sexta-feira, 30 de abril de 2021

Armadores globais mostram decepção com a ruptura nas conversações salariais com tripulantes


Os representantes das companhias de navegação expressaram sua decepção com o fracasso das negociações para aumentar o salário mínimo dos tripulantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Apesar do impacto da pandemia Covid-19 na indústria global, os armadores, representando os setores de cruzeiros e transporte, submeteram um acordo de três anos para aumentar o salário mínimo básico para os marítimos, a fim de fornecer-lhes um nível de segurança neste momento preocupante .

A oferta representou um aumento de 3% para membros da tripulação em todo o mundo, em um momento em que muitos trabalhadores terrestres estão enfrentando congelamentos salariais e perdendo seus empregos.

Natalie Shaw, diretora de Assuntos Trabalhistas da Câmara Internacional de Navegação, disse que "Infelizmente, os representantes da tripulação rejeitaram uma oferta generosa dos armadores nestes tempos sem precedentes. Fomos além do que havíamos previsto, mas a oferta permaneceu rejeitada. a porta está sempre aberta. "

Os sindicatos dos marítimos não aceitaram a oferta feita durante dois dias de palestras oficiais na OIT, o que, de acordo com o processo da OIT, significaria que os tripulantes podem agora não ter direito a um aumento do salário mínimo de 2 anos. Os armadores continuam abertos a discutir o salário mínimo com os sindicatos em um esforço para encontrar uma solução rápida.(imagem do Porto de Roterdãn, na Holanda)

 

Caminhoneiros ganham novo acesso ao Porto do Rio de Janeiro com inauguração da Avenida Portuária

O acesso rodoviário para caminhões entre a Avenida Brasil, na altura de Manguinhos, ao portão 32 do Porto do Rio de Janeiro (RJ) ficou mais fácil. Nesta quarta-feira (28), a Avenida Portuária, obra que faz parte dos investimentos da Ecoponte, concessionária da Ponte Rio x Niterói, foi inaugurada com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.

A notícia foi comemorada pelos gestores da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Autoridade Portuária responsável pela administração do Porto do Rio de Janeiro. Com 3,2km de extensão, a Avenida Portuária tem 2,5km de trecho compartilhado com a Alça de Ligação da Ponte com a Linha Vermelha. A nova via tem duas faixas de rolamento de 3,5 metros de largura, sendo uma para cada sentido, e a estimativa de tráfego é de 2,6 mil veículos de carga por dia. Os elevados têm gabarito mínimo de 5,5 metros de altura.  

Considerado de grande importância para a infraestrutura portuária, já que vai melhorar consideravelmente o acesso terrestre ao Porto do Rio de Janeiro, além de ampliar a segurança viária e a fluidez do tráfego, o empreendimento foi uma das exigências previstas no contrato de concessão da Ponte Rio x Niterói, entre o Ministério da Infraestrutura e a Ecoponte, do grupo EcoRodovias. O novo trecho contará com os serviços prestados pela concessionária (monitoramento por câmeras, manutenção, atendimento médico e mecânico).  

As Superintendências de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e da Guarda Portuária informam às Transportadoras que, com a inauguração da Avenida Portuária, o Portão 32 do Porto do Rio de Janeiro será aberto a partir das 8h desta quinta-feira (29) de forma parcial – somente para a entrada de veículos de carga. Ao final das obras do novo gate de acesso, previsto para ser inaugurado em junho, será disponibilizada também a saída dos caminhões. Até a conclusão do serviço, será mantida a saída pelo Portão 24.  

 

Governo federal considera prioritárias quatro concessões portuárias no Paraná

O governo federal qualificou quatro concessões portuárias no Paraná como prioridades nacionais. Segundo o órgão, elas representam um terço dos 12 novos projetos de infraestrutura listados no Programa de Parceria para Investimentos (PPI).

Além disso, no que se refere ao arrendamento de três áreas para movimentação de granéis (PAR9, PAR14 e PAR15), o PPI aprovou o estudo da concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá. Esta é a primeira tentativa deste tipo de concessão, que prevê a gestão privada do troço de via navegável interior que liga o porto ao mar aberto. A previsão é de US $ 925,2 milhões de investimentos em 35 anos.

“A autorização é para o início dos estudos, que vão nos mostrar se é viável e vantajoso conceder à iniciativa privada a administração de obras, como dragagem, marcação e sinalização marítima, por exemplo. Nessa fase, nós identificar as necessidades atuais, possíveis melhorias e formas de atender a demanda crescente, com custos mais atrativos para nossos usuários ”, explicou o diretor geral de Portos do Paraná, Luiz Fernando García.

A análise de viabilidade da concessão também leva em consideração os prazos de execução dos serviços prestados pelo governo. “Agilidade na contratação é uma das premissas, pois a licitação das obras de dragagem é complexa e tem impacto direto na segurança da navegação, capacidade e competitividade de um porto”, acrescentou.

Os estudos serão realizados sob as diretrizes técnico-operacionais e financeiras do Governo do Paraná, em colaboração com a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquáticos, vinculada ao Ministério da Infraestrutura. A concessão deve ocorrer no primeiro trimestre de 2023.

 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Hapag-Lloyd divulga relatório de sustentabilidade destacando avanço no esforço de descarbonização


A Hapag-Lloyd publicou seu Relatório de Sustentabilidade 2021 destacando avanços significativos em termos ambientais, sociais, qualitativos e econômicos. O documento mostrou que desde o início do ano passado, a frota da armadora opera com óleo combustível de baixo teor de enxofre.

A estratégia está em conformidade com o IMO 2020, reduzindo suas emissões de óxido de enxofre em aproximadamente 70% em relação a 2019. Além disso, uma economia de combustível de cerca de 15% foi alcançada em 39 navios com a remoção de incrustações de seus cascos externos ”, indica a companhia marítima.

Ao mesmo tempo, afirma ser a primeira companhia marítima do mundo a converter um grande navio de contêineres para propulsão bicombustível, que pode operar com gás natural liquefeito (GNL). Também detalha que, em uma fase inicial de testes, foram utilizados biocombustíveis à base de óleo de cozinha usado.

Por outro lado, menciona que foi executada a encomenda para a construção de seis navios porta-contentores de última geração - cada um com capacidade superior a 23.500 TEUs - cujos motores bicombustíveis de alta pressão também poderão operam com GNL, reduzindo assim as emissões de CO2, entre 15 e 25% aproximadamente.

Esses novos projetos voltados para a sustentabilidade receberam recursos por meio de duas operações de financiamento verde. Elas foram concluídas de acordo com os Princípios de Empréstimo Verde da Associação do Mercado de Empréstimos (LMA).

 

Exportações de tabaco devem ter expansão de até 6% no volume em 2021

As exportações de tabaco estiveram na pauta da 63ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco nesta quarta-feira, 28 de abril, quando cerca de 30 representantes do setor do tabaco e de outras entidades, se reuniram virtualmente. O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, apresentou as perspectivas das exportações de tabaco para 2021. 

Pesquisa realizada pela Deloitte, a pedido do sindicato, aponta que os embarques devem apresentar acréscimo de 2,1% a 6% no volume e de 6,1% a 10% em dólares em relação a 2020, quando foram exportadas 514 mil toneladas, totalizando US$ 1,638 bilhão em divisas. De janeiro a março, segundo dados do Ministério da Economia, o embarque de 134 mil toneladas gerou divisas de US$ 418 milhões, receita que representa um aumento de 19% em comparação com o mesmo período de 2020. 

“O Brasil tem conseguido manter uma exportação anual em torno de 500 mil toneladas, o que demonstra uma estabilidade no mercado mundial mesmo diante do cenário de pandemia e todos os seus desdobramentos sociais e econômicos. Temos a expectativa de que o Brasil se mantenha como líder mundial de exportações de tabaco, posição ocupada desde 1993”, disse Schünke que também falou sobre a adaptação das atividades da indústria do tabaco e do Instituto Crescer Legal durante a pandemia da Covid-19. 

A 9ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e a Segunda Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco (MOP2) também estiveram na pauta do encontro. Status sobre a produção do tabaco, sobre as reformas administrativa e tributária, bem como a aprovação de novos produtos de tabaco foram outros temas debatidos. As próximas reuniões da Câmara Setorial estão previstas para ocorrer nos dias 12 de agosto e 26 de outubro. 

Em 2020, o tabaco representou 0,8% do total de exportações brasileiras e 4,1% dos embarques da Região Sul. No Rio Grande do Sul, estado que concentra quase a metade da produção brasileira, o produto foi responsável por 9,5% do total das exportações. Nas exportações do agronegócio brasileiro, o tabaco ocupa a oitava posição. O principal mercado brasileiro em 2020 foi a União Europeia, destino de 41% do tabaco exportado, seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%). Entre os países, a Bélgica (US$ 414 milhões) continua sendo o principal importador do produto, seguido da China (US$ 153 milhões) e Estados Unidos (US$ 125 milhões). Na sequência da lista dos principais clientes estão a Indonésia (US$ 98 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 74 milhões), Turquia (US$ 55 milhões) e Rússia (US$ 54 milhões). 

 

 

Despachantes aduaneiros doam 2 400 garrafas de água mineral à Santa Casa de Uruguaiana

O Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) participou de dois atos nesta terça-feira, 27 de abril, emblemáticos da sua importância e atuação junto à comunidade da Fronteira Oeste gaúcha. Pela manhã, bem cedo, recebeu homenagem pela passagem do dia desses profissionais em sessão na Câmara Municipal de Uruguaiana. Na oportunidade, o presidente do legislativo, vereador Carlos Delgado (PP) afirmou que “esta categoria é muito importante para a cidade, desenvolvendo uma atividade fundamental para a economia de toda a região, por isso esta casa se sente muito honrada em prestar esta homenagem”. Logo depois, os dirigentes do Sindicato, Fabio Ciocca e Alessandra Flores do Amaral, lideraram a entrega à gestora da Santa Casa de Caridade, Thaís Aramburu, de 200 fardos de água mineral arrecadados junto aos associados, colaboradores e parceiros na Ação Solidária promovida pela entidade.

A doação visou a atender a uma das tantas demandas geradas pelo alto índice de internações e de ocupações de leitos gerados pela pandemia provocada pela Covid-19 em Uruguaiana. A gestora do estabelecimento de saúde ressaltou a importância da contribuição. “Queremos agradecer ao Sdaergs pela louvável iniciativa de colaborar nesse momento tão delicado pelo qual passamos”, destacou. A ação foi organizada pela conselheira do Sindicato, Dani Fanti, acompanhada pela diretora Alessandra Flores do Amaral, e os delegados  regionais Fabio Ciocca e Cláudio Rodrigues.

Na Câmara, o vereador Marcelo Lemos (PDT), que é de uma família de despachantes aduaneiros, elogiou o trabalho desempenhado pela categoria. “Eles merecem todas as homenagens pela sua atuação contribuindo para o comércio exterior, que já ultrapassou a agropecuária como atividade principal na cidade”, revelou.  Lemos sugeriu, para que a expansão seja ainda mais significativa, a criação de “uma secretaria municipal de Comércio Exterior.” A vereadora Zulma Ancinello (PRB) igualmente observou que “é cada vez mais expressivo o papel dos despachantes aduaneiros em prol do crescimento econômico de Uruguaiana.” No final da sessão, os representantes do Sdaergs receberam um Certificado alusivo ao Dia do Despachante Aduaneiro em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à comunidade uruguaianense.

A diretora-secretária do Sdaergs, Alessandra Flores do Amaral, agradeceu a homenagem e o espaço que é concedido pela Câmara Municipal às demandas da categoria. “Sentimo-nos honrados, e aproveito para observar que a comunidade de Uruguaiana deveria reconhecer ainda mais a importância da participação do despachante aduaneiro para a economia da cidade, como ocorre em outros lugares”. A empresária frisou que “o despachante aduaneiro é um guerreiro, atua em vários organismos, como a Receita Federal, Anvisa e Ministério da Agricultura e precisa conhecer o funcionamento de cada um. Ele monta um verdadeiro quebra-cabeça para atender adequadamente o cliente exportador e importador.”

O delegado regional do Sindicato, Fabio Ciocca, lembrou que a Câmara Municipal costuma ser sensível ao pleito dos despachantes aduaneiros, inclusive nos momentos de dificuldades. “Esta casa sempre abraçou nossas causas, reconhecendo nosso trabalho e a importância do despachante aduaneiro para a comunidade.” Aproveitou para denunciar questões que considera graves e que necessitam da união de todos para serem enfrentadas. “A dicotomia política entre Brasil  e a Argentina, por exemplo, prejudica apenas o nosso município”. Segundo o empresário, “cada país adota ações políticas que atende seus interesses, atingindo zonas de fronteira, como Uruguaiana, criando embaraços ao tráfego de cargas nos dois sentidos”. Ao mesmo tempo, salientou  ações como as empreendidas na luta contra a Covid-19,” que passam pelo trabalho especializado do despachantes aduaneiro”. Manifestou, ainda,” o orgulho em ver profissionais de Uruguaiana hoje presentes em portos, aeroportos e outros locais em todos os continentes.”

Porto de Santos registra melhor movimentação de cargas em um mês em março

 O Porto de Santos (SP) segue batendo recordes de movimentação de cargas e, em março, registrou a inédita marca de 15,2 milhões de toneladas, melhor desempenho mensal da história. O volume foi 10,4% superior ao recorde mensal anterior, registrado em agosto de 2020 (13,7 milhões de toneladas). Além disso, superou em 18,5% o recorde de março obtido no ano passado (12,8 milhões de toneladas).

Os embarques de soja foram o destaque do mês, atingindo 5,4 milhões de toneladas, 28,3% acima dos 4,3 milhões de toneladas embarcados em março de 2020, seguidos da carga conteinerizada (439,5 mil TEUs), nos dois fluxos, que alcançou um expressivo crescimento de 30,3 % acima do realizado em março do ano anterior (337,2 mil TEUs). A carga geral solta atingiu 1,5 milhão de toneladas, representando um aumento de 5,7% em relação ao recorde anterior, de 2019, e de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para o diretor de Operações da SPA, Marcelo Ribeiro, os recordes são motivados pelo bom momento do agronegócio no Brasil, que encontra em Santos as condições ideais para o escoamento da produção: “A Capitania dos Portos tem mantido a infraestrutura de acesso ao canal e para o cais e estabeleceu novas regras de atracação, o que melhorou a produtividade dos canteiros e, consequentemente, a eficiência operacional do Porto ”, explica o diretor.

Em relação à mobilização de carga geral, os embarques representaram 11,6 milhões de toneladas, 18,9% acima de março de 2020, perfazendo uma participação de 76,7% no total do mês. O descarte atingiu 3,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, estabelecendo uma participação de 23,2% no total mensal.

Também foram relevantes os embarques de açúcar (1,7 milhão de toneladas), com crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior; de fertilizantes (312 mil toneladas), com aumento de 59,2%; e combustível (306,1 mil toneladas), 56,2% acima de março de 2020.