O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, discutiu neste domingo
(28) com o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabare Aguerre, medidas
para estabelecer limite à importação de produtos lácteos pelo Brasil.
A ideia é dar seguimento a tratativas pela fixação de cotas, assim
como já é realizado com a Argentina. O pedido foi encabeçado pelo
Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) durante audiência
neste sábado (27), durante a 39ª Expointer, em Esteio.
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou ofício ao
ministro relatando as dificuldades impostas pela concorrência do leite
uruguaio ao mercado gaúcho. Só nos primeiros sete meses de 2016, o Brasil importou 101,8
milhões de quilos de produtos lácteos contra 38,68 milhões de quilos no
mesmo período de 2015. O resultado da balança comercial (importação
menos exportações) representa um total de 92 dias de produção do RS. Em
2015, eram apenas 44 dias.
Maggi admitiu que há um problema a ser enfrentado e pediu
sugestões. No documento entregue pelo Sindilat, foram repassados
diversos dados que fundamentam a necessidade de um tratamento
diferenciado à produção de laticínios do sul do Brasil. O Sindilat quer o
uso de um gatilho a ser acionado quando os preços caírem abaixo do
valor de mercado. No Estado, mais de 100 mil famílias atuam na
atividade.
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