domingo, 23 de outubro de 2016

A pobre e atrasada Ruanda, na África, conta agora com serviço mundial de entrega com drones

        A pequena, pobre e atrasada Ruanda conta agora com um serviço mundial de entregas com drones. A rede apresentada pelo Governo do país africano vai utilizar drones para fazer até 150 entregas urgentes e on-demand de sangue, por dia, com o objetivo de salvar vidas, em 21 instalações de transfusão localizadas na metade ocidental do país.
        “Os drones e o serviço de entrega são construídos e operados pela Zipline, uma empresa de robótica com sede na Califórnia. Enquanto o serviço de entregas com drones se focará, inicialmente, no transporte de sangue, uma parceria existente entre a UPS, a Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização) e a Zipline vai ajudar o país a expandir rapidamente o serviço a todos os tipos de medicamentos e vacinas, essenciais para a sobrevivência da população, passíveis de serem transportados por drone”, revela a UPS em comunicado.
       “Os drones são recursos de grande utilidade, tanto a nível comercial como para melhorar os serviços do setor do healthcare. Estamos muito felizes e orgulhosos de podermos lançar esta tecnologia inovadora e de continuar a trabalhar com os nossos parceiros no seu desenvolvimento”, afirma o Presidente do Ruanda, Paul Kagame.
       Numa nota enviada às redações, a UPS explica que nos países em desenvolvimento o acesso a produtos de saúde que podem salvar vidas é muitas vezes prejudicado pelo last-mile problem (o problema da última-milha): “a incapacidade de transportar os medicamentos necessários de uma cidade para locais rurais ou remotos, devido à ausência de transporte adequado, de comunicação e de infraestrutura de supply chain.”
        Ruanda é um dos países com maiores necessidades nas entregas de sangue, já que as hemorragias pós-parto são uma das principais causas de morte entre mulheres grávidas e recém-mamãs. Este serviço vem, assim, gerar um impacto importante no acesso aos cuidados de saúde no país e irá permitir que todas as clínicas no ocidente do país efetuem pedidos de emergência.

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