O presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira (13) que por meio das
concessões que estão sendo objeto de estudo do Programa de Parcerias e
Investimentos (PPI), o governo brasileiro fará “uma abertura
extraordinária” da infraestrutura brasileira à iniciativa privada. A
declaração foi feita durante a primeira reunião do PPI, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), iniciada no final da manhã.
“Esta é uma primeira reunião em que se
farão avaliações para verificar quais os atos normativos que logo serão
produzidos. Aos poucos, na medida em que haja consenso vamos produzindo
esses atos”, disse Temer durante a abertura da reunião. Segundo
ele, sob o comando do secretário Executivo do PPI, Moreira Franco,
foram feitos estudos condizentes para promover uma "abertura
extraordinária à iniciativa privada”.
“Vamos cada vez mais ressaltar que
o poder público não pode fazer tudo. Tem de ter a presença da
iniciativa privada como agente indutor do desenvolvimento e produtor de
empregos no país”, explicou Temer.
O presidente lembrou que nas décadas de
1960 e 1970 a administração era exclusivamente centralizada até que o
Estado viu a necessidade de descentralização, criando as autarquias. Em
seguida, lembrou Temer, vieram as empresas públicos e sociedades de
economia mista, para trazer regras da iniciativa privada para a
atividade pública. "Quer dizer, todo o capítulo da intervenção do Estado
e do domínio econômico pouco a pouco foi revelando a necessidade de
participação cada vez maior da atividade privada”, argumentou.
“Até que, num dado momento, chegou-se à conclusão que
nós deveríamos transferir em definitivo: ou desestatizando – o que é
uma hipótese – ou fazendo com que os serviços públicos fossem concedidos
ou autorizados. Por essa razão a Constituição de 88 abriu expressamente
a oportunidade para as concessões. Ora, é preciso dar execução a esse
dispositivo constitucional”, acrescentou Temer.
Os integrantes do
Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos estão reunidos neste
momento no Palácio do Planalto, para definir as prioridades de
concessões na área de infraestrutura, mudanças regulatórias e venda de
ativos. São 25 projetos nas áreas de transportes, energia e
saneamento. De acordo com Moreira Franco, o PPI está sendo desenvolvido
com o esforço de ministérios e agências em uma força tarefa que tem "o
objetivo de destravar o processo de concessão e de melhoria da
infraestrutura brasileira"
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