O PMDB, o
vice-presidente da República, Michel Temer, em mensagem de quase 15 minutos enviada a parlamentares do PMDB, advertiu que, "aconteça o que
acontecer", é preciso se construir um governo de "salvação nacional". Alertou, ainda, no áudio que vazou, que haverá "sacrifícios" para retomar o crescimento.
"Aconteça o que acontecer no futuro é preciso um governo de
salvação nacional e, portanto, de União nacional. É preciso que se reúna
todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam
dispostos à colaboração para tirar o país da crise", afirmou Temer. No áudio, ele disse que, "sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o Brasil da crise em que nos encontramos".
O vice-presidente ressaltou, como "substituto
constitucional da presidente da República", que o país terá que se
submeter a sacrifícios. "Vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem
sacrifícios, não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o
desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso país nos últimos
tempos antes desta última gestão", observou Temer, que também é
presidente nacional licenciado do PMDB.
Michel Temer assegurou no áudio que, assumindo a Presidência, manterá
programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies. "Sei que dizem de
vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família,
vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É
mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do país.
Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes
programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los", garantiu.
O vice-presidente ressalvou, no entanto, que o Bolsa Família será um programa de
transição em seu eventual governo. "Há de ser um estágio do Estado
brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade terá atingido um tal
nível que não haverá necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto
persistir a necessidade, manteremos", explicou.
Segundo Temer, também acontecerá a retomada dos empregos.
"Para que haja emprego, é preciso que haja uma conjugação dos
empregadores com os trabalhadores. Você só tem emprego se a indústria, o
comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A
partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego", esclareceu.
Ele defendeu ainda as parcerias público-privadas para que o Estado
fique responsável exclusivo apenas de algumas áreas específicas. "Vamos
incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso
pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais
do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação
dos setores produtivos do país", destacou.
Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores
produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado
brasileiro. O Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde,
educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da
órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa
privada", ensinou Temer.
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