A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) vai injetar R$ 44,8 milhões para a promoção internacional
de produtos e serviços de sete setores da economia brasileira:
implementos rodoviários, energia, engenharia, laticínios, calçados,
componentes para couros e defesa. Os convênios serão assinados em
cerimônia a ser realizada no dia 15 de abril, em São Paulo. O
investimento total, somando a participação das entidades representativas
dos setores alcança R$ 69,9 milhões. Além do presidente da Apex-Brasil,
David Barioni Neto, o evento terá a presença dos presidentes das
entidades parceiras e empresários dos setores contemplados.
Dos sete projetos, três serão renovados e terão duração de dois anos.
Os outros quatro são novas parcerias firmadas pela Agência com foco na
ampliação da base exportadora do país. Entre as parcerias a serem
renovadas estão aquelas com o Centro das Indústrias de Curtumes do
Brasil (CICB), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para
Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Associação Brasileira
Indústria Materiais Defesa Segurança (Abimde), que, juntas, exportaram
US$ 6 bilhões em 2015. Entre os novos setores estão a Associação
Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), a Associação Brasileira
de Laticínios (Viva Lácteos), a Associação Brasileira da Indústria
Elétrica Eletrônica (Abinee) e a Associação Nacional dos Fabricantes de
Implementos Rodoviários (Anfir). A expectativa é que, juntos, os novos
setores exportem cerca de US$ 410 milhões.
No projeto com a Viva Lácteos, entre os desafios estão a
diversificação da pauta de exportações, hoje concentrada em leite em pó,
e a atração das principais empresas para fortalecer as exportações do
setor. Além disso, busca-se também ampliar os mercados para alcançar os
principais alvos: Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Emirados
Árabes Unidos, EUA e Rússia. A meta é promover um salto de exportações
de US$ 30,8 milhões em 2014 para US$ 205 milhões em 2017. Participam do
projeto 12 empresas.
Já com a ABCE, o foco do trabalho é estimular e apoiar o setor de
serviços de consultoria de engenharia na sua inserção no mercado
internacional, especialmente nos mercados-alvo Colômbia, Angola,
Moçambique e México. A expectativa é atender a 20 empresas no primeiro
ano e ampliar as exportações do setor de US$ 200 milhões para US$ 220
milhões ainda em 2016. Este trabalho também inclui a capacitação das
empresas para exportar e a prospecção de novos mercados potenciais para
os serviços brasileiros de engenharia.
O trabalho com Abinee no projeto setorial Eletroeletrônicos Brasil,
por sua vez, espera atender 50 empresas e alcançar US$ 110 milhões em
exportações ainda em 2016. O principal desafio é tornar regulares e
crescentes as exportações das empresas integrantes do projeto,
garantindo padrão internacional de qualidade para fortalecer sua
aceitação no exterior. Os mercados-alvo do projeto são Estados Unidos,
México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Moçambique e África do Sul.
A ação com a Anfir visa a promover as exportações do setor de
Implementos Rodoviários e incentivar a competitividade e a inovação
tecnológica dentro da indústria. O setor tem como mercados prioritários
Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Angola, e secundários México, Emirados
Árabes, Argentina e Argélia. A expectativa é que as 15 empresas
atendidas consigam exportar US$ 50 milhões já em 2016.
Com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), a Agência
desenvolve o projeto setorial Brazilian Leather, que existe desde 2000. O
convênio receberá o aporte total de R$ 15,8 milhões (somando recursos
da Apex-Brasil e do CICB). Em 2015, o Brazilian Leather exportou mais de
US$ 2 bilhões, o que representou 88,6% do total exportado pelo setor.
Os mercados-alvo do projeto são China, Hong Kong, Estados Unidos,
Itália, Vietnã, Tailândia, Índia, Espanha e Polônia. A meta é ampliar de
87 empresas atendidas em 2015 para 106 empresas em 2017, além de elevar
as exportações para US$ 2,3 bilhões.
Já com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro,
Calçados e Artefatos (Assintecal), o projeto setorial é o Footwear
Components by Brasil, que existe desde 1998. O novo projeto terá R$ 15,2
milhões para desenvolver suas ações até 2017. A expectativa é ampliar
as exportações de US$ 203 milhões em 2015 para US$ 247,8 milhões em
2017, aumentando também a quantidade de empresas atendidas de 150 para
211. O projeto está dividido em três verticais com diferentes
mercados-alvo: Produtos Químicos para Couro (Colômbia, México, China e
Índia); Tecnologia (Colômbia, México, China, Peru, Alemanha, Equador e
EUA); e Moda (Colômbia, México, Peru e Equador).
No setor de Defesa e Segurança, a parceria da Apex-Brasil é com a
Associação Brasileira Indústria Materiais Defesa Segurança (Abimde). O
projeto setorial existe desde 2006 e foi responsável por exportações que
alcançaram a cifra de US$ 3,8 bilhões em 2015. A meta é elevar o
patamar para US$ 4,4 bilhões até 2017, ampliar as empresas atendidas de
70 para 90. Os mercados prioritários do projeto são Chile, Colômbia,
Peru, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Malásia, tendo
como mercados secundários e também importantes Estados Unidos,
Venezuela, Catar, Paquistão, Alemanha e Angola.
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