sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Governo do Peru aprova estudos para investimentos no Callao Antepuerto e no Ancón Trucking Tambo


           O Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) do Peru aprovou os estudos de pré-investimento do Callao Antepuerto e do Ancón Trucking Tambo. A estimativa é de que os processos técnicos estarão concluídos até ao final de 2020 e as obras terão início em meados de 2021.

          A aprovação dos estudos de pré-investimento foi admitida a declaração de viabilidade, requisito essencial para o início das execuções. As obras têm investimento conjunto de US $ 69 milhões e serão executadas na modalidade Obras Públicas, informou Andina.

          Os dois projetos contribuirão para a melhoria do serviço de transporte terrestre de carga, de forma a torná-lo mais eficiente e seguro.

          Em primeiro lugar, o Front Port de Callao servirá para racionalizar e ordenar o fluxo de veículos de carga e mercadorias para o porto de Callao, que concentra cerca de 70% da movimentação de cargas do comércio exterior do país. Isso permitirá descongestionar o tráfego na área portuária e na área urbana sob sua influência.

          A foreport busca otimizar a qualidade e a segurança do serviço de transporte terrestre, tanto de carga como de transporte. Ficará localizado entre as avenidas Néstor Gambeta e Contralmirante Mora, ocupando uma área de 20,5 hectares, o que permitirá uma capacidade para abrigar 729 caminhões.

          Já o Tambo Camionero de Ancón será um espaço físico para o estacionamento de caminhões de carga, o que permitirá ordenar o alto fluxo de veículos pesados ​​de carga entre o norte do país e Lima.

          Terá capacidade para 840 caminhões, localizados em uma área de 20,1 hectares, adjacente ao Parque Ecológico Nacional Antonio Raimondi e à futura Cidade do Bicentenário, onde serão desenvolvidos diversos projetos estratégicos de grande porte, como o Parque Industrial Ancón, projetos de habitação, bem como o Pátio Taller e a Estação Intermodal da futura ferrovia Barranca-Lima. Além disso, fará parte do hub logístico Chancay-Ancón e Callao.

 

Operações de transbordo ganham destaque no Tecon Rio Grande, do Grupo Wilson Sons

               A incorporação de embarcações cada vez maiores às frotas vem trazendo mudanças à navegação na América do Sul, com a diminuição de serviços marítimos para a região e maior concentração no Brasil de operações de transbordo (cargas transportadas entre um porto hub para outros portos de origem/destino). Nos últimos cinco anos, esse tipo de operação movimentou 7% do volume total de cargas conteinerizadas nos portos brasileiros, de acordo com estudo da consultoria Datamar, especializada na análise de comércio exterior via modal marítimo.
 
      Com localização estratégica, infraestrutura para receber navios de grandes dimensões e equipamentos de ponta, a Wilson Sons consolida o Tecon Rio Grande como importante escala para operações de transbordo no Cone Sul. De janeiro a setembro de 2020, 9% dos TEU movimentados pela unidade foram referentes a esse serviço.

      O terminal recebe as principais linhas marítimas que conectam a região do Mercosul com os principais portos estrangeiros na Europa, Ásia e América do Norte.  "O Tecon Rio Grande caminha hoje para ser um terminal concentrador de cargas. A boa acessibilidade ao porto, a localização estratégica e a alta produtividade média tornam o serviço ainda mais competitivo", explica o diretor presidente do terminal, Paulo Bertinetti. 


      De janeiro a setembro deste ano, o Tecon Rio Grande registrou produtividade média de 94 movimentos por hora, um dos melhores índices dos terminais brasileiros. A recente dragagem realizada no Porto do Rio Grande, com o consequente aumento do calado, permite ampliar ainda mais as operações de transbordo no local.  
 

      O Tecon Rio Grande possui 735.000 metros quadrados de área total e 900 metros de cais linear (três berços), com capacidade de movimentação anual de 1,4 milhão de TEU. Os equipamentos são de última geração, incluindo nove guindastes de cais STS (Ship-to-Shore) e 22 guindastes de pátio RTG (Rubber-Tyred Gantry). O terminal utiliza o sistema operacional Navis N4, líder global em gestão de terminais portuários.  

 

 

Estado do Rio de Janeiro lança edital para empresa que vai implantar e administrar a ZPE no Porto do Açu

                       O governo do Estado do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira, 29,  edital para selecionar a empresa que vai implantar e administrar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Porto do Açu, em São João da Barra, Norte Fluminense. Com um regime de isenção de tributos federais e redução de impostos estaduais, a expectativa é que o empreendimento comece a funcionar em 2023.

          Segundo o secretário de Desenvolvimento, Marcelo Lopes, o maior ganho do governo com a implantação da ZPE é o desenvolvimento do interior do estado. Isso vai diminuir desigualdades econômicas regionais e possibilitar o aumento da receita tributária dos municípios.

          - A ZPE é um vetor de desenvolvimento voltado para reduzir desequilíbrios regionais, dentro de um plano do governo de valorizar o estado como um todo - afirmou. Lopes acredita que a região reúne as condições para o sucesso do projeto. Além da localização estratégica, abriga o Complexo do Açu, que integra polos de petróleo, gás, indústria naval e petroquímica.

          No local, está sendo desenvolvido o projeto de usinas termelétricas a Gás Natural Açu (GNA), joint-venture formada pela Prumo Logística, BP e Siemens com potencial para gerar 1,3 gigawatt. A vencedora do processo terá que comprar o terreno de cerca de dois quilômetros quadrados da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por aproximadamente R$ 10 milhões, investir R$ 40 milhões em infraestrutura, além de depositar R$ 26 milhões para o estado, a título de outorga, num total de R$ 76 milhões.

          Parte do investimento, no entanto, será realizada ao longo de quatro anos, sendo R$ 10 milhões a cada ano. De acordo com o presidente da Codin, Fábio Galvão, a licitação é internacional e a ZPE Porto do Açu será a segunda do país, mas a primeira totalmente gerida por uma empresa privada. O primeiro projeto fica em Pecém, no Ceará. Galvão acredita que o sucesso desse empreendimento pode abrir caminho para que sejam autorizadas duas outras ZPEs no estado: Macaé e Itaguaí. ”Ambas têm portos em desenvolvimento”, diz.

          Marcelo Lopes lembra que a vencedora da licitação vai implantar e administrar a ZPE e não necessariamente produzir. A outorga será de 20 anos com possibilidade de renovação. “Os investidores é que vão verificar as potencialidades e analisá-las”, relata ele, destacando que já há conversas com potenciais interessados.

          Para participar da licitação, as empresas precisam comprovar capacidade financeira para cobrir os custos do projeto, além do depósito de garantias contratuais. A Codin conduzirá o projeto de implantação, a fiscalização do contrato e a análise dos requerimentos de indústrias que queiram se instalar na ZPE do Açu. O edital foi elaborado em parceria entre a Codin e as secretarias de Desenvolvimento Econômico e Casa Civil.

          - A receita operacional líquida da ZPE Ceará é de R$ 26 milhões em média, anualmente. Esse é o nosso parâmetro para a oferta mínima na seleção pública. Como o nosso edital é de 20 anos, estabelecemos um valor fixo de outorga, que é de 5% sobre o total de R$ 520 milhões. Mas definimos também um valor variável, que servirá para dar atualidade à contrapartida, de 5% da receita operacional líquida. Todos esses critérios foram estabelecidos a partir de estudos econômicos - explica Galvão.

          As empresas interessadas têm até 30 dias úteis a partir do lançamento do edital, para entrega de proposta. Depois disso, uma comissão formada por 11 membros abre os envelopes durante uma sessão pública. A expectativa do governo é que até o fim de dezembro a vencedora da licitação seja anunciada em definitivo.

          As Zonas de Processamento de Exportações são áreas de livre comércio com o exterior destinadas à instalação de empresas com produção voltada à exportação. As empresas que se instalam nestas áreas têm acesso a tratamentos tributários, cambiais e administrativos específicos definidos pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE). Além de precisarem destinar ao menos 80% de sua produção para o mercado externo.

 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Céu de brigadeiro para os associados do SDAERGS que atuam no TECA do Aeroporto Salgado Filho


               O céu é de brigadeiro para os associados do SDAERGS (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) que atuam no TECA (Terminal de Cargas) do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, onde contam com uma sala da entidade para desenvolver suas atividades voltadas para os exportadores e importadores que usam o transporte aéreo. “Utilizamos o espaço diariamente, é uma ferramenta de extrema importância como apoio ao nosso trabalho, gera segurança para nós despachantes aduaneiros e para os nossos clientes”, elogia Júlio Cézar Mezzomo, coordenador da filial da Efficienza, de Caxias do Sul, na capital gaúcha.    

      Os Despachantes Aduaneiros que mais utilizam a área, segundo Michael Magalhães, responsável pela sala do SDAERGS no aeroporto, são das empresas Ocean Express, Celiberto, Twin, Commander, Abrão, e a citada  Efficienza. “A Sala conta com computador, máquinas de Xerox e outros equipamentos e serviços bancados pelo sindicato, que facilitam o bom desempenho, dando suporte à atividade dos associados ”, destaca Magalhães.

      Assessora de Imprensa da Fraport, concessionária do Salgado Filho, Gabriela Freitas, diz que “o terminal disponibiliza aos profissionais pontos de energia, wi-fi, telefone, ar condicionado e copa compartilhada para as refeições. Há duas áreas distintas para os Despachantes Aduaneiros, na importação e na exportação, proporcionando condições adequadas de trabalho a eles”, explica ela, ressaltando que “a Fraport mantém uma relação positiva e aberta com o SDAERGS”.

      “Sempre fomos muito bem atendidos pela equipe da Fraport”, frisa Mezzomo, enaltecendo, ao mesmo tempo, a qualidade da parceria com a companhia alemã que administra o aeroporto e o apoio do sindicato. “A relação é boa, uso a sala para imprimir documentos, e a internet, fornecida gratuitamente pelo terminal “, conta Vilson Rodrigues Chagas, Despachante Aduaneiro, da Commander Logística, que utiliza o espaço eventualmente.

      A Sala existe desde meados de 1990, época em que o aeroporto ainda era administrado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), lembra Magalhães. As melhorias nas operações no Salgado Filho com a substituição da estatal pela Fraport são evidentes, na sua avaliação. “Algumas obras implementadas por eles agilizaram os serviços de exportação e importação”,  afirma Magalhães.  “De fato, nossas solicitações costumam ser atendidas na plenitude”, endossa Mezzomo.

      O aperfeiçoamento do funcionamento do terminal passa, entre outras medidas, pela substituição do gerenciamento de cargas, de forma a agilizar o recebimento e entrega das mercadorias, observa Gabriela. “A ampliação da pista, obra que deverá ser entregue em dezembro de 2021, prazo que depende da realocação das famílias da Vila Nazaré (que ocupa a cabeceira da pista), permitirá que aeronaves cargueiras possam chegar e sair de Porto Alegre com capacidade plena, tornando o aeroporto mais competitivo”, afirma a assessora de imprensa.

      “O novo Terminal de Cargas Internacional que está sendo construído e tem investimento de R$ 50 milhões, terá uma nova área para os Despachantes Aduaneiros e demais clientes, bem maior que a atual, e atendendo a legislação aduaneira, como já ocorre hoje”, adianta Gabriela. A expectativa é de que, especialmente na área de cargas, a partir da conclusão das obras que estão sendo executadas, o TECA do Salgado Filho atinja um outro patamar, mais elevado.

      “Acredito que com a ampliação da pista haverá um aumento significativo de cargas e, em conseqüência, o barateamento do valor do frete, tornando o terminal mais competitivo”, calcula Mezzomo. “Os desembaraços  de mercadorias deverão crescer bastante aqui no Salgado Filho”, aposta Rodrigues. ”A perspectiva para os Despachantes Aduaneiros é muito boa, cargas que antes perdíamos para São Paulo (e outros aeroportos), sairão diretamente de Porto Alegre, sem custos de frete rodoviário”, acredita  Magalhães.

      Hoje, conforme ele, os calçados se destacam entre as cargas de exportação. Na importação, equipamentos eletrônicos e produtos e insumos hospitalares estão entre os principais itens. Júlio Cézar Mezzomo enumera a Agrale, a Marcopolo, a Inova e a Intral entre os principais clientes que sua empresa atende no TECA. O coordenador da filial de Porto Alegre da Efficienza ressalva que “os itens que demandam mais cuidado nas operações são os farmacêuticos, alimentos e outros de alto valor agregado”.

      Já o responsável pela Sala do SDAERGS  no aeroporto diz que as operações dos despachantes aduaneiros são beneficiadas pelo “atendimento eficaz e rápido” prestado pela Receita Federal, a Anvisa e a Delegacia do Ministério da Agricultura e Pecuária no local. “O sindicato também contribui ainda mais para facilitar e melhorar o trabalho dos nossos associados com o recebimento e envio de malotes para Rio Grande, Uruguaiana, São Borja e Novo Hamburgo”, enfatiza Magalhães.

      Mas, se, efetivamente, há o reconhecimento da melhoria no funcionamento do Terminal de Cargas, algumas turbulências igualmente preocupam os Despachantes Aduaneiros. “Muitos dos problemas são os mesmos verificados em outros recintos, processos burocráticas, lentos. Não é fácil conseguir as informações, altos valores cobrados pelos serviços, que encarecem a operação para o cliente”, reclama Mezzomo. O Despachante Aduaneiro Vilson Rodrigues Chagas, da Commander, agrega à lista de dificuldades  “o sistema de emissão de DAÍ e DAE”. Michael Magalhães critica “a cobrança de taxas que não ocorriam no  tempo da Infraero, como um serviço chamado DAPE, no valor de R$ 90,00.”

      A assessora de Comunicação e Imprensa do aeroporto, Gabriela Freitas,  garante que “a Fraport não recebe taxas, que são tributos, mas sim tarifas aeroportuárias, que são reguladas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Acrescentou que a “Fraport Brasil tem atendido todas as normativas da Anac e Receita Federal quanto às suas obrigações legais, alusivas às suas obrigações com os usuários em geral”.

 

Brasil e Argentina discutem andamento de obras de infraestrutura na fronteira entre os dois países


       O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reuniu-se com o ministro de Obras Públicas da Argentina, Gabriel Katopodis, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, e outros representantes do governo argentino. Na pauta das discussões, obras de infraestrutura na área de fronteira e apresentar outras iniciativas do Minfra que atendem, direta ou indiretamente, aos interesses dos dois países.

         A construção da ponte que ligará Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, a San Javier (imagem do projeto), do lado argentino foi uma das futuras obras discutidas. Freitas explicou que o projeto para construção da ponte está em andamento e que as obras que serão custeadas pelo Governo Federal deverão começar no primeiro semestre de 2021.

      “Já temos orçamento para essa obra, e a Argentina se comprometeu a facilitar a passagem de trabalhadores e equipamentos para agilizar os estudos geotécnicos e levantamento topográfico”, explicou Tarcísio Gomes de Freitas. "Já temos uma agenda a curto prazo e sabemos o quanto é importante fortalecer conexões para a nossa política de transportes”, completou.

        O ministro também reforçou o compromisso do Governo Federal com as concessões, principalmente aquelas que compreendem o Bloco Sul dos aeroportos, que são Foz do Iguaçu/PR, Uruguaiana/RS, Bagé/RS, Pelotas/RS, Navegantes/SC, Joinville/SC, Curitiba/PR e Londrina/PR. Além disso, foi discutida a possibilidade em explorar a hidrovia do Mercosul, comtemplando tanto o lado argentino como o lado paraguaio.

Portos dos Estados Unidos enfrentam escassez de contêineres em plena alta temporada

 

          Depois que a alta temporada atingiu os portos de Los Angeles e Chicago em setembro, ambos agora estão vendo um declínio na disponibilidade de contêineres. De acordo com o Índice de Disponibilidade de Contêineres (CAx), especialmente os 40HCs continuam diminuindo consideravelmente, relata o XChange.

          A alta temporada atingiu fortemente os portos dos Estados Unidos, pois o aumento de contêineres foi maior do que muitos esperavam. O grande volume de contêineres de entrada colocou portos como Los Angeles sob imensa pressão.

          Os inúmeros contêineres que chegam aos portos devem ser transportados para terminais e armazéns. Para isso, são necessários caminhões que em muitos lugares já são escassos, gerando problemas de congestionamento nos portos. Contêineres presos nos portos também significam que muitas operações foram interrompidas. Algo que também influencia na disponibilidade dos containers.

          No porto de Los Angeles, o Índice de Disponibilidade de Contêiner (CAx) mostra como a disponibilidade de contêiner acompanhou a alta temporada até que ficou congestionada. Na mesma época, a disponibilidade começou a diminuir.

          Ressalta-se que quando os valores de CAx são maiores que 0,5 indica que há excesso de equipamento. Abaixo de 0,5 indica que há um déficit de contêineres.