As exportações brasileiras de café somaram 1.908.808 sacas de 60 kg em julho, més que marcou o início da safra 2016/17. A variedade arábica contribuiu com 82,4%, enquanto que o robusta ficou com 2%. Outros 15,5% foram de solúvel e 0,1% de moído e torado. Os dador foram fornecidos pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), uma das cinco
instituições privadas que integram o Conselho Deliberativo da Política
do Café (CDPC), do Ministério da Agricultura
(Mapa). As vendas para o exterior proporcionaram receitas de US$ 297,2 milhões no período.
O Relatório do
CeCafé destacou que, de cada cinco sacas de café vendidas
ao exterior, uma é de café diferenciado, com qualidade superior
e/ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Em julho foram exportadas 367.128 sacas de cafés com
esses atributos positivos, que representaram em torno de 20% das
exportações no mês. Esses cafés alcançaram, na média, preços 27,4%
superiores à média total do café verde convencional exportado. No
período de janeiro a julho foram exportadas um total de 3.603.184 sacas
de cafés diferenciados que geraram mais de US$ 676,97 milhões.
Ainda conforme o Relatório,
no mesmo período de janeiro a julho deste ano, foram exportadas
18.188.838 sacas, com receita cambial de mais de US$ 2,7 bilhões, e, no
acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2015 a julho de 2016), as
vendas para o exterior somaram 34.562.514 sacas e receita de mais de US$
5,2 bilhões.
O
país que mais importou café do Brasil em julho deste ano foi os EUA,
com 447.459 sacas (23,4%), seguindo da Alemanha - 343.846 sacas (18,0%) e
Japão - 132.381 sacas (6,9%). Além disso, no período de janeiro a
julho, cabe ressaltar que 120 países importaram o café brasileiro, sendo
que os EUA lideraram as importações com 19% - 3.459.628 sacas, seguido
pela Alemanha - 3.372.043 sacas. E o Japão ficou no terceiro lugar com
1.398.078 sacas, praticamente empatado com a Itália - 1.390.265 sacas.
Com relação ao panorama mundial da cafeicultura, a Organização Internacional do Café (OIC) indicou em seu Relatório sobre o mercado de Café julho 2016 que
reduziu sua estimativa da produção mundial do ano-safra de 2015/16 de
144,7 milhões para 143,3 milhões de sacas de 60 kg. Atribui essa nova
estimativa a uma redução acentuada da produção do México, que passou de
3,9 para 2,8 milhões de sacas. E ainda a uma revisão mais modesta da
produção da Nicarágua que passou para 1,8 milhão. No caso do México, a
OIC explicitou que a redução se deve a um impacto mais agressivo do que
foi previsto com relação à ferrugem do café que, desde 2012/13, diminuiu
a produção do país em mais de um terço.
A
OIC apontou ainda nas suas análises que o "mercado de café consolida
alta de preços, mas a oferta de Robustas ainda preocupa". Segundo a
Organização, em julho deste ano, o indicativo de preço composto da
Organização registrou sua maior alta de 17 meses e que, a despeito desse
fator, o mercado encontrou dificuldades para manter seus avanços
iniciais. Particularmente em relação ao Brasil, o Relatório citando o
documento da estimativa da safra da Companhia Nacional de Abastecimento -
Conab, salientou que os estoques internos em mãos do setor privado no
final de março de 2016 diminuíram apenas 5,4% em relação ao ano
anterior, passando de 14,4 milhões de sacas para 13,6 milhões.
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