O presidente do Senado, Renan Calheiros, advertiu que "o Brasil será castigado se continuar insistindo na imprevidência de
aplicar apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em transporte e
logística. O alerta foi feito na abertura do painel
“Infraestrutura de transporte e logística: desafios e perspectiva”,
realizado no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB).
Segundo Renan, a média mundial de investimento na área é de 1,2%
do PIB. O Brasil investe somente metade disso, lamentou. O resultado, na sua avaliação é que a "aritmética cobrará seu preço a médio e longo
prazos", gerando prejuízos irrecuperáveis à economia do país.
O senador disse que o transporte de soja brasileira via porto de
Santos para Shangai, na China, custa US$ 180 por tonelada. Os Estados
Unidos conseguem exportar para aquele país asiático o mesmo produto por
US$ 108 a tonelada.
Renan frisou que o Senado tem atuado para melhorar o setor.
Citou como exemplo o trabalho da Comissão de Serviços de Infraestrutura
(CI) que, no ano passado, avaliou o Plano Nacional de Logística e
Transporte. O resultado, segundo ele, foi um diagnóstico preciso, além
de 19 propostas enviadas ao Poder Executivo e outras cinco encaminhadas
para tramitação no Legislativo.
A Agenda Brasil, conjunto de propostas legislativas para contribuir
com a retomada do crescimento do país, também foi lembrada pelo
presidente do Senado, que defendeu a desburocratização, o aumento da
segurança jurídica dos contratos e a simplificação dos processos de
licenciamento ambiental.
Além de Renan Calheiros, participam do debate o ministro dos
transportes, Maurício Quintella; o secretário-executivo do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco; e o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Os senadores
Wellington Fagundes (PT-Mt), que é presidente da Frente Parlamentar de
Logística de Transportes e Armazenagem, e Garibaldi Alves Filho
(PMDB-RN), presidente da Comissão de Infraestrutura, também estão
presentes no painel de debates.
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