Os auditores e técnicos fiscais da Receita Federal voltaram a
paralisar suas atividades nesta quarta–feira (26) em todo o País, insistindo na recomposição dos seus salários. Mas, agora, a categoria também se colocou contra a articulação envolvendo o Projeto de Lei (PL) 5864/16, que trata da carreira tributária e aduaneira da Receita Federal. Eles acusaram o texto de sofrer
mudanças que prejudicariam os profissionais.
Segundo
o sindicato, a paralisação foi motivada pelo teor do relatório do
projeto de lei – que ainda está em análise na Câmara dos Deputados – o
qual, segundo a categoria, teve o texto alterado, "desvirtuando o acordo
obtido junto ao Governo Federal em março de 2016". Para os auditores,
as mudanças desmontam a estrutura funcional dos cargos e geram confusão
administrativa.
Com
a paralisação, as consequências ficam para as aduanas de portos,
aeroportos e zonas de fronteira, que têm operação padrão (ou
"tartaruga") na zona primária, e paralisação da zona secundária.
Este
é o caso do Porto de Santos, onde a paralisação é completa e, durante o
período de greve, serão liberados somente cargas vivas, perigosas,
medicamentos, perecíveis, urnas funerárias e fornecimento de bordo no
cais santista.
No aeroporto de Guarulhos, no começo da manhã de
ontem, a operação, que era padrão, passou a ser “tartaruga” no final da
tarde. Já nas aduanas, não há greve e os trabalhos seguem, porém, em
operação-padrão, com aumento do rigor na fiscalização e,
consequentemente, maior lentidão. Tanto para greve como para
operação-padrão, a adesão dos trabalhadores é de 90%.
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