A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira (19), influenciada pelo
exterior, onde houve uma apreciação de commodities e uma maior
disposição de investidores para apostar em ativos de risco. Nesse
contexto, o Ibovespa encerrou o pregão aos 53.710,05 pontos (+1,54%). O
giro foi maior que a média diária no ano e totalizou R$ 7,9 bilhões.
Ao longo do pregão, investidores e analistas mantiveram-se atentos
ao cenário político. Uma das notícias do dia é que a comissão especial
do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal deve ser
instalada na próxima terça-feira, segundo o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
O senador também adiantou que o rito será ditado pela comissão
especial, que terá até dez dias úteis para apreciar o pedido sobre
Dilma.
As ações que mais contribuíam para a valorização do Ibovespa foram
as do setor de mineração (Vale PNA, +8,72%) e siderurgia (Usiminas PNA,
+10,63%, e CSN ON, +9,92%), reagindo à alta de commodities no exterior. A
Petrobras também teve forte alta (ON, +5,01%, e PN, +4,11%) diante da
valorização do petróleo nos mercados futuros de Londres e Nova York.
Os contratos de petróleo fecharam com variação positiva, com os
investidores deixando para trás a ausência de um acordo na reunião de
Doha e focando em problemas em alguns países que podem reduzir o excesso
de oferta global. Um desses casos é uma greve de trabalhadores do setor
de petróleo no Kuwait, que deve tirar cerca de 2 milhões de barris por
dia do mercado. O contrato do WTI para junho, que já é o mais negociado,
fechou com alta de 3,10%, a US$ 42,47 por barril, na Nymex. O Brent
para o mesmo mês subiu US$ 1,12 (2,61%), a US$ 44,03 por barril, na ICE.
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