A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a redução de 10% para zero por cento a alíquota de
importação do feijão por mais três meses. A medida vale para todos os países,
exceto os do Mercosul, onde ela já não é cobrada. A Camex também renovou por mais três meses a redução de 8% para
zero por cento da tarifa de importação de milho de terceiros países (fora do
Mercosul).
A reunião da Camex teve a participação do presidente Michel Temer e do ministro
Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). As medidas devem ser
publicadas nos próximos dias no Diário Oficial da União. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro
e Silva, as decisões da Camex visam a garantir o abastecimento dos dois
produtos no mercado interno.No caso do feijão, o aumento da oferta é necessário para ampliar a disponibilidade interna do produto, cuja safra foi comprometida pelas adversidades climáticas do primeiro semestre deste ano. Isso trouxe impacto nos preços ao consumidor. Não há limite para importação do produto.
O milho também tem oferta insuficiente para atender a demanda interna. Por isso, precisa ser complementado com importações em razão da comercialização antecipada da safra para outros mercados. O limite de importação é de 1 milhão de toneladas.
A Camex tomou mais duas decisões destinadas a produtos
regionais. O órgão prorrogou por mais cinco anos a aplicação da tarifa
antidumping sobre as importações de sacos de juta da Índia e Bangladesh.
Já para a borracha natural, a alíquota de importação subiu de 4%
para 14% por um ano. A elevação objetiva manter a oferta estratégica interna do
produto, que corria riscos por causa da queda dos preços internacionais do
látex, abaixo valor do mínimo de garantia, de R$ 2,00/kg, estabelecido pelo
Mapa.
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