As exportações do Rio Grande do Sul no
primeiro trimestre de 2016 registraram forte queda, na comparação com o mesmo período do ano
passado. Conforme nota da Fiergs (a federação das indústrias do estado), que divulgou o resultado da balança comercial gaúcha, nesta
quinta-feira (14). as vendas externas gaúchas somaram US$ 2,81 bilhões, uma retração de 9,2%.
"Essa queda ocorre sobre uma base de comparação bastante deprimida,
é preciso lembrar que no mesmo período do ano passado houve uma redução
de 4,8%. Um dos fatores que contribuiu para o desempenho desse
trimestre foi a diminuição nas vendas externas de farelo e óleo de soja,
que influenciaram negativamente o setor de Alimentos gaúcho (-17,5%)",
avaliou o presidente da instituição, Heitor José Müller.
O industrial relatou, ainda, que outros setores de grande
contribuição para as exportações do Rio Grande do Sul também foram afetados. Os
países que demandaram máquinas e equipamentos, bem como veículos
automotores fabricados no Estado, por exemplo, reduziram seus pedidos em
25,5% e 28,2%, respectivamente. “Isso denota que as mercadorias
perderam competitividade”, destacou.
Se for considerada apenas a indústria de transformação, ao vender
um total de US$ 2,51 bilhões, a perda se reduz, mas mesmo assim é 5,3%
menor em relação ao verificado no Estado de janeiro a março de 2015. Foi
o pior resultado nos três primeiros meses desde 2009.
De um total de 23 segmentos da indústria que registraram alguma
operação de exportação, 13 caíram e dez cresceram. Se Produtos
Alimentícios, Veículos Automotores e Máquinas e Equipamentos exerceram
as maiores influências negativas, Celulose e Papel (448,5%) e Produtos
Químicos (9,6%) tiveram desempenho positivo. As commodities sofreram
retração de 31,9% (somando US$ 277 milhões), influenciadas pelas perdas
referentes ao trigo (-66,1%).
Ainda sobre o trimestre, as importações totais recuaram 30,7%,
somando US$ 1,77 bilhão, o valor mais baixo desde 2006 (US$ 1,57
bilhão).
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