O ano está se encerrando com uma grande mudança no cenário da navegação global, principalmente no segmento de contêineres. A compra da Hamburg-Süd pela Møller
Maersk deixa a frota mundial das "caixas" de a concentrada nas mãos de armadores
que optaram pela consolidação e representam 33% do mercado. O cálculo é do analista William Bennet, da Vessel Value.
Há um ano as duas principais companhias chinesas fundiram-se em
um só grupo. A China Ocean Shipping Company, a Cosco, e a China Shipping
Container Lines, a CSCL, formaram a China Cosco Shipping Corp, inauguram a temporada de fusões que mudaria o desenho da navegação no
decorrer de 2016.
Com a união das chinesas, sua frota chegou a 190
embarcações, abocanhando 6,9% do mercado. Atualmente, a China Cosco conta com a maior frota encomendada, somando 29 meganavios (ULCV – Ultra
Large Container Vessels) e 4 unidades post-panamax. A frota do armador
chinês está estimada em US$ 17,6 bilhões.
Depois veio a união da francesa CMA CGM com a APL, pertencente à NOL
(Neptune Orient Lines), de Cingapura, em uma operação finalizada em
junho de 2016. Em conjunto, as empresas adquiriram uma
representatividade de 6% da frota mundial, com 150 navios. Recentemente,
a APL confirmou sua participação na Ocean Alliance, programada para ter
início em abril de 2017, com a participação da Cosco, Evergreen e OOCL.
Em julho, a alemã Hapag Lloyd, já unida à CSAV, do Chile,
oficializou também uma união com a árabe UASC. Costurando a presença
intercontinental, o grupo não apenas ganhou representatividade de 5,3%
do mercado, com 123 navios, como também baixou a idade média da frota,
de 8,7 para 7,8 anos.
Há um mês, foi a vez do início de
negociações entre as japonesas MOL, NYK Line e K-Line, todas já
integrantes da futura THE Alliance, a ser estabelecida em conjunto com
Hapag Lloyd e Yang Ming. Com a junção, prevista para ser concluída em
2018, os três armadores japoneses vão somar 5,2% de representatividade, e
comporão uma frota de 129 embarcações.
Na semana
passada, surgiu a proposta oficial de compra da Hamburg-Süd pela
Maersk, cuja participação no mercado chegará a significativos 9,7%. Isso
sem contar o peso da futura aliança 2M, que a Maersk vai compor com a
MSC a partir de abril, e que terá a maior presença de mercado, com 15%
de capacidade global de contêineres.
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