A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, cancelou a
contratação de 17 navios previstos no Programa de Modernização e
Expansão da Frota (Promef), informou o presidente da empresa, Antonio
Rubens Silva. Segundo o executivo, são embarcações que nem sequer
começaram a ser construídas e todos os pedidos tiveram contratos
rescindidos.
O Promef era um dos principais programas da Transpetro sob a gestão
de Sérgio Machado, ex-presidente da subsidiária e um dos delatores de
caciques do PMDB na Operação Lava Jato. Foi também um dos carros chefes
do plano dos governos do PT de impulsionar a indústria naval por meio da
demanda da Petrobras.
O Promef previa a contratação de 46 embarcações, segundo Silva.
Três navios que estavam em construção no estaleiro Eisa Petro-1, no Rio,
estão com situação indefinida, após o fornecedor pedir recuperação
judicial. O presidente da Transpetro disse que essas encomendas podem
tanto ser canceladas quanto repassadas para outros estaleiros.
Ainda conforme Silva, o cancelamento não implica redução na
capacidade de operação da Transpetro. O plano é fretar navios para dar
conta da demanda da Petrobras e de outras empresas, já que o foco de
expansão da subsidiária agora vai além da demanda de sua controladora.
"O fato de ter cancelado 17 navios não quer dizer que não vamos
mais ter navios. Estamos agora avaliando contratar navios a casco nu",
disse Silva, comparando com a frota de caminhões da Transpetro, da qual
355 são de terceiros. "Não é terceirização. O navio é contratado, mas eu
tripulo e presto o serviço", explicou.
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