segunda-feira, 11 de abril de 2016

Temer afirma, em mensagem a parlamentares do PMDB que vazou, que se assumir a presidência fará um governo de "salvação nacional"

         O PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, em mensagem de quase 15 minutos enviada a parlamentares do PMDB, advertiu que, "aconteça o que acontecer", é preciso se construir um governo de "salvação nacional". Alertou, ainda, no áudio que vazou, que haverá "sacrifícios" para retomar o crescimento.
         "Aconteça o que acontecer no futuro é preciso um governo de salvação nacional e, portanto, de União nacional. É preciso que se reúna todos os partidos políticos e todos os partidos políticos estejam dispostos à colaboração para tirar o país da crise", afirmou Temer. No áudio, ele disse que, "sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o Brasil da crise em que nos encontramos".
         O vice-presidente ressaltou, como "substituto constitucional da presidente da República", que o país terá que se submeter a sacrifícios. "Vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios, não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso país nos últimos tempos antes desta última gestão", observou Temer, que também é presidente nacional licenciado do PMDB.
         Michel Temer assegurou no áudio que, assumindo a Presidência, manterá programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies. "Sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com Bolsa Família, vamos acabar com Pronatec, vamos acabar com Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do país. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los", garantiu.
         O vice-presidente ressalvou, no entanto, que o Bolsa Família será um programa de transição em seu eventual governo. "Há de ser um estágio do Estado brasileiro. Daqui a alguns anos, a empregabilidade terá atingido um tal nível que não haverá necessidade de Bolsa Família. Mas, enquanto persistir a necessidade, manteremos", explicou.
         Segundo Temer, também acontecerá a retomada dos empregos. "Para que haja emprego, é preciso que haja uma conjugação dos empregadores com os trabalhadores. Você só tem emprego se a indústria, o comércio, as atividades de serviço todas estiverem caminhando bem. A partir daí que você tem emprego e pode retomar o emprego", esclareceu.
         Ele defendeu ainda as parcerias público-privadas para que o Estado fique responsável exclusivo apenas de algumas áreas específicas. "Vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas à medida que isso pode trazer emprego ao País. Temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer. O Estado depende da atuação dos setores produtivos do país", destacou.
         Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado brasileiro. O Estado brasileiro tem que cuidar de segurança, saúde, educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública. Mas, no mais, tem que ser entregue à iniciativa privada", ensinou Temer.

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