Os últimos incêndios ocorridos na região portuária de Santos levaram o
Crea -SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São
Paulo) e diversas entidades a tomar precauções.
Um
relatório foi produzido por essas entidades objetivando a aumentar a
segurança de instalações que armazenam ou movimentam produtos químicos
inflamáveis.
Entre as medidas estão a implantação de bases de LGE
(Líquido Gerador de Espuma), investimentos em cursos de qualificação
para bombeiros e brigadistas, além da aquisição de outros equipamentos
para combate ao fogo. Ele também recomenda a criação do Funged (Fundo
Nacional de Resposta a Grandes Emergências e Desastres) para garantir
recursos necessários para esses investimentos.
O Porto de Santos, recentemente, foi palco de dois grandes incêndios, que
envolveram carregamentos químicos ou explosivos: em janeiro, no Terminal
retroportuário da Localfrio
e em abril do ano passado, na Ultracargo, onde tanques foram destruídos
pelo fogo. O sinistro levou nove dias para ser controlado e foi
considerado a maior ocorrência deste tipo no país.
“Nós olhamos o
problema e buscamos uma solução, já que esse incêndio deixou uma lição,
que foi a constatação de falhas técnicas, de normas e de atendimento. É
isso que propomos mudar”, afirmou o presidente do Crea-SP, Francisco
Kurimori.
O relatório foi elaborado por um grupo de trabalho,
formado pelo Corpo de Bombeiros, representantes da Prefeitura de Santos,
do governo estadual e ainda por técnicos da Codesp (Companhia Docas do
Estado de São Paulo), além de órgãos ambientais. A revisão de normas, a
integração entre as três esferas do governo e a iniciativa privada, além
do estabelecimento de planos de prevenção de acidentes também estão
entre as recomendações.
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