O Tepor (Terminal Portuário de Macaé) ampliará sua área offshore e passará a ter, além do terminal de apoio logístico ao segmento de petróleo e gás – o
primeiro na cidade de Macaé (RJ) totalmente privado, um
terminal multiuso para cargas em geral e outro de granéis
líquidos, capaz de receber unidades flutuantes de regaseificação. O
Tepor ingressará no Inea (Instituto Estadual do Ambiente) com o pedido
da alteração da licença ambiental Prévia (LP) obtida em junho, com a
respectiva inclusão da ampliação na licença ambiental.
A estrutura offshore do Tepor será interligada à retroárea do
terminal por uma ponte de aproximadamente 2,2 mil metros de extensão (a
extensão anterior à ampliação era de 1.600 metros) e terá quebra-mar e
plataforma marítima, numa área total de 280 mil metros quadrados. O
terminal de apoio, com 12 metros de profundidade, vai contar com dez
berços de atracação para supply boats e área para docagem e manutenção,
enquanto o terminal multiuso, com 480 metros de cais e 18 metros de
calado, poderá receber navios de longo curso, para transporte de cargas
gerais, e também sondas e embarcações de variados tipos para manutenção e
apoio.
Já o terminal de granéis líquidos terá dois cais específicos, de 400
metros de extensão e 18 metros de profundidade, capazes de receber até
quatro navios simultaneamente. Além disso, o terminal poderá abrigar
unidades flutuantes de regaseificação, o que irá permitir o recebimento
de cargas de gás natural liquefeito (GNL) na região. Por isso, contará
também com um gasoduto exclusivo para escoar o gás, bem como com dutos
para escoamento de líquidos para a unidade de tancagem onshore.
O Tepor será instalado no bairro de São José do Barreto, no norte de
Macaé, bem próximo à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de
Cabiúnas, da Petrobras. Sua localização é estratégica para atender a
projetos de Exploração e Produção (E&P) instalados nas bacias de
Campos e de Santos.
Com investimentos previstos da ordem de R$ 2,2 bilhões, o Terminal
Portuário de Macaé terá suas obras iniciadas em 2017, gerando mais de
1.100 empregos diretos e indiretos. O início da operação do Tepor está
previsto para 2020, quando a expectativa é gerar, no pico, cerca de 7,5
mil postos de trabalho diretos e indiretos, sendo 800 apenas na gestão
do terminal.
A EBTE Engenharia detém o controle acionário integral do Tepor desde
março deste ano. O projeto começou a ser estudado em 2012 e atualmente
vem sendo conduzido exclusivamente pela subsidiária BR-Rio Engenharia
Especializada.
A parte onshore do Terminal Portuário de Macaé – Tepor ocupará uma
área de 400 mil metros quadrados, onde serão construídos pátios para
estocagem e armazéns alfandegados. Também será instalado um pólo para
tancagem de derivados de petróleo, com capacidade para cerca de 300.000
m3. A exemplo da estrutura offshore, a retroárea poderá ser ampliada.
O Tepor é parte de um empreendimento intermodal conjunto do Grupo
EBTE Engenharia, que conta ainda com o CLIMA – Complexo Logístico &
Industrial de Macaé. Com 6,3 milhões de metros quadrados (sendo 4,15
milhões de m² de área privativa de terrenos, destinados a empresas e
indústrias de variados setores econômicos, e 1,5 milhão de m² em áreas
verdes), o CLIMA contará com um sistema exclusivo de captação, adução e
tratamento de água, unidades de tratamento de esgoto e até um helicentro
para helicópteros de grande porte. Além disso, terá grande oferta de
energia elétrica e disponibilidade de gás natural.
O complexo será instalado em uma área altamente estratégica,
localizada na RJ-168, a principal via de acesso a Macaé, dentro da Zona
Industrial ZI4. O loteamento está a apenas quatro quilômetros da BR-101 e
a cerca de cinco quilômetros da área urbana de Macaé.
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