essas cargas precisavam desembarcar e conectar em outros voos e aeroportos. Na prática, a rota Miami-Brasília reduz de três para um dia o tempo médio de importação dos Estados Unidos para o Distrito Federal", explica Otávio Meneguette, diretor da Latam Cargo no Brasil.

 

Porto de Santos registra novos recordes na movimentação de cargas

O Porto de Santos, em São Paulo, movimentou em julho 15,3 milhões de toneladas de mercadorias, registrando a melhor marca para esse mês e ficando 5,2% acima do apurado em julho do ano passado (14,5 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 0,8% o movimento acumulado do ano, que soma 96,3 milhões de toneladas, também recorde para o período.

Mais uma vez as cargas do agronegócio lideram o crescimento, destacando-se a soja, com 2,1 milhões de toneladas em julho (+65,7%) e 26,7 milhões de toneladas no acumulado do ano (+16,3%); seguida pelo açúcar, com 2,2 milhões de toneladas no mês (+4,9%) e 10,4 milhões de toneladas nos 7 primeiros meses do ano (+4,9%). O volume embarcado de milho no ano soma 4,3 milhões de toneladas, um crescimento de 3,7%. A expectativa é que esses embarques cresçam, ainda mais, tendo em vista a entrada neste segundo semestre da segunda safra dessa commodity.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revela que a previsão é encerrar o ano com 18,8 milhões de toneladas de milho embarcadas, 28,4 milhões de toneladas de soja e 21,4 milhões de toneladas de açúcar. “O ciclo do escoamento do milho no Porto de Santos é de julho a dezembro, intercalando com a safra de soja (1º semestre)”, relata Pomini. ´

Ele explica que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos. Players multinacionais de alimentos vêm fazendo investimentos na capacidade do Porto para movimentação de grãos e o último deles foi a Cofco, com o STS11, que já está com obras de expansão em andamento e será o maior terminal para granéis vegetais do País”.

O Porto de Santos escoou 27,2% das exportações nacionais de milho, de janeiro a julho, e 36,1% das exportações de soja. No geral, os embarques atingiram no mês 11,6 milhões de toneladas, um crescimento de 8,6%, e no acumulado do ano, 71,7 milhões de toneladas, 2,9% acima do mesmo período de 2022.

Já as descargas somaram 3,7 milhões de toneladas, ficando 5,2% abaixo do apurado em julho do ano anterior. O acumulado do ano chegou a 24,5 milhões de toneladas, também apresentando redução de 4,8%. Destacaram-se, também, os embarques de granéis líquidos, como suco cítrico, com crescimento mensal de 16,1% e acumulado no ano de 8,3%; e de álcool, no mês 111,7% e nos 7 primeiros meses do ano 35,1%.

A movimentação de cargas conteinerizadas somou 420,3 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ficando 4,6% abaixo de julho do ano passado (440,6 mil TEU), apesar de caracterizar-se como a segunda maior movimentação mensal no Porto para essa modalidade. O acumulado do ano se mantém 6,5% abaixo do mesmo período anterior, totalizando 2,6 milhões de TEU.

Os granéis sólidos somaram no ano 52,8 milhões de toneladas, um crescimento de 7% e os granéis líquidos atingiram 10,8 milhões de toneladas, 1,5% a menos do que o mesmo período do ano anterior. A atracação de navios nos 7 primeiros meses do ano atingiu 3.125 embarcações, crescimento de 3,8%.

A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento, atingindo 28,4%. Cerca de 31,2% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 54%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

 

Hapag-Lloyd é excluída do processo de compra da HMM por reações contrárias à saída do controle do país

O processo de seleção de candidatos à aquisição da HMM confirmou a exclusão da Hapag-Lloyd e, consequentemente, a batalha pela compra da companhia marítima sul-coreana deverá desenvolver-se em três vias entre Dongwon, Harim e Grupo LX . A marginalização baseia-se no fato de o eleitorado sul-coreano, os políticos e a classe empresarial se sentirem incomodados com a venda de HMM ao capital não-coreano.

Frases como “fuga dos inestimáveis ​​ativos nacionais da Coreia” são usadas quando se critica a perspectiva de uma venda à companhia de navegação alemã. Especificamente, de acordo com fontes do setor bancário de investimento, espera-se que o Korea Development Bank (KDB) e a Korea Ocean Business Corporation (KOBC) selecionem Dongwon, Harim e LX Group como candidatos à aquisição e notificarão as empresas este mês.

Durante o processo surgiram preocupações de que dar às companhias marítimas estrangeiras a oportunidade de realizar a devida diligência nas transportadoras de bandeira sul-coreana poderia ter um impacto negativo na indústria marítima do país. Anteriormente, a Federação das Indústrias Marítimas Coreanas e a Associação de Desenvolvimento Portuário de Busan também emitiram uma declaração dizendo que o HMM não deveria ser vendido ao capital estrangeiro por segurança nacional e outras razões semelhantes.

Na sua declaração conjunta, as duas organizações sublinharam: "Estamos preocupados com o possível fluxo para o exterior de ativos nacionais inestimáveis, incluindo décadas de experiência acumulada em logística marítima, se o HMM fosse vendido à Hapag-Lloyd. Isto também poderia representar um sério ameaça à segurança nacional."

Com a exclusão da Hapag-Lloyd, espera-se que as atenções se voltem para a forma como os outros três grupos irão angariar fundos para a aquisição. Foi noticiado que durante a licitação preliminar de 21 de agosto, foram apresentadas ofertas na faixa de US$ 3,77 bilhões. Neste sentido, embora tenha havido licitantes, a mídia sul-coreana sugere que as empresas Hyundai Motor Group e Posco demonstraram desinteresse na venda.

As empresas sul-coreanas que manifestaram interesse estão lutando para obter os seis trilhões de won (4,5 bilhões de dólares) que o KDB busca pelas ações da HMM. Os representantes do fornecedor planejam dar aos três grupos selecionados de candidatos à aquisição a oportunidade de realizar a devida diligência nos próximos dois meses. Após a conclusão do processo de due diligence, pretendem avançar para a oferta final e concretizar a venda ainda este ano.

Projeto Porto Escola atraí à Rio Grande centenas de estudantes do Brasil e do Uruguai

Os portos do Rio Grande do Sul são responsáveis pela movimentação de 30% do que é produzido no Estado e as visitas permitem que os estudantes conheçam de perto a logística portuária. Neste ano, 546 estudantes de todas as idades do Brasil e do Uruguai já foram recepcionados na unidade Rio Grande da Portos RS.

As solicitações de visitas são realizadas diretamente no site da empresa (www.portosrs.com.br). É importante que os interessados estejam atentos ao número mínimo de dez alunos e máximo de 40 estudantes, além da idade mínima de 12 anos.

Durante a visita, além da parte teórica é possível acompanhar as operações que estão sendo realizadas nos navios e ver de perto os equipamentos utilizados. O Porto de Rio Grande movimenta cargas do Sul do Brasil e também dos países vizinhos.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Fórum debate como descarbonização dos navios pode estimular investimentos na América Latina


O Fórum Estratégias para implementar as medidas da OMI (Organização Marítima Internacional) nas embarcações foi realizado nessa semana, em Santiago, Chile (foto), e apontou para as oportunidades de investimentos que se abrem para os países latino-americanos a partir da descarbonização do transporte marítimo. A iniciativa ocorreu na sede da Cepal (Comissão da ONU para a América Latina e Caribe e contou com a organização da OMI e do governo chileno.

Arsenio Domínguez, diretor da divisão de Meio Ambiente Marinho da IMO e atual secretário-geral eleito daquela organização, presidiu o encontro. Participaram, entre outros, María Heloísa Rojas, Ministra do Meio Ambiente do Chile; Diego Pardow, Ministro de Energia do Chile; Andrés Rebolledo, Secretário Executivo da Organização Latino-Americana de Energia (Olade) e o Almirante Juan Andrés De La Maza, Comandante-em-Chefe da Marinha do Chile, entre outras autoridades e diversos representantes dos setores marítimo e energético da região.

O Fórum reconheceu o papel fundamental que o transporte marítimo desempenha na economia mundial, mas que também é responsável por cerca de 3% das emissões globais de carbono e, portanto, exige a adoção e aplicação de novas ferramentas e regulamentos que possam garantir uma redução eficaz e progressiva da sua pegada de carbono. Portanto, no âmbito da Estratégia da IMO, foi abordada a forma como esta indústria pode catalisar investimentos, maximizando o elevado potencial de energia renovável dos países latino-americanos e ao mesmo tempo mitigando os seus potenciais impactos adversos.

Na abertura, Arsenio Domínguez apelou aos países da região para que cooperem entre si nesta matéria. Nesse sentido, destacou que “este [fórum] é uma daquelas atividades que mostra que podemos realizar esta cooperação. Também nas mesmas estratégias nacionais que se estabelecem nos países, este diálogo bilateral e multilateral deve ser incluído, utilizando as diferentes agências das Nações Unidas como Alade, Cepal e entre elas e outras entidades podemos desenvolver aquelas conversas nas quais nos concentraremos quais são os desafios e oportunidades para ajudarmos uns aos outros”.

A Ministra do Meio Ambiente do Chile, María Heloísa Rojas, indicou que “no caso do Chile, suas exportações dependem muito do transporte marítimo e por isso o desafio é importante, é grande, mas não é por isso que não queremos encarar. Temos o compromisso de sermos neutros em carbono até 2050, o mais tardar, e faremos todos os esforços possíveis para nos aproximarmos desse objetivo também na frente marítima. Estamos muito comprometidos de forma intersetorial porque entendemos que as mudanças climáticas devem ser enfrentadas em todas as suas emissões e também pela importância que o país dá à proteção dos seus oceanos”.

Por sua vez, Andrés Rebolledo, ex-Ministro de Energia do Chile e atual Secretário Executivo da Organização Latino-Americana de Energia (Olade), destacou a contribuição desta organização no apoio aos países da região no desenvolvimento de políticas energéticas. Nesta perspectiva, destacou que “hoje uma questão muito presente na região é como estas políticas contribuem para a descarbonização das economias, não só em termos de geração de eletricidade onde a América Latina deu passos importantes, mas também e, acima de tudo, tudo, em setores como o transporte marítimo, terrestre e aéreo e, neste contexto, como organização colocamos os nossos instrumentos à disposição dos países da região”.

Durante o primeiro dia, os vários oradores e representantes da região discutiram questões importantes como “Ação climática regional e esforços da IMO para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes do transporte marítimo”; “O transporte marítimo como facilitador da ação climática e da transição” e as “Perspectivas nacionais relativamente às oportunidades oferecidas pela descarbonização do transporte marítimo”, entre outras. Foram discutidos aainda aspectos como o “Financiamento da descarbonização do setor do transporte marítimo e promoção da produção de combustíveis renováveis ​​na América Latina”.

Mais 41 novos mercados estão abertos para a exportação de produtos agropecuários do Brasil

Reforçando a confiança na qualidade e nos controles sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros, foram atualizadas para 41 as novas aprovações sanitárias de importação para produtos da agropecuária nacional desde janeiro deste ano. As mais recentes foram para importação de crustáceos (camarão e lagosta) e moluscos bivalves (ostra e mexilhão) congelados brasileiros para Singapura, pescados para o arquipélago Nova Caledônia e material genético suíno para o Uruguai.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura de novos mercados demonstra a competitividade e a confiabilidade do setor produtivo brasileiro reconhecido em mais de 200 países e territórios. O resultado é fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a atuação, principalmente, dos adidos agrícolas e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) nas negociações comerciais bilaterais.

A abertura de mercado, no entanto, não significa comércio e embarques imediatos dos produtos agropecuários. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação. O Brasil já é um grande exportador de carnes, milho, soja e diversos produtos da cadeia agrícola, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária de diversificar a pauta exportadora brasileira.

 

Porto Itapoá zera destinação de lixo de resíduos sólidos para aterros aterros sanitários ou industriais

O Porto Itapoá, referência em sustentabilidade, passou a ser um Terminal com status “Aterro Zero”. Todos os resíduos sólidos gerados pela empresa - que são tradicionalmente destinados a aterros sanitários ou industriais - são agora encaminhados para reciclagem e coprocessamento no terminal do norte catarinense.

O destaque é solução para resíduos orgânicos: uma estação de tratamento que utiliza o método de compostagem acelerada para transformar o material em adubo. Com isso, mais de 13 toneladas de resíduos orgânicos foram desviadas de aterros. “Só em 2023 geramos mais de cinco toneladas deste composto orgânico. O material é distribuído, sobretudo, para a comunidade local de Itapoá, que o aproveita como adubo para plantações e para a jardinagem”, explica o diretor de Operações, Meio Ambiente e Tecnologia do Porto Itapoá, Sergni Pessoa Rosa Jr.


A solução para o lixo orgânico do Terminal é desenvolvida pela empresa Organa Biotech e já é bastante reconhecida pelo mercado. Foi vencedora do Prêmio Supplier Day 2022, promovido pelo Grupo BMW para celebrar iniciativas comprometidas com a mobilidade sustentável e responsabilidade social dentre seus fornecedores. O porto é a única empresa do setor de logística e comércio exterior a figurar entre os concorrentes na categoria sustentabilidade. “Com essa iniciativa também deixamos de emitir mais 17 toneladas de CO2 na atmosfera e evitamos o uso de mais 1.200 sacos plásticos só neste ano”, complementa Rosa Jr.

 

Os demais resíduos também são destinados para reciclagem, tendo destinos mais nobres como subproduto para indústria. Um exemplo são os resíduos de construção civil, como restos de tijolos, cimento, pavers, que são triturados e usados pela indústria como agregado para concreto ou mesmo para a fabricação de novos pavers.

 

O material metálico é encaminhado para uma recicladora de metais e, posteriormente, para fundição, ganhando nova vida neste segmento. Já os materiais contaminados são processados e se tornam composto para fabricação do cimento. Madeira, papel e papelão também encontram nova vida útil com destinações apropriadas na indústria.

 

Segundo o gerente de Meio Ambiente do Porto, Christiano Berthier, essas soluções estão em acordo com as diretrizes da empresa, o que a torna uma referência em sustentabilidade. “Entendemos que o cuidado com o meio ambiente tem reflexos diretos na saúde e na qualidade de vida de todos nós”, diz.

 

Outra importante iniciativa é a campanha Menos Um Lixo, em que a empresa distribui para seus colaboradores, fornecedores, parceiros e afins um copo de silicone, retrátil e reutilizável, para evitar o uso dos copinhos plásticos tradicionais. Com isso, somente no Terminal, evita-se a utilização de cerca de 60 mil unidades por mês.

 

Começa a temporada de embarques de frutas frescas pelo Complexo do Pecém

Foram embarcadas 2,5 mil toneladas de frutas frescas em operação realizada na madrugada do domingo (27), no Porto do Pecém. O navio MSC Sofia Celeste abriu a temporada 2023/2024 de exportação de frutas frescas. A carga inicial incluiu melões, melancias, mangas e uvas produzidas nos estados do Ceará, Rio Grande Norte, Pernambuco e Bahia.

Desse volume inicial embarcado, 98% será descarregado nos portos de Roterdã e de Londres. O restante seguirá para outros portos da Europa. “A exportação de frutas frescas é um dos nossos carros-chefes. Estamos com uma expectativa muito positiva com a safra este ano, tanto para a Europa quanto os Estados Unidos”, destaca André Magalhães, diretor Comercial do Complexo do Pecém.

Na viagem inicial foram embarcados 121 contêineres refrigerados (reefers) de 40 pés, o equivalente a 200 TEU´s (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). No mesmo fim de semana, foram embarcados 112 reefers para os Estados Unidos, totalizando 233 contêineres refrigerados.

“A MSC vem mantendo um serviço dedicado, apostando na localização estratégica do Pecém, um terminal que nos oferece qualidade e segurança, onde 100% das frutas são pesadas e escaneadas. São condições que favorecem e viabilizam a exportação. Desde então, tem sido um sucesso”, resume Daniel Soares, gerente da MSC em Fortaleza e no Pecém. A empresa opera no Pecém desde a inauguração do porto, em 2002, mas o serviço de exportação de frutas teve início em 2017.

Veja o tempo de viagem das frutas
Roterdã/Holanda – 14 dias
Londres/Inglaterra – 16 dias
Bremerhaven/Alemanha – 20 dias
Hamburgo/Alemanha – 18 dias
Antuérpia/Bélgica – 23 dias
Le Havre/França – 25 dias
Sines/Portugal – 29 dias

 

Obras de derrocagem iniciam aprofundamento de áreas do Porto do Rio de Janeiro

A PortosdoRio deu início ao projeto de aprofundamento em quatro áreas do Porto do Rio de Janeiro, com a primeira detonação das obras de derrocagem. Essa iniciativa foi resultado de uma parceria público-privada que emprega a técnica de derrocamento com uso de expansores explosivos para remover o material rochoso nessas regiões. 

As perfurações que possibilitaram a implantação das emulsões explosivas tiveram início em 15 de agosto. Vale ressaltar que todos os licenciamentos e permissões exigidos pelas autoridades - PortosRio, Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Capitania dos Portos do Rio de Janeiro/Marinha do Brasil (CPRJ/MB) e Exército Brasileiro (EB) - foram obtidos, garantindo total conformidade com os critérios de segurança e sustentabilidade.

O objetivo central da derrocagem é melhorar a capacidade de navegação e atracação de navios de maior porte no porto, ao mesmo tempo em que se proporciona uma maior segurança nas manobras das embarcações no local.

O projeto também abrangerá monitoramentos regulares da qualidade da água, medidas de proteção ao ambiente marinho e a preservação das estruturas e edificações próximas, tudo isso com um mínimo impacto sobre a navegação local.

Para o próximo ano está prevista uma dragagem complementar de todo o cais da Gamboa já aprovada no orçamento com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

 

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Estaleiro sul-coreano constrói primeiro navio que utiliza tripulantes "engenheiros com IA"


A HD Korea Shipbuilding & Offshore Engineering, uma subsidiária controladora da HD Hyundai, entregou o primeiro navio do mundo equipado com um “engenheiro de IA”. O estaleiro anunciou recentemente a entrega à H-LINE Shipping de um graneleiro movido a GNL de 180.000 toneladas, equipado com uma solução de automação baseada em IA. A embarcação foi construída no estaleiro Hyundai Samho Heavy Industries em Yeongam, província de Jeolla do Sul, informou a Bussines Korea.

A automação de motores inclui a Solução Integrada de Monitoramento de Condições (HiCBM) e a Solução Integrada de Controle de Segurança (HiCAMS). Ambos diagnosticam o estado dos principais equipamentos do navio em tempo real e detectam emergências de forma inteligente, como incêndios, substituindo engenheiros humanos e tripulantes de convés durante as operações.

O HiCBM monitora e gerencia os principais dispositivos do navio, como motores de propulsão, compressores e bombas, em tempo real. A IA pode detectar e prevenir possíveis falhas durante a navegação, garantindo uma navegação tranquila. Enquanto isso, o HiCAMS, usando CCTV a bordo, permite que a IA detecte e analise eventos relacionados à segurança em tempo real, desempenhando um papel vital para garantir a segurança do navio e de sua tripulação.

 Os dois sistemas podem ser aplicados a navios atualmente em serviço, sugerindo uma possível expansão do mercado de soluções de automação baseadas em IA. Durante os testes, os sistemas foram testados quanto à segurança e confiabilidade sob a supervisão do American Bureau of Shipping (ABS). Em setembro passado, obtiveram a Certificação Básica ABS (AIP).

Em junho passado, a Avikus, subsidiária da HD Korea Shipbuilding & Offshore Engineering, tornou-se a primeira no mundo a cruzar com sucesso o oceano com um grande navio equipado com um sistema de navegação autônomo. Com a comercialização desta solução de automação, a indústria marítima está um passo mais perto da era do “bareboat”, onde viagens de longo prazo podem ser realizadas sem navegadores, engenheiros ou tripulação de convés.

Canal do Panamá manterá restrição no trânsito de embarcações por mais um ano

Autoridade do Canal do Panamá (ACP) anunciou a manutenção das restrições à passagem de navios por um ano, medida que congestionou os acessos à rota por onde passa 6% do comércio marítimo mundial e que até 27 de agosto acumulava um total de 120 navios aguardando trânsito e que apresenta uma espera média no sentido norte de 10,46 dias e no sentido sul direção de 9,39 dias. Ilya Espino de Marotta, vice-administrador do Canal do Panamá, confirmou a prorrogação da medida.

“Hoje estamos vendo isso pelo período de um ano, a menos que caiam fortes chuvas em setembro, outubro e novembro na bacia hidrográfica de o Canal e encher os lagos"m disse o executivo. Segundo ele, esse período permitirá ao cliente "planejar o que vai fazer". A falta de chuvas, produto das mudanças climáticas e do fenômeno El Niño, obrigou o Canal a reduzir o número de trânsitos para economizar água.

Se antes passavam diariamente cerca de 40 navios, agora apenas transitam no máximo 32. Além disso, o ACP também reduziu o calado dos navios para 13,4 metros, quase menos de um metro do que este percurso permitia. Normalmente os navios que atravessam o Canal podem reservar um dos slots diários oferecidos pela rota, também têm a opção de recorrer a um leilão, onde o licitante com maior lance pode obter um dos slots. Mas também, em muitas ocasiões, os navios chegam sem qualquer reserva, pelo que têm de esperar vários dias na fila à espera da autorização de trânsito.

“Damos conta facilmente de uma fila de 90 navios” em espera, mas “130 ou 140 navios causam-nos problemas e provocam atrasos”, admite Marotta. O Canal do Panamá utiliza água da chuva para seu funcionamento. De cada embarcação são descarregados cerca de 200 milhões de litros de água doce, que o Canal obtém de uma bacia hidrográfica através dos lagos Gatún e Alhajuela. No entanto, a bacia, que também fornece água ao país centro-americano, foi modernizada pela última vez em 1935, quando registrou cerca de 6.000 trânsitos, menos de metade do número atual.

Além disso, naquela época a população panamenha não atingia meio milhão de pessoas, contra os atuais 4,2 milhões, metade dos quais são abastecidos com água pelo Canal. A este respeito, o antigo administrador do Canal, Jorge Quijano, disse que "neste momento vejo que a situação é administrável, mas temos que mostrar à indústria agora que estamos a tomar medidas definitivas para resolver o problema da água e que para mim é fundamental, porque senão estaremos fora deste negócio”.

Além disso,  ele alerta que se os custos de passagem pelo Canal nestas circunstâncias forem “excessivos”, os utilizadores procurarão outra rota e a rota que normalmente concorre connosco é o Canal de Suez”. Opinião não muito diferente foi expressa pelo atual administrador do Canal, Ricaurte Vásquez: “Se não nos adaptarmos, vamos perecer”.

Mas a ACP também tem consciência de que os efeitos negativos também podem ocorrer no curto prazo: “entendemos que os nossos clientes têm opções e é nosso dever garantir que os nossos serviços continuam a ser a melhor opção. Se as circunstâncias assim o exigirem e os clientes escolherem outra rota, compreendemos sua decisão", afirmou Vásquez.

“O problema é que não há solução a curto prazo, a menos que a mãe natureza ajude e os níveis da água subam”, disse Fernando Losada, diretor-geral de rendimento fixo da Oppenheimer & Co.. Sobre uma alternativa “mais engenharia”, indicou que “podem resolver com investimento e infraestruturas”, mas aponta de imediato que “vai levar tempo e, entretanto, vai pesar na economia”. A ACP já apelou ao Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA para preparar um plano para desviar rios para o Lago Gatún.

As restrições até agora geraram menos capacidade de carga para cada navio e aumentaram o tempo necessário para o transporte de mercadorias. Mas o efeito mais importante é “o possível aumento de custos”, embora “dependerá do tipo de mercadoria que está em cada navio”, disse Felipe Chapman, sócio-gerente da consultoria econômica Indesa. No entanto, “o volume total de comércio que atravessa o Canal do Panamá é relativamente pequeno”, por isso “não penso que seria um catalisador para a inflação a nível mundial”, acrescenta. As previsões indicam que o número de toneladas que transitam pelo Canal será inferior aos 518 milhões do passado. Além disso, a receita seria cerca de 200 milhões de dólares inferior aos 4,3 mil milhões de dólares reportados no último ano fiscal.

Brasil vai disputar embarques de soja para a China com os Estados Unidos

À medida que a seca continua a ameaçar as colheitas nos EUA, as importações chinesas de soja do país norte-americano registraram uma queda anual significativa. A China, o maior importador mundial de soja, está coincidentemente aumentando as suas importações do Brasil, impulsionada por preços mais baratos, enquanto a produção brasileira deverá atingir um nível recorde, informa a BRS Dry Bulk.

Segundo dados alfandegários, a China importou 9,23 milhões de toneladas de soja do Brasil em julho, um aumento de 32,4% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, as importações dos EUA caíram acentuadamente 62%, para 142.129 toneladas. No entanto, os volumes combinados reportados desde o início de 2023 foram superiores aos de 2023

Na verdade, as importações de soja da China provenientes do Brasil aumentaram 12,2% em termos anuais entre Janeiro e Julho, enquanto as importações dos EUA registraram um aumento de 13,9%. % no mesmo período. Com a expectativa de produção recorde, e ainda mais encorajada pelo declínio das margens de esmagamento domésticas, o Brasil impulsionou as exportações de soja. Como resultado, teria oferecido remessas para dezembro, algo que alguns compradores chineses aparentemente nunca tinham visto antes.

Além disso, de acordo com a Platts, os envios de Dezembro foram definidos de acordo com as taxas de transporte marítimo do Golfo dos EUA, iniciando assim a concorrência direta de preços durante a época de exportação dos EUA. A medida do Brasil não só poderá perturbar as exportações de cereais dos EUA, como os participantes no mercado esperam que afete as operações globais na região.

Aliás, além de ter uma excelente safra de soja, a safra de milho também é expressiva. Portanto, as exportações brasileiras de ambos os grãos são operações esmagadoras em terminais graneleiros, levando, em última análise, ao congestionamento em Santos - o principal porto de exportação de grãos do Brasil - durante o último trimestre do ano.

Mesmo que o Brasil se revele um concorrente feroz no mercado da soja, os problemas auto-infligidos decorrentes do esperado forte congestionamento e das interrupções na cadeia de abastecimento em Santos poderão abrir caminho para mais exportações de milho dos EUA. no final do ano, quando a China normalmente importa exclusivamente dos EUA, o que deverá impulsionar as taxas Panamax, especialmente nos envios fronthaul.

Recuperação da Ponte de Inspeção Naval traz novas utilidades para o Complexo Santista

Aguardada há mais de uma década, a obra de recuperação da Ponte de Inspeção Naval (PIN), na Ponta da Praia, foi concluída e entregue na manhã desta segunda-feira (28). A reabertura da PIN teve a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, do prefeito de Santos, Rogério Santos, do presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini e sua diretoria, além de sindicalistas.

Cedida pela Marinha à então Companhia Docas, a PIN será utilizada para abrigar o Centro de Controle de Operações do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (em inglês, Vessel Traffic Management Information System), ou VTMIS, do Porto de Santos.
“Sem a reforma, ela não tinha condições de receber o VTMIS. Assim, vinha sendo utilizada para abrigar uma base avançada da nossa valorosa Guarda Portuária”, afirmou Pomini.

O ministro Márcio França comemorou a reabertura. “Hoje, aqui, já temos este equipamento em uso. É assim que estamos trabalhando, cumprindo as metas e mostrando resultados conforme orientação do presidente Lula”. França destacou que,
com a PIN recuperada, será oferecido maior conforto aos guardas portuários; servindo de ponto de recepção junto ao mar para visitantes e autoridades e, finalmente, recebendo o VTMIS.

Segundo a APS, as providências para torná-lo realidade já estão em andamento pela Diretoria de Operações. O VTMIS será responsável pela implantação do sistema de gerenciamento do tráfego de navios no cais. Contará com quatro torres de monitoramento, instaladas em pontos estratégicos, permitindo completa visão do Porto. A área de varredura do sistema de monitoramento abrangerá as regiões de fundeio até o Terminal da Usiminas. Cada torre terá um radar, uma câmera inteligente e um transponder para a coleta de dados das embarcações.

Esses e outros equipamentos poderão fazer com que os navios aproveitem mais sua capacidade de carga e permitirão que a Autoridade Portuária de Santos ofereça mais segurança e eficiência aos operadores e armadores.

O VTMIS, que está no plano de metas da APS, auxiliará também no controle de questões ambientais e apoio em situações de emergência. Dados de uma estação meteorológica e um marégrafo vão orientar os navios a estimar, de forma mais precisa, a profundidade de cada berço do cais e auxiliar no momento da atracação.

 

Ibama aprova Plano de Emergência Individual do Porto de Rio Grande

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o Plano de Emergência Individual (PEI) da unidade Rio Grande da Portos RS. O documento estava em análise no órgão federal desde o ano de 2009 e teve sua aprovação publicada no Parecer Técnico nº 114/2023.

O PEI do Porto do Rio Grande já existe na prática e atua de forma permanente, porém com a aprovação ele se torna ainda mais importante e necessário para o atendimento de maneira formal das condicionantes da Licença Ambiental do Porto Organizado rio-grandino. O PEI é executado pela Base de Emergência para a mitigação de acidentes envolvendo óleo e produtos químicos.

De acordo com o diretor de meio ambiente da Portos RS, Henrique Ilha, destacou a qualidade dos documentos e disse que a aprovação do PEI é um grande marco na história dos portos gaúchos. "Com a aprovação, o Porto do Rio Grande se torna uma das estruturas mais qualificadas do país na resposta e prevenção a acidentes com óleo na água".

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Cargill e BAR Technologies lançam navio de propulsão eólica na rota China/Brasil


A Cargill e a BAR Technologies uniram forças com o objetivo de promover o “BAR Tech WindWings”, uma nova tecnologia que está em fase de testes e busca difundir a propulsão eólica no transporte marítimo. Foi assim que o navio “Pyxis Ocean”, propriedade da Mitsubishi Corporation e operado pela Cargill, tornou-se o primeiro a ser equipado com dois WindWings. Essas velas, que chegam a atingir 37,5 metros de altura, podem ser instaladas no convés de navios cargueiros para aproveitar a força do vento como fonte de energia.

A instalação do equipamento foi realizada em um estaleiro Cosco, na China, mesmo país de onde o navio fez sua viagem inaugural, com o objetivo de chegar ao Brasil. Produzidos em colaboração com a Yara Marine Technologies, os WindWings deverão gerar economia média de até 30% no consumo de combustível em novas embarcações. Esta percentagem poderá ser ainda maior se forem utilizados em conjunto com combustíveis alternativos.

O projeto, financiado em parte pela União Europeia como parte da iniciativa CHEK Horizon 2020, tem potencial para ajudar a indústria a atingir os seus objetivos, oferecendo uma solução de modernização capaz de descarbonizar navios já em operação. Isto é particularmente relevante, uma vez que 55% da frota mundial de graneleiros tem até nove anos. Além disso, o desempenho dos equipamentos será monitorado nos próximos meses para melhorar seu projeto e operação. Em média, numa rota global, poderiam poupar até 1,5 toneladas de combustível por WindWing por dia, com potencial para aumentar ainda mais esse número em rotas transoceânicas.

 

Maersk e CMA CGM ampliam serviço conjunto Bossa Nova com escalas no Rio de Janeiro

A partir de outubro, a Maersk e a CMA CGM incluirão uma escala no Rio de Janeiro em seu serviço conjunto 'Bossa Nova' / 'Sirius', que opera entre o Mediterrâneo e a Costa Leste da América do Sul. A mudança entrará em vigor em 7 de outubro, informa o Alphaliner.

Com capacidade para 8.850 TEUs e zarpando do porto de Tânger, no Marrocos, o “Maersk Lota” será o primeiro navio a participar do novo itinerário, que incluirá os portos de Algeciras, Tanger Med, Salvador, Rio de Janeiro , Santos (rumo sul), Itapoá, Paranaguá, Santos (sentido norte), Sepetiba (Itaguaí), Tanger Med e novamente Algeciras.

O serviço continuará a operar em ciclos de seis semanas e será realizado utilizando quatro navios de 8.850 TEU fornecidos pela Maersk, bem como dois navios CMA CGM com capacidades na faixa de 9.360 a 10.030 TEUs. A inclusão do Rio de Janeiro nesta rota não impactará os tempos de trânsito de e para os demais portos brasileiros.

Antaq aprova processo simplificado para interessados em operar terminal em Itajaí

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou a abertura do processo de propostas a interessados em operar terminal de forma transitória no Porto Organizado de Itajaí (SC). A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (25).

A realização do processo seletivo simplificado foi solicitada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e tem como objetivo a celebração contrato de arrendamento transitório destinado à movimentação de carga conteinerizada e carga geral em área do porto catarinense.

A Sessão Pública do Processo Seletivo Simplificado e abertura das Propostas pelo Arrendamento Transitório ocorrerão no dia 13 de setembro de 2023, a partir das 11h, na Sede da ANTAQ.

O contrato prevê que o arrendatário passe a operar no porto por dois anos, prazo que poderá ser prorrogado sob condições especificadas no Edital do Processo Seletivo, a critério do Poder Concedente. Todos os requisitos e demais condições de participação estão disponíveis no site da ANTAQ por meio deste link.

O processo de arrendamento transitório dos terminais tramitou dentro da ANTAQ sob relatoria do diretor Caio Farias. Segundo ele, o objetivo tanto do MPor quanto da Autarquia é retomar de forma célere as atividades do porto de Santa Catarina  

“É a primeira vez que a ANTAQ modela e realiza diretamente um Processo Seletivo Simplificado para um contrato de transição. Entendemos que o projeto apresentado promoverá a retomada plena das atividades no Porto de Itajaí, algo urgente e de suma importância”, afirmou.

Nova Caledônia e Uruguai abrem mercados para compra de produtos brasileiros


O governo brasileiro recebeu a notícia da abertura de dois novos mercados, com a  liberação da exportação de pescados para o arquipélago de Nova Caledônia (foto) e de material genético suíno ao Uruguai. A autorização foi comunicada à Brasília pelas autoridades sanitárias daqueles países.

A Nova Caledônia é território francês que abrange dezenas de ilhas no sul do Oceano Pacífico. Encontra-se a mais de 14 mil km do Brasil, o que demonstra a competitividade e a confiabilidade do setor produtivo brasileiro, reconhecidas em mais de 150 países e territórios. No caso do Uruguai, tradicional parceiro comercial e sócio do Mercosul, o material genético brasileiro contribuirá para a qualidade do rebanho suíno.

No ano passado, as exportações de pescado do Brasil aumentaram 15% em faturamento, chegando a USD 23,8 milhões. A exportação de material genético suíno pelo Brasil, por sua vez, é incipiente, mas apresenta perspectiva de crescimento. O resultado é fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

 

Ministro da Fazenda propõe que Argentina pague importações de produtos brasileiros com yuans

A Argentina pode começar a usar o yuan, a moeda chinesa, para pagar as suas importações do Brasil. A proposta é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A sugestão, encaminhada pelo governo brasileiro a Buenos Aires, aguarda resposta das autoridades argentinas, informa a AB (Agencia Brasil).

A AB forneceu ainda detalhes adicionais sobre como este sistema funcionaria. No cenário proposto, a Argentina efetuaria os pagamentos dos produtos brasileiros em yuans. Posteriormente, a agência do Banco do Brasil em Londres ficaria encarregada de realizar a conversão da moeda chinesa para reais, para finalmente transferir os pagamentos aos exportadores brasileiros.

Numa fase inicial de testes, as conversões seriam limitadas a uma faixa entre US$ 100 milhões e US$ 140 milhões. Haddad ressalta que essa abordagem contribuiria para aumentar a segurança dos exportadores brasileiros, que levantaram preocupações sobre possíveis inadimplências de empresas argentinas. O Tesouro Brasileiro e o Banco do Brasil concordam com o mecanismo proposto.

PortosRS e Wilson Sons debatem pautas de interesse das duas organizações, no Rio de Janeiro

O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, e o gerente de planejamento e desenvolvimento, Fernando Estima, estiveram na sede da Wilson Sons, grupo responsável pela administração do Terminal de Contêineres (Tecon), no Rio de Janeiro. Eles cumpriram agenda de interesse das duas organizações.

Os representantes da PortosRS foram recebidos pela diretora jurídica e de relações institucionais da Wilson Sons, Roberta Carvalhal, e pelo gerente de relações institucionais do grupo, Luiz Rossi.

Durante a reunião, foram tratados temas de interesse da Portos RS e do terminal. “Foi uma reunião onde fizemos um acompanhamento das ações em andamento e o alinhamento dos projetos futuros,” explicou Klinger.

 

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Autoridades sanitárias de Singapura aprovam importação de crustáceos e moluscos do Brasil


O governo comemorou o anúncio, nessa semana, pelas autoridades de Singapura, da aprovação sanitária da importação de crustáceos (como camarão e lagosta) e moluscos bivalves (como ostra e mexilhão) congelados do Brasil. O certificado sanitário internacional vigente, agora renegociado, já permitia a exportação de pescados provenientes de pesca extrativa e de aquicultura.

O anúncio é importante conquista em razão do volume de consumo per capita singapuriano desses produtos, em torno de 22kg de pescados em geral por ano. Em 2022, o país asiático importou aproximadamente US$ 937 milhões de pescados, sobretudo de Malásia, China e Noruega. Desse volume, US$ 223 milhões corresponderam a crustáceos e US$ 115 milhões a moluscos.

Esse resultado soma-se à recente abertura do mercado de Singapura também para carne bovina e suína processadas do Brasil. Os dois resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).