A pequena, pobre e atrasada Ruanda conta agora com um serviço
mundial de entregas com drones. A rede apresentada pelo Governo do país africano
vai utilizar drones para fazer até 150 entregas urgentes e on-demand de
sangue, por dia, com o objetivo de salvar vidas, em 21 instalações de
transfusão localizadas na metade ocidental do país.
“Os drones e o serviço de entrega são
construídos e operados pela Zipline, uma empresa de robótica com sede na
Califórnia. Enquanto o serviço de entregas com drones se focará,
inicialmente, no transporte de sangue, uma parceria existente entre a
UPS, a Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização) e a Zipline vai
ajudar o país a expandir rapidamente o serviço a todos os tipos de
medicamentos e vacinas, essenciais para a sobrevivência da população,
passíveis de serem transportados por drone”, revela a UPS em comunicado.
“Os drones são recursos de grande
utilidade, tanto a nível comercial como para melhorar os serviços do
setor do healthcare. Estamos muito felizes e orgulhosos de podermos
lançar esta tecnologia inovadora e de continuar a trabalhar com os
nossos parceiros no seu desenvolvimento”, afirma o Presidente do Ruanda,
Paul Kagame.
Numa nota enviada às redações, a UPS
explica que nos países em desenvolvimento o acesso a produtos de saúde
que podem salvar vidas é muitas vezes prejudicado pelo last-mile problem
(o problema da última-milha): “a incapacidade de transportar os
medicamentos necessários de uma cidade para locais rurais ou remotos,
devido à ausência de transporte adequado, de comunicação e de
infraestrutura de supply chain.”
Ruanda é um dos países com maiores
necessidades nas entregas de sangue, já que as hemorragias pós-parto são
uma das principais causas de morte entre mulheres grávidas e
recém-mamãs. Este serviço vem, assim, gerar um impacto importante no
acesso aos cuidados de saúde no país e irá permitir que todas as
clínicas no ocidente do país efetuem pedidos de emergência.
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