O dólar avançou ante o iene e
recuou em comparação ao euro na sessão desta quinta-feira, 8, com os
investidores esperando que os bancos centrais do Japão e dos EUA tenham
posturas divergentes nas próximas reuniões de política monetária, que
acontecem no fim deste mês.
O Banco do Japão (BoJ) e o Federal Reserve (Fed, o banco central
dos EUA) farão suas reuniões nos mesmos dias - 21 e 22 de setembro -, e
já estão deixando os mercados ansiosos. Hoje, o Banco Central Europeu
(BCE) decidiu manter os juros onde estão, com a taxa de depósito
negativa em 0,40%, e impulsionou o euro, que chegou ao maior nível em
três semanas.
Ao final da tarde em Nova Iorque, próximo do horário de fechamento
das bolsas, o dólar subia a 102,54 ienes, de 101,73 ienes da tarde de
ontem. Já o euro avançava a US$ 1,1252, de US$ 1,1245.
O vice-presidente do BoJ, Hiroshi Nakaso, afirmou que a autoridade
monetária pode entrar ainda mais no território dos juros negativos, uma
vez que a tática, aliada à compra agressiva de títulos de dívida, tem se
mostrado "extremamente poderosa em exercer uma pressão ao longo da
curva de investimentos".
Ainda que a fala não tenha surtido efeito
imediato sobre o iene, ela manteve a incerteza sobre qual será a tática
do BoJ para os juros neste mês. Ao mesmo tempo, os investidores veem uma elevação dos juros pelo
Fed mais distante e já colocam as apostas para apenas uma alta neste
ano, em dezembro. O banco central vem condicionando um aperto monetário a
dados que demonstrem que a economia dos EUA está saudável e qualquer
indicador decepcionante mina as chances de uma alta em breve.
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