A greve dos estivadores na BTP (Brasil Terminal Portuário), Libra e
Santos Brasil, que dura uma semana, já traz prejuízos a empresários do
setor. A estimativa do Sindamar (Sindicato das Agências Marítimas) é de que as perdas cheguem
a US$ 8 milhões devido à paralisação de várias operações portuárias nos
terminais.
Os estivadores avulsos e vinculados as empresas
estão parados e montaram até um acampamento ao lado da entrada de um
terminal portuário. De acordo com o Sindicato dos Estivadores, a
categoria reivindica o reajuste salarial dos vinculados e correção dos
ganhos dos avulsos em 11,78%, retroativo a março. As empresas oferecem
9% pagos em duas vezes.
Além da data-base, empresas e funcionários
também discordam em relação ao valor vale-refeição. O sindicato quer que
seja de R$ 30 e as empresas oferecem menos. Segundo o Sindicato, a
questão dos reajustes foi acertada, mas há outras pendências.
A
juíza do Tribunal Regional do Trabalho negou o pedido de liminar do
Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo) para
suspender a greve. A paralisação atinge três terminais de containers do
Porto de Santos. Os prejuízos se acumulam todos os dias.
"Nós
fizemos um cálculo bem conservador. Esse cálculo atinge US$ 8 milhões Se
nós fossemos considerar todas as questões, como atraso do navio em
Santos, perdendo janelas, aumento de combustível, podemos dizer que esse
valor poderia até triplicar", afirmou José Roque, diretor executivo do
Sindamar.
Em nota, o Sopesp informou que continua estranhando a
greve dos estivadores e que o movimento continua mesmo depois do
despacho do Tribunal Regional do Trabalho, na última sexta-feira (23),
para que as operações voltem ao normal no Porto de Santos. A Câmara de
Contêineres do Sindicato diz ainda que espera pelo retorno dos
trabalhadores.
O novo julgamento, que estava marcado para o dia 5 de outubro foi antecipado para essa quarta-feira (28), no TRT, em São Paulo.
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