O analista em seguros internacionais Aparecido Rocha Mendes afirma que as rodovias BR-116 Curitiba-São Paulo, SP-330 Uberaba-Santos, BR 116 Rio de Janeiro-São Paulo e BR 050 Brasília-Santos foram avaliadas como de elevado risco para o roubo de carga (very right 3.4) pela JCC Cargo Watchlist. A publicação britânica divulga mensalmente um relatório produzido por um comitê misto formado por representantes de
subscrição do mercado de Londres, que monitora riscos para cargas
transportadas por via aérea, marítima e terrestre em todo o mundo.
Segundo Mendes, o documento apresenta uma lista com o grau de risco de cada
país, para as coberturas adicionais de guerra e greves, pirataria e
roubo no seguro de transporte internacional. A versão 139
do JCC, atualizada em 07 de outubro de 2016, além dei ncluir o Brasil na
avaliação para o risco de roubo de carga em algumas rodovias
brasileiras, descreve que o roubo de carga é uma das principais
atividades do crime organizado no Brasil, que é auxiliado por um mercado
negro bem estruturado para a receptação de bens roubados, em alguns
casos incluindo redes varejistas.
De acordo com dados da
Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, em 2015 foram
19,2 mil eventos de roubo com prejuízo estimado de R$ 1,12 bilhão. A
região sudeste concentrou 85,76% dos casos, principalmente em São Paulo
(44,11%) e Rio de Janeiro (37,54%), Neste ano, o número continua
crescente, de janeiro a agosto, somente em São Paulo já foram
registrados mais de seis mil casos de roubos de cargas, com um forte
aumento em ocorrências nos pequenos centros urbanos, conforme informação
da Secretária Estadual de Segurança Pública.
Esse
cenário, diz o analista, assusta as seguradoras que trabalham com seguros de
transportes, e sem uma política rigorosa de avaliação e gerenciamento de
riscos, implantação do Registro Nacional de Sinistros (RNS) com adesão
de todas as seguradoras, e precificação condizente aos seguros
propostos, certamente levará algumas delas a deixarem de operar com essa
modalidade de seguro.
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