Mais de seis anos depois de inaugurado e US$ 1 bilhão em investimentos, o Porto de Mariel, em Cuba, ainda não pode receber escalas de navios do tipo Super Post-Panamax. Por isso, o líder Raúl Castro anunciou a continuidade das obras de dragagem para poder movimentar os maioresos porta-contêineres do mundo, após visita ao terminal, junto com o presidente do país, Miguel Díaz-Canel e o primeiro-ministro Manuel Marreno, informou a agência CiberCuba.
Em 2014, Castro e Dilma Roussef, então presidentes de Cuba e do Brasil, e outros líderes da América Latina, inauguraram o Porto de Mariel. O ambicioso projeto, financiado com recursos do BNDES(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, do Brasil), visava a criar um terminal de contêineres capaz de atender às necessidades de Cuba e de outros países da região.
Os navios Super Post-Panamax podem ter até 294 metros de comprimento por 32,3 metros de largura e podem transportar até 65.000 toneladas; Seu nome se deve ao fato de possuírem as dimensões adequadas para transitar pelo Canal do Panamá, após as obras de construção de um terceiro bloco de eclusas, que foram inauguradas para navegação em junho de 2016.
“Desde 2014 foram urbanizados 733 hectares e construídos 317 quilômetros de estradas, no âmbito do projeto Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel (ZEDM), iniciado em 2011, com um investimento de US $ 1,25 bilhão e que ainda não foi concluído”, disse o diretor-Geral da Empresa de Serviços de Engenharia para Gestão Integrada de Projetos, Osvaldo Bravo Borrego.
O site do BNDES indicou, em dezembro passado, que até aquela data a inadimplência de Cuba chegava a 50 atrasos e o Tesouro Nacional do Brasil indenizou ao banco metade do valor atrás, enquanto 64% do investimento de US $ 650 milhões foi desviado, revelou uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário