As projeções do relatório
Focus desta semana alteraram de forma marginal as expectativas para a
atividade do país em 2016, que continuaram mostrando uma forte recessão
para o ano. Pelo documento, houve ligeira melhora nas projeções para o
Produto Interno Bruto (PIB) este ano: a mediana projetada passou de uma
retração de 3,23% para um declínio de 3,20%. Há um mês, o mercado previa
uma queda de 3,25%.
A previsão para 2017 indica que o cenário segue um pouco melhor, com perspectiva de PIB
positivo. Ainda assim, o mercado prevê para o país, conforme o relatório
Focus, um crescimento de apenas 1,10% no próximo ano, mesmo porcentual
projetado há uma semana e há um mês.
Em junho, o BC informou no Relatório Trimestral de Inflação que sua
nova estimativa para o PIB deste ano é de retração de 3,3%, ante baixa
de 3,5% vista na edição anterior do documento. Durante evento em São
Paulo na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan
Goldfajn, afirmou que "o elemento mais essencial para a recuperação
econômica sustentável será a retomada da confiança".
"Para atingir esse objetivo, é
necessário, em primeiro lugar, fortalecer o velho e bom tripé
macroeconômico formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação
e regime de câmbio flutuante," explicou o presidente do BC.
As estimativas para a produção industrial também mostraram leve
melhora no relatório Focus, ainda que o cenário para 2016 siga ruim. A
queda prevista para este ano passou de 6,00% para retração de 5,95%. Já
para 2017, a projeção de alta foi de 0,50% para 0,75%.
Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida
líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 44,55% para
44,90%. Um mês atrás, estava em 44,40%. Para 2017, as expectativas no
boletim Focus foram de 48,76% para 49,05%, ante projeção apontada um mês
atrás de 49,10%.
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