A atividade econômica acumula retração de 4,1% nos 12 meses encerrados
em fevereiro, mesmo resultado apresentado em janeiro, de acordo com os
dados do Monitor do PIB, divulgados nesta sexta-feira (15) pela Fundação
Getulio Vargas (FGV). Nesse tipo de comparação, o indicador está
negativo há 14 meses consecutivos.
Sob a ótica da demanda, o pior
resultado foi o da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com recuo de
15,0%. O componente 'máquinas e equipamentos' apresenta queda de 29,8%
em 12 meses. Já o Consumo das Famílias diminuiu 4,3% nos 12 meses
encerrados em fevereiro, tendo os Serviços (transportes, outros
serviços, aluguéis, etc.) - seu principal componente, com cerca de 50%
de peso - com ligeira queda de 0,1%. Segundo componente mais importante,
os bens não duráveis diminuem 3,0%. Os bens semiduráveis caem 8,3% em
12 meses, enquanto os bens duráveis encolhem 23,2%.
Quanto às
exportações, a taxa acumulada em 12 meses até fevereiro cresce 9,0%.
Segundo a FGV, merecem destaque: o contínuo avanço dos produtos
industrializados desde novembro, alcançando 9,1% em fevereiro, com
relevante resultado dos bens de consumo duráveis (19,8%); e os
desempenhos favoráveis dos produtos agropecuários (25,2%) e da extrativa
mineral (17,0%).
No caso das importações, a taxa acumulada em 12
meses até fevereiro recua 16,0%. Os produtos industrializados
importados caíram 16,3%, com recuos mais acentuados para os bens de
consumo duráveis (-27,2%); os bens de capital (-18,5%); e os bens
intermediários (-17,7%).
Em relação a fevereiro do ano passado, a
taxa mensal do Monitor do PIB, de -3,7%, ficou menos negativa que a de
janeiro (-6,2%). No entanto, entre as 12 atividades que compõem o PIB,
apenas eletricidade (+3,7%), intermediação financeira (+0,5%) e serviços
imobiliários (+0,4%) registraram avanço contra igual mês do ano
anterior. As perdas mais agudas foram da indústria de transformação (-10,1%), comércio (-8,6%) e serviços de informação (-6,8%).
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