As bolsas europeias operam em alta nesta terça-feira (30), puxadas
pelo setor exportador, que se beneficia com o euro mais fraco. O setor
de mineração, no entanto, destoa do movimento e cai com força em meio à
queda dos metais básicos, pesando em Londres.
Às 8h20min (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,08%, Paris
ganhava 0,75% e Frankfurt avançava 0,95%. A Bolsa de Milão tinha alta de
1,25%, Madri tinha acréscimo de 0,80% e Lisboa crescia 0,17%.
Entre os setores que avançam, destaque para o automobilístico. Os
papéis da Volkswagen tinham alta de 1,6% em Frankfurt, enquanto a
Peugeot avançava 1,8% em Paris. O euro mais fraco tem beneficiado as
ações de empresas exportadoras. O dólar sobe com força nesta manhã ante
as principais moedas e emergentes, com os investidores de olho em dados
importantes da economia dos EUA nesta semana para avaliar uma possível
alta de juros em breve.
Por outro lado, o setor de mineração pesa, principalmente em
Londres. As ações da Antofagasta caem mais de 4%, enquanto as da
Glencore e da Rio Tinto tinham queda superior a 3%. Os declínios vieram
em meio a quedas nos preços dos metais preciosos. Os preços do ouro
estão no foco dos investidores, uma vez que os mercados continuam a
questionar o momento do próximo aumento de juros nos EUA. Os preços do
ouro tendem a declinar em meio à perspectiva de juros mais altos.
Entre as notícias corporativas, o órgão regulador antitruste da
União Europeia (UE) exigiu que a Irlanda recupere cerca de 13 bilhões de
euros (US$ 14,5 bilhões) em impostos não pagos da Apple, um movimento
que poderia intensificar uma rivalidade entre a UE e os EUA sobre
questões fiscais do bloco em empresas americanas. A Comissão Europeia
disse nesta terça-feira que o regime fiscal da Irlanda oferecido à Apple
entre 1991 e 2007 permitiu que a empresa pagasse menos do que 1% ou
quase zero de impostos sobre os seus lucros europeus por mais de 10
anos, entre 2003 e 2014.
Nos indicadores do dia, o índice de sentimento econômico da zona do
euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores,
caiu a 103,5 em agosto, de 104,5 em julho, segundo dados publicados hoje
pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia. Analistas
consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor do
indicador, a 104,1. O resultado de agosto é o menor desde março, mas
permanece acima da média de 100,0 da série histórica iniciada em 1990.
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