As exportações de arandanos, fruta típica da Argentina, depois de enfrentar uma forte crise
em 2008/2009, se consolida e aspira crescimento na abertura de
novos mercados. De acordo com Inés Peláez, gerente geral do Comitê de
Arándanos da Argentina, o país espera exportar 17.500 toneladas nesta
nova temporada 2016/2017.
Os primeiros envios, de acordo
com ela, serão realizados com destino principalmente aos EUA e Reino
Unido. “O bom é que esse ano será na época de inverno, no ano passado
não tivemos essa sorte”. Ela explicou que, em 2015, eles só tinham 260
horas de frio, frente às 660 de deste ano, 158% a mais, o que “favoreceu
bastante a colheita”. Peláez destacou ainda que a 50 anos, que não se
presenciava um inverno tão contínuo.
Ainda de acordo com a gerente
do comitê, inicialmente, a Argentina trabalhava com variedades O’neal e
Misty, porém, elas foram substituídas quase em sua totalidade.
Atualmente, a maior parte do plantio é variada de acordo com as que
melhor se adaptam as condições climáticas e geoclimáticas das regiões
produtoras da Argentina, como apontou Emerald, Snow Chaser y Star.
“A
Argentina está se consolidando no setor e se espera um crescimento
rápido a partir desse ano”. Segundo ele, apesar de ter vivido uma crise
muito grande em 2008/2009, com uma redução de hectares muito importante,
o tempo de adaptação foi afetado. “Mas logo os produtores trabalharam
muito duro para que tivéssemos essa variedade”, destacando que essa
mudança foi vital. “Acredito que foi a partir daí que conseguimos ver
verdadeiro potencial da Argentina”.
Sobre os novos mercados
Peláez disse que atualmente estão sendo tratados protocolos com a China.
“Estamos na etapa final, não sabemos especificamente quando, mas
estimamos que até o final do ano estará finalizado”. Por outro lado, o
pais ainda tenta acessar outros mercados como novas parcerias com
Taiwan, Coreia do Sul e alguns outros.
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