A Aliança Navegação e Logística reestruturou sua frota de cabotagem investindo R$ 700 milhões na compra de seis navios porta-contêineres com capacidades de 3.800 a 4.800 teus, apostando na expansão do modal que permite reduzir custos de transportes, aumentar a segurança, atingir
resultados concretos de sustentabilidade e prevenir a oscilação
característica do mercado de fretes - a economia é de 10%
a 15% em relação ao transporte rodoviário.
Atualmente, a companhia conta com onze embarcações em operação no serviço de
cabotagem, que cobre 15 portos de Buenos Aires até Manaus, com um total
de 104 escalas mensais, a Aliança realiza o planejamento completo das
operações multimodais e atende aos embarques porta a porta.
A Aliança mostrou essas vantagens da cabotagem no encontro “A Hora da Cabotagem”, em sua quarta
edição, em São Paulo, e cujo foco foi o que a cabotagem pode concretamente fazer
pelas empresas. Dividido em quatro painéis, foram debatidos temas que aproximam usuário, armador e
terminais de integração com os modais complementares, apresentando
soluções práticas e vantagens específicas para a operação do usuário do
modal.
Líder e mercado na cabotagem, mesmo
diante da crise, o armador espera fechar 2016 com um crescimento de 6%, resultado
que vem impulsionado pela conquista de clientes de médio porte. Entre as
1200 empresas que já aderiram ao serviço prestado pela Aliança, há
grandes, pequenas e médias empresas, representando praticamente todos os
segmentos do mercado – “do arroz ao zinco”, destaca a companhia –, com
destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis.
No ano passado, a Aliança obteve um faturamento de R$ 3,3 bilhões e
movimentou 673 mil contêineres.
Segundo Marcus Voloch, gerente geral de Mercosul e Cabotagem da
Aliança, as principais vantagens do serviço são rastreabilidade em
qualquer ponto, integração dos modais para otimização da cadeia
logística, redução do número de caminhões na estrada, menor índice de
avarias e a facilidade de contar com empresas que cuidam de todas as
etapas do processo – da retirada da carga, transporte até o porto com
segurança, embarque, desembarque e entrega no destino final. “Por ano, a
cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das
estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas –
entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente
final, no destino”, ressaltou Voloch, um dos palestrantes do encontro.
O diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística, Julian Thomas, o
segredo de uma logística eficiente é a utilização apropriada de todos os
modais, cada um desempenhando o seu papel na cadeia. E alerta: “O que
não devemos é incorrer novamente no erro de priorizar apenas um deles. O
futuro do setor de cabotagem passa pela modernização não apenas da
frota de navios, mas, principalmente, pela otimização de toda a cadeia
logística”, advertiu.
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