quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Estaleiros reagem positivamente com a inesperada recuperação da procura por navios porta-contêineres


 

          O ano de 2020 começou com o fechamento dos pátios de sucata coincidiu com a alta ociosidade da frota e baixos fretes e a reciclagem de porta-contêineres não aumentou nestes meses. Entretanto, a reabertura destes estaleiros acompanhou a recuperação da procura por este tipo de embarcação, fazendo com que os armadores que pretendiam desmanchar seus navios repensassem a posição e adotassem taxas rentáveis. Devido à força atual do mercado de contêineres, a Bimco revisou sua previsão de reciclagem de 100 mil teus para 200 mil.

          Neste ano, 93 navios porta-contêineres já foram demolidos, retirando 184.380 TEUs do mercado. A grande maioria são navios alimentadores (76) com capacidade média de 1.343 TEUs. O restante compreende 7 navios Post-Panamax (com média de 5.182 TEUs) e 10 navios Panamax (4.441 TEUs).

          Em contrapartida à reciclagem, as entregas somaram 721.582 TEUs, com os quais o crescimento da frota foi de 2,3% neste ano. A BIMCO projeta que até o final do ano a frota de porta-contêineres atinja 23,6 milhões de TEUs, o que representa um aumento de 2,7% em relação ao início do ano.

          Olhando mais além, o portfólio de pedidos deixa claro o quão atraentes os diferentes tamanhos de navios são para os armadores. Os mais populares são o Feeder e o ULCS, dependendo do tamanho escolhido. Existem atualmente 182 embarcações alimentadoras encomendadas, mas como eles têm em média apenas 1.735 TEUs, os 52 ULCS encomendados representam a maioria da carteira de pedidos medida em dwt (1,1 m dwt de 2 m).

          O declínio na popularidade de embarcações de médio porte recém-construídas pode ser explicado pelo contínuo interesse dos armadores nas economias de escala proporcionadas por grandes embarcações e os alimentadores necessários para acomodar o modelo hub and spoke.

 

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