quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Ministro da Agricultura descarta abertura do mercado brasileiro à importação de maçãs da China



         O ministro da Agricultura Blairo Maggi assegurou a produtores, durante visita a São Joaquim (SC), nesta quarta-feira (10), que não vai autorizar importações de maçã da China. O município é um dos principais produtores brasileiros da fruta. Diante da preocupação dos fruticultores da região com a possibilidade de abertura do mercado nacional ao país asiático, o ministro garantiu que o assunto não estava na agenda do governo federal.
        Durante a visita a uma área de cultivo de maçã, os produtores catarinenses entregaram a Maggi um documento com reivindicações. Eles querem o apoio do Ministério para garantir a sanidade dos pomares, com o combate ao cancro europeu. Também pedem financiamento para a instalação de telas antigranizo nas plantações.
          Situado na Serra Catarinense, São Joaquim tem mais de 2 mil produtores rurais, a maioria de pequeno porte, com no máximo cinco hectares. Na tarde desta quarta-feira (10), o ministro vai conhecer ainda uma vinícola no município.
          Na terça-feira (9), Maggi esteve em Vacaria. Na cidade gaúcha, assinou um protocolo de intenções destinado a operacionalizar recursos do setor privado para dar suporte às ações do Centro de Controle Biológico e Manejo Integrado da Mosca das Frutas (Centro Moscasul). A sede do centro fica em Vacaria.  
       A cooperação envolve a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), Sindocopel e Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas. O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, e representantes das quatro entidades do setor de fruticultura participaram da assinatura do protocolo.
         O ministro também anunciou a liberação de R$ 506,9 mil para conclusão do Centro Moscasul. Blairo informou que, em setembro, vai à Índia participar da reunião do Brics (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e começar as negociações para a abertura do mercado daquele mercado às exportações brasileiras de maçã.
         A participação do país hoje no mercado global de maçã é de 2%. De janeiro a outubro de 2015, o Brasil exportou 60,11 mil toneladas da fruta. O principal importador foi a Rússia, que absorveu 5,57% desse volume.
          A produção brasileira da fruta em 2014 foi de 1,38 milhão de toneladas, em 37 mil hectares. O Rio Grande do Sul, com 17,43 mil hectares, e Santa Catarina, com 17,73 mil hectares, representam 95% do total da área de maçã do país.

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