A recomendação foi feita à SEP (Secretaria Especial de Portos da Presidência da República), ao Ministério dos Transportes e à Empresa de Planejamento e Logística. A necessidade de integração, conforme o tribunal, decorre do fato de que a maior parte dos dados do PNLI e do Plano Nacional de Logística Portuária – PNLP são oriundas das mesmas fontes e ambos elaboram prognósticos de fluxos, demanda e malha logística, com objetivo de propor ações para o futuro. Mas os dois planos são elaborados de maneira independente e com metodologias distintas, o que possibilita a apresentação de informações divergentes.
O relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues, ressaltou que a integração do planejamento do setor portuário e do setor de logística integrada é imprescindível, tendo em vista que os investimentos em infraestrutura logística e as transformações do setor de transportes têm impacto direto no setor portuário, por alterarem a área de influência de cada porto.
Além da integração dos planejamentos, também foi recomendada a reativação do Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte e o desenvolvimento de plano de ação para unificar etapas comuns entre o PNLP, o PNLI e, possivelmente, outros planos do setor de transportes. Também, que sejam incluídos mecanismos que facilitem e incentivem a participação direta da comunidade local no processo de elaboração e atualização dos planos mestres dos portos públicos.
Segundo a advogada do escritório Jacoby Fernandes & Reolon Advogados Associados e especialista em Portos, Cristiana Muraro, por serem desenvolvidos por pastas diferentes, o PNLP e o PNLI utilizavam metodologias próprias, e a recomendação do TCU foi no sentido de buscar integração entre os ministérios para fortalecer os dois programas de logística, que possuem potencial para movimentar a economia brasileira neste momento de crise financeira.
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