terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Movimentação de cargas da Bolívia pela Hidrovia Paraguay-Paraná cai na exportação e na importação


 

          A Câmara de Exportadores, Logística e Promoção de Investimentos de Santa Cruz (Cadex) da Bolívia, o volume de cargas de exportação transportadas pela hidrovia Paraguai-Paraná diminuiu 51% até outubro deste ano, o que significa que, a partir de 1, 3 milhões de toneladas exportadas em 2019, em 2020 apenas 641 mil foram transportadas.

          No caso das importações, o presidente do Cadex, Oswaldo Barriga, indicou que elas também foram afetadas pela pandemia e pela baixa estiagem, com queda no volume de 63%. Até outubro de 2019, 573.000 toneladas foram importadas, principalmente combustíveis, suprimentos industriais e material de construção; enquanto este ano, em um período semelhante, 208.000 toneladas foram internadas, informou o El Deber.

          Dados do Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE) indicam que o valor exportado também reflete números negativos. De janeiro a outubro de 2019, foram negociados US $ 379,3 milhões nas vendas externas, contra US $ 193,9 milhões registrados no mesmo período deste ano, 49% a menos. No caso do saldo do valor importado, também é negativo. Nos primeiros 10 meses da última gestão foi de US $ 454,7 milhões, contra US $ 184,7 milhões registrados em outubro de 2020, 59%.

          Nos últimos meses em que foi possível operar pelo canal do Tamengo, Barriga disse que as barcaças não puderam ser utilizadas a plena capacidade, o que implicou um aumento do custo tonelada por quilómetro, acrescentando que o sector mais afetado pela queda no nível de água era de oleaginosas, que teve que suspender suas operações ao longo daquela rota e buscar alternativas para cumprir seus compromissos com seus clientes.

          Por isto, optou-se por utilizar uma combinação ferrovia-rodovia para poder chegar aos portos de reenvio em Argentina, como é o caso de Rosário. Afirmou que esta alternativa tem suas complicações pelo fato de que as autoridades argentinas atendem a um número limitado de caminhões com cargas internacionais.

          As dificuldades também surgiram devido ao espaço limitado do lado boliviano. Pretende-se transportar 200.000 toneladas de produto por essa rota, na esperança de que as condições melhorem e seja possível atingir a meta de amenizar a situação de vazante. Outra situação que causou atrasos na logística das empresas foi a falta de barcaças para transporte de líquidos, que chegavam ao canal do Tamengo com combustível; Porém, devido a problemas surgidos, não puderam ser liberados para uso na exportação de óleos de soja e girassol.

 

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