O tráfego de containers da Costa Leste da América do Sul para os
portos europeus alcançou expansão expressiva nos últimos meses. O crescimento resultou da queda do real, que estabilizou o mercado a partir de setembro do ano passado,
depois de enfrentar reduções anuais de 2008 a 2014, de acordo com especialistas do setor.
A mudança se concretizou, em novembro,
quando os negócios para o mercado europeu dispararam, de uma taxa de
14% de aumento anual para 14,5% em dezembro e 19,7% em janeiro de 2016. Ao mesmo tempo, a rota sul, tradicionalmente dominante, agora navega em
águas paradas, com quedas mensais que chegam a dois dígitos desde
setembro.
Os embarques originados no norte da Europa, destinados à
América do Sul, encolheram a uma taxa de 9,6% na comparação anual de
janeiro de 2015 a janeiro de 2016, chegando a 37.600 teus, enquanto as
exportações do Mediterrâneo chegaram a registrar quedas de 15,6%,
passando para 16.400 teus.
No sentido oposto, as cargas
transportadas para a Europa somaram 437.mil teus na segunda metade de
2015, contra 381.000 teus na direção oposta, o que reverteu a balança
existente desde o primeiro semestre de 2012.
As mercadorias que
lideraram a reversão do tráfego foram as commodities tradicionais
brasileiras, como café, açúcar e tabaco. Os especialistas acreditam que ocorrerá outro aumento no fluxo com a safra da soja,:
Com a esperada elevação
de 12% na colheita deste ano, há uma grande chance de que o
transporte de containers tenha de ser complementado por operadores de
graneleiros, para escoar quantidades que vão superar os volumes de
2015..
Apesar do
aumento no tráfego, no entanto, a capacidade dos navios, em slots, em
ambas as direções, aumentou somente 1,7% na comparação entre fevereiro
deste ano e do ano passado. Os armadores não se beneficiaram de maiores
tarifas de fretes, que decorreu da “inabilidade de equilibrar a
oferta com as flutuações mensais da demanda, gerando baixa
utilização dos navios, mesmo no tráfego northbound.
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