O
portfólio do MInfra para 2022 aponta para a transferência de mais de 13 mil
quilômetros de pistas, o que pode gerar mais de R$ 108 bilhões em
investimentos. Parte deste montante ainda está sendo estruturado pela pasta
junto com a Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL). Entre os leilões
mais aguardados, estão os seis lotes rodoviários no Paraná, que somam mais de
R$ 44 bilhões em aportes privados. Outros dois projetos também estão em estágio
avançados para irem a leilão: os das BR-381/262/MG/ES, com aporte privado de
cerca de R$ 7,3 bilhões, e das BR-116/493/465/RJ/MG, na ligação entre Rio de
Janeiro e Governador Valadares (MG), com investimentos de mais de R$ 9 bilhões.
A pasta também avança para a realização dos certames da BR-040/495/MG/RJ,
BR-040/DF/GO/MG e de quatro lotes no Centro-Norte, atravessando os estados de
Goiás, Mato Grosso e Rondônia.
O
Governo Federal superou a marca de dois mil quilômetros de obras rodoviárias em
2021, entre duplicações, pavimentação, adequações e restaurações, com 80
entregas e mais de R$ 3,1 bilhões investidos para o incremento da movimentação
de cargas por todo o país. O total ultrapassa quatro mil quilômetros de novas
pistas, desde 2019. Além disso, assegurou mais R$ 24,5 bilhōes em investimentos
com a realização de mais três concessões – entre elas, o maior leilão da
história do setor – e projeta a contratação de outros R$ 100 bilhões com mais
de 13 mil km que podem vir a ser leiloados em 2022.
“Vamos
ver uma melhoria grande com o que está sendo contratado este momento, porque é
o maior esforço de transferência de ativos para iniciativa privada da nossa
história, a gente vai ver a infraestrutura mudando muito e não vai ser obra do
acaso, vai ser com o que está sendo plantado agora, por que estamos olhando
infraestrutura como questão de estado, não estamos olhando o resultado desse
ano, estamos olhando o resultado de 10 e 15 anos, os resultados lá na frente”,
afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Entre
as principais entregas realizadas com investimento público está a conclusão da
duplicação de 168 quilômetros de pistas da BR-163/364/MT, entre Cuiabá a
Rondonópolis. Fundamental para a melhora na competitividade do agronegócio
mato-grossense. Em Rondônia, a Ponte do Abunã, na BR-364, uma reivindicação
histórica da população para a ligação do Acre com o restante do país. Até
então, a travessia no Rio Madeira só era feita por balsas, em um trajeto que
durava, em média, duas horas. Agora, leva menos de cinco minutos.
Também
se destacam as duplicações de quase 50 quilômetros de pistas na Bahia, em rotas
importantes como a BR-101, entre Feira de Santana e Entre Rios, e a BR-116,
desde Feira de Santana até Santa Bárbara. No estado, também foi entregue a
pavimentação de mais de 77 quilômetros da BR-235, entre os municípios de
Jeremoabo e Canché. O MInfra ainda se mostrou presente em duplicações na
BR-470, em Santa Catarina, e na BR-101, em Sergipe; e na nova travessia
superior na região metropolitana de Maceió, no entroncamento das rodovias da
BR-104/AL com a BR-316/AL, que vai melhorar o acesso ao aeroporto Zumbi dos
Palmares. No total, mais de 57 mil quilômetros de estradas federais estão
cobertos por contratos de manutenção periódica.
Em
2021, as concessões rodoviárias garantiram R$ 24,5 bilhões de investimentos no
setor ao longo dos próximos anos – R$ 37,3 bilhões desde 2019. O ano ficou
marcado pelo maior leilão rodoviário da história com a relicitação da Dutra, em
um projeto que agora envolve também a BR-101, na ligação entre São Paulo e Rio
de Janeiro. As duas rodovias receberão quase R$ 15 bilhões em investimentos
para a ampliação de capacidade, como a implantação de 600 quilômetros de faixas
adicionais, equivalente a “quadruplicação” da rodovia em cada sentindo. Entre
as inovações, a utilização do sistema free flow de cobrança por livre passagem,
sem a necessidade de praças de pedágio, para tornar o trânsito mais dinâmico na
região de Guarulhos (SP).
Já
a malha rodoviária federal do centro-norte do país receberá a injeção de quase
R$ 10 bilhões de investimentos com as outras duas concessões do setor:
BR-153/080/414/TO/GO e BR-163/230/MT/PA, rotas importantes para o agronegócio e
expansão da logística de movimentação de cargas com o fortalecimento do
escoamento pelo Arco Norte. A primeira receberá o aporte de R$ 7,8 bilhões,
enquanto a BR-163 tem investimentos previstos de R$ 1,8 bilhão em um contrato
com 10 anos de duração.