quarta-feira, 13 de abril de 2016

Expectativa de aprovação do impeachment de Dilma provoca queda nos juros futuros

         Os juros futuros registraram nova sessão de queda firme nesta quarta-feira, 13, embalados pelo crescimento das apostas na aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na votação no plenário da Câmara neste domingo. O investidor reuniu várias informações ao longo do dia indicando enfraquecimento do governo na batalha para impedir que o processo passe na Casa, entre elas possíveis saídas de partidos da base e declarações da própria presidente.
         Nesta tarde, atualização do levantamento realizado pelo jornal O Estado de São Paulo mostrou que o total de votos a favor do impeachment da presidente já soma 318. Já os votos contra subiram para 126. São necessários 342 votos para a aprovação. Logo mais, às 19 horas, a bancada do PSD dará entrevista coletiva para anunciar qual posicionamento tomará na votação.
         Hoje, dentre os 36 deputados do partido, estima-se que ao menos 26 sejam pró-impeachment. Os favoráveis ao governo seriam apenas cinco. Além disso, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), reconheceu a aliados que não conseguirá entregar os 25 votos contra o impeachment prometidos ao governo, na votação do próximo domingo.
         Investidores viram na declaração de Dilma de que "se perder, sou carta fora do baralho" uma mudança de tom em relação à postura inflexível que vinha mostrando anteriormente. Em entrevista a jornalistas nesta tarde, a presidente disse estar confiante em uma vitória na Câmara e que, caso isso aconteça, vai propor um amplo pacto nacional com todas as forças políticas, inclusive da oposição. Indagada sobre se participaria de um pacto no caso de derrota, Dilma respondeu: "Se eu perder, sou carta fora do baralho".
         No campo econômico, a política de redução de rolagem de contratos de swap cambial do Banco Central (BC) também tem ajudado a melhorar a percepção de risco do mercado, favorecendo a devolução de prêmios na curva longa, segundo os analistas.
        Ao final da sessão regular, os contratos com vencimento em janeiro de 2017 tinham taxa de 13,65%, de 13,75% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2018 caiu de 13,39% para 13,17%. O DI janeiro de 2021 encerrou na mínima de 13,14%, de 13,48%.

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