Ao contrário das montadoras de automóveis e veículos pesados que têm
ampliado as exportações para compensar a queda no mercado interno, as
fabricantes de motocicletas não têm conseguido trilhar este caminho. As
vendas ao exterior, que caíram 4,7% no acumulado do ano até setembro, são
prejudicadas pela falta de competitividade das fabricantes brasileiras
no mercado sul-americano, explicou nesta sexta-feira (7) o presidente da
Abraciclo, Marcos Fermanian.
Segundo ele, mesmo com a desvalorização experimentada pelo
real desde 2015, as fabricantes brasileiras não conseguem vender suas
motos ao mercado externo a um preço inferior ao praticado pelas
fabricantes asiáticas, que dominam o abastecimento do mercado
sul-americano, que é o principal destino das exportações brasileiras.
Há uma discussão com o governo, segundo o executivo, de tentar
tomar medidas que reduzam os preços das motocicletas brasileiras no
mercado sul-americano. "Além disso, pedimos que haja um movimento
governamental com governos de outros países da América do Sul para que
eles se equiparem às exigências brasileiras de segurança (nas motos
vendidas)", disse.
De acordo com o executivo, só a Argentina representa entre 70% e
80% das exportações brasileiras, com o restante espalhado pelos demais
países da América do Sul. "É um mercado interessante, com potencial
grande. Estimamos que o tamanho do mercado da América do Sul seja 1,5
maior que o mercado brasileiro", comentou.
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