quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Governo do Peru anuncia estratégia para melhorar a competitividade dos exportadores do país

          O ministro do Comércio Exterior do Peru, Eduardo Ferreyro, anunciou nesta quarta-feira que o governo trabalhará para reduzir as excessivas regulações que prejudicam a competividade do setor exportador do país. Explicou que as medidas neste sentido serão adotadas após discussões com representantes dos segmentos produtores. Segundo ele, o objetivo é eliminar as travas burocráticas estabelecidas pela legislação vigente.
         Ferreyro afirmou o executivo vai solicitar ao Congresso peruano que priorize as mudanças. . "Muitas dessas normas, de fato, somente fazem sentido nas negociações internas e criam obstáculos ao incremento das vendas externas do país", criticou. A proposta da pasta do Comércio Exterior conta com apoio do ministério da Produção que também se propõe a participar do esforço para "limpar os excessos normativos", sem que ocorra danos ao mercado interno.
       O ministro do Comércio Exterior citou especialmente as agências sanitárias que causam grandes embaraços e demora aos exportadores. "Temos que fortalecer essas instituições para que tenham capacidade de atuar de forma eficiente e racional, com pessoal técnico adequado, contribuindo para a redução de custos e rapidez nas operações", defendeu Ferreyro.
         Segundo Ferreyro, a estratégia do governo também mira na cadeia logística, uma vez que os custos com o transporte interno de produtos chega a representar 49% do custo final de itens exportados. A aduana, as estradas e os portos são enumerados como setores que precisam ser aperfeiçoados. "As operações portuárias deficientes, por exemplo, dificultam as exportações, um contêiner pode demorar até 9 horas para ser movimentado desde Chorrillos ao terminal de Callao (região metropolitana da capital, Lima/foto)", criticou, incluindo ainda a baixa segurança como outro ponto que deve ser melhorado.
         Uma preocupação bem específica das autoridades peruanas é em relação à China, hoje o principal parceiro comercial do país. O ministro lembrou que empresas e autoridades chinesas estão fechando acordos para implementar maciços investimentos no Perú, destinados a aprimorar a infraestrutura. O governo de Lima acredita também que, a partir da China, poderá ganhar novos mercados na Ásia. 
          Um dos nichos que os chineses irão ocupar será com a implantação de fábricas de produtos de alta tecnologia em solo peruano que se destinarão a mercados internacionais, principalmente do Sudeste Asiático. O ministro destacou que uma das metas do presidente recém-eleito Pedro Pablo Kuczynski, é justamente estreitar os laços comerciais com a China.
            

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