As exportações do Rio Grande do Sul fecharam com uma queda de 37,9%
em relação ao mesmo mês de 2015, somando US$ 1,3 bilhão em setembro. A
indústria, que alcançou US$ 1,07 bilhão, representou 82,4% do total
embarcado pelo Estado, com uma retração de 33%. Os dados foram
divulgados nesta quinta-feira (13) em boletim da Federação das
Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs),
Conforme a instituição, o resultado foi bastante influenciado pelo
desempenho atípico do ano passado, em função da exportação de uma
plataforma de petróleo e gás (P-67) no valor de US$ 394,1 milhões.
Porém, mesmo descontada essa exportação não recorrente, o saldo continua
negativo para as vendas externas do Estado: -23,6% para o total dos
produtos e -11,2% para os industrializados.
"A elevação nos custos de produção persistem, e isso contribui para
que o setor exportador gaúcho não consiga engrenar a sua retomada. Mas
os empresários industriais esperam uma leve alta da demanda nos próximos
seis meses”, destaca o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, ao
comentar os números da balança comercial nesta quinta-feira (13).
Das 25 categorias que registraram operações de exportação no
período, 15 caíram e dez subiram. O destaque positivo maior ficou com o
setor de veículos automotores, que vendeu US$ 110 milhões no mês,
especialmente para a Argentina e Chile, o que representou um acréscimo
de 50,4%. Este bom desempenho contrasta com a forte perda no segmento de
tabaco, que baixou 51,4% na comparação com setembro de 2015. O setor
Celulose e papel também cresceu (9,8%). Por sua vez, produtos químicos
retraiu 20,1%.
Automóveis, caminhonetes e utilitários (41,4%) e adubos,
fertilizantes e defensivos (5,9%) foram os principais produtos a
influenciar as importações gaúchas, que aumentaram 1% na relação com
setembro de 2015.
No acumulado entre janeiro e setembro, as exportações do Rio Grande
do Sul somaram US$ 12,5 bilhões, o que representa uma queda acumulada
de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em decorrência do
cenário interno negativo e da desvalorização cambial, as importações do
Estado também caíram com força no período (-24,6%), somando US$ 5,8
bilhões.
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