Os navios que escalam no Porto de Santos, responsável por embarcar
ou desembarcar a maior parte das importações e das exportações
brasileiras, não vem à região apenas atrás de cargas. Muitos deles
aproveitam a atracação no complexo para abastecer seus tanques de
combustível.
As embarcações utilizam um produto especial em seus motores
denominado óleo bunker. Na região, seu carregamento é realizado pela
Transpetro, subsidiária da Petrobras.
O combustível fica armazenado em tanques especiais da empresa,
localizados em suas instalações em Santos e em Cubatão. Essas unidades
são interligadas por cinco dutos – cada um com dez quilômetros de
extensão. Com essa rede, eles ainda ficam conectados à Refinaria
Presidente Bernardes, também em Cubatão.
Para que um navio seja abastecido, seus consignatários fazem uma
solicitação à Transpetro. O pedido tem de ser apresentado com 7 a 10
dias de antecedência.
A requisição é atendida pelo Terminal Aquaviário de Santos da
subsidiária da Petrobras, localizado na Alemoa. A unidade conta com uma
rede de dutos que avança até o Píer da Alemoa. É nele, precisamente em
seu berço 1, onde a empresa carrega sua frota – o navio Amalthia e
barcaças (essas navegam com auxílio de rebocadores) – com o combustível
encomendado. São essas embarcações que levam o bunker até o navio a ser
abastecido.
A entrega do combustível é cercada de cuidados. Assim que as
cargueiros que vão receber o combustível chegam ao Porto, são feitas
verificações, como a da temperatura dos tanques. Apenas quando nenhum
problema é observado, a operação é liberada.
O combustível é embarcado por uma mangueira que liga os tanques do
navio a ser abastecido aos tanques da embarcação da Transpetro. Se for
uma das barcaças, são necessárias de três a seis horas para concluir a
operação. Se for o Amalthia (de maior capacidade), o trabalho chega a 12
horas.
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