A UniSantos (Universidade Católica de Santos) realizou um estudo a
partir do curso de Engenharia Civil e propôs a construção de um
quebra-mar com cerca de três quilômetros de extensão, nas proximidades
do canal de navegação do Porto de Santos. De acordo com eles, essa é a
solução para o problema da erosão nas praias santistas.
Segundo Sueli Moreno Ferreira, Engenheira Civil, formada pela
UniSantos, que apresentou a pesquisa, inicialmente o fenômeno era
verificado apenas na Ponta da Praia, mas também atingiu a Praia da
Aparecida “Primeiro, começamos a pesquisar o motivo do problema. E vimos
que há a questão da dragagem. Só que, para dar uma solução, o professor
já tinha sugerido o quebra-mar. Pesquisamos para ver se realmente era a
forma mais adequada”, explicou Sueli.
Sueli relatou que durante as
pesquisas, foram feitos estudos de caso sobre locais onde a construção
de um quebra-mar resolveu problemas semelhantes aos enfrentados na
Cidade. Além disso, para comprovar a viabilidade técnica do projeto,
foram realizadas simulações estáticas, utilizando a areia coletada na
praia de Santos.
O processo foi feito em duas etapas – a primeira
sem o quebra-mar e a segunda com a estrutura. Em ambas, não foram
levadas em consideração a ação de ondas e das correntes marítimas. “A
gente provou a estática. Agora, a gente pretende entrar na dinâmica,
comprovar que o problema se acelera com a dinâmica das correntes.
Depois, vamos projetar o cais e o custo benefício que ele traria para a
cidade”, disse o professor José Renato Spina Martins.
Para o
orientador, com a construção de um quebra-mar de três quilômetros em
concreto armado na Ponta da Praia, é possível reduzir o processo de
erosão na Ponta da Praia e também dotar a região de mais cinco pontos de
atracação de navios. A estrutura ainda pode receber marinas para barcos
de pequeno porte e se tornar um equipamento turístico.
Spina calculou que seriam necessários entre três e quatro anos para a construção
da estrutura capaz de conter a erosão. Mas os custos ainda não foram
mensurados. “Nos próximos estudos, a gente vai detalhar esse tipo de
cais e orçar para ter um estudo completo”, explicou o professor. O
orientador da UniSantos pretende continuar a pesquisa. “De repente,
aprofundando os estudos, a gente contribui para a sociedade santista e
para resolver esse problema antes que a Ponta da Praia desapareça”,
afirmou.
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