O governo japonês pediu nesta sexta-feira (14) ao Parlamento que
aprove o acordo comercial da Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em
inglês). Com isso, Tóquio mostra que na Ásia há um impulso para manter
viva a iniciativa, apesar da oposição dos candidatos presidenciais dos
EUA, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump.
"A ratificação pelo Japão daria um ímpeto para a ratificação
antecipada nos Estados Unidos", afirmou Nobuteru Ishihara, o ministro
japonês encarregado do TPP. Alguns outros dos 12 países que participam
da iniciativa trabalham pela ratificação, como a Austrália por exemplo. O
governo do premiê japonês, Shinzo Abe, quer aprovar a iniciativa antes
de 14 de novembro, quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
já estará em fim de mandato e com pouca força para aprovar projetos no
Legislativo.
Trump e Hillary, porém, já se pronunciaram contra o acordo. O
Congresso americano também mostra-se bastante resistente à iniciativa. O
governo Obama negociou o acordo e o defende fortemente. Uma vantagem
para os países da Ásia e do Pacífico em ratificar o texto logo seria
afastar as conversas de políticos em Washington para renegociar seus
termos. Autoridades da Austrália e de Cingapura mostram-se pouco
animados com a possibilidade de ter de negociar tudo novamente.
Para o TPP entrar em vigor, ele precisa ser ratificado por pelo
menos seis dos integrantes, que representem também 85% do Produto
Interno Bruto (PIB) combinado das nações envolvidas. Isso significa que,
sem a aprovação dos EUA, o acordo não sai. O TPP eliminaria a maioria
das tarifas e outras barreiras comerciais entre as 12 nações - EUA,
Japão, Vietnã, Malásia, Cingapura, Austrália, Nova Zelândia, Brunei,
Canadá, México, Chile e Peru. Também inclui regras sobre direitos
trabalhistas e o meio ambiente.
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