O secretário-executivo do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimentoa), Eumar Novacki, defendeu o aumento do comércio entre
Brasil e Japão e uma maior participação do país asiático no Mercosul. A posição
foi manifestada pelo secretário-executivo nesta quarta-feira (5), durante a XIX
Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Tóquio.
Novacki disse que a balança comercial entre Brasil e Japão é
equilibrada, mas pode avançar muito mais. Ele disse que pretende negociar com os
japoneses a abertura da exportação da carne bovina termoprocessada brasileira
e, futuramente, da carne in natura.
Outros produtos que devem entrar na pauta de negociação, durante
a visita ao Japão, são lácteos e frutas. Para Novacki, não há problema em o
Brasil abrir espaço para importar carnes da raça wagyu do mercado japonês.
A reunião do comitê bilateral foi mediada pelo coordenador do
Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas, o ex-ministro da Agricultura
Roberto Rodrigues. Durante os debates também foram abordados temas como recursos
naturais, energia e meio ambiente.
Novacki afirmou que o Brasil é referência mundial em fontes
renováveis de energia. Acrescentou que são necessárias mudanças na matriz
energética mundial para garantir um menor índice de poluição e aumentar a
preservação ambiental. Nesse contexto, segundo ele, o país tem feito o seu
dever de casa.
O secretário-executivo do Mapa reafirmou a preocupação do Brasil
com o meio ambiente. Destacou dados apresentados em Roma, durante a reunião de
ministros na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO), na última segunda-feira (3), que demonstram que 61% do território
brasileiro se mantém preservado com florestas nativas.
De acordo com Novacki, o sistema produtivo brasileiro atua de
forma responsável, utilizando tecnologia e inovação para garantir maior
produtividade, o que também contribui para preservar o meio ambiente. “O mundo
discute segurança alimentar e sustentabilidade, e o Brasil tem o que mostrar
nessas duas áreas.”
Além da questão ambiental, Novacki salientou que o produtor
brasileiro tem se preocupado com a responsabilidade social. “Produzimos com
consciência social. Os nossos agricultores querem banir o trabalho escravo e o
trabalho infantil.”
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