A Santos Brasil terá suas ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa, o estágio avançado de governança corporativa da Bolsa paulista, a partir de 22 de agosto. A migração se dá em um momento especialmente importante para a operadora de terminais portuários, que se prepara para investir R$ 1,276 bilhão no Tecon Santos. O
projeto possibilitará adequar a infraestrutura do Terminal ao tamanho
dos novos navios que passarão a frequentar o complexo santista, atendendo
com mais eficiência à demanda prevista a partir de 2019.
No ano
passado, a Santos Brasil recebeu a aprovação da SEP (Secretaria Especial
de Portos) para a antecipação da prorrogação de contrato de
arrendamento do Tecon Santos e obteve a aprovação do governo para o
plano de ampliação e modernização do terminal. A obra deve ampliar a
capacidade de movimentação do Tecon Santos dos atuais 2 milhões para 2,4
milhões de teus.
Entre as obras planejadas para o terminal, está também
a dragagem que fará com que a profundidade chegue a 15 metros, e
consequente reforço da estrutura de todo o cais, além da expansão dos
ramais ferroviários, permitindo uma nova integração intermodal para o
cruzamento entre os caminhões que saem do terminal e as linhas de trens.
Com o novo status na Bolsa de Valores, a empresa passa adotar,
voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às
exigidas pela legislação brasileira, incluindo a implementação de um
conjunto de regras societárias que ampliam os direitos dos acionistas
minoritários e de uma política de divulgação de informações mais
transparente e abrangente.
As ações ordinárias de emissão
da Santos Brasil passarão a ser negociadas no Novo Mercado com o ticker
STBP3. O pregão de 19 de agosto será o último no qual as Units e ações
preferenciais da companhia poderão ser ainda negociadas. Com todas as
ações preferenciais convertidas em ações ordinárias (à razão de uma ação
preferencial para cada ação ordinária), as Units serão canceladas.
Os
acordos de acionistas assinados em 2007 deixarão automaticamente de
vigorar, e todos os litígios existentes entre os signatários estarão
automaticamente extintos. Também deixa de existir o grupo de controle
que os acordos formavam. Os acionistas passam a ter direitos
equivalentes, podendo votar igualmente sobre todas as matérias
discutidas nas assembleias da empresa. A migração também confere mais
poder aos minoritários e eleva a segurança jurídica desses acionistas ao
nível máximo oferecido pela BM&FBovespa.
O presidente da Santos Brasil,
Antonio Carlos Sepúlveda, entende que a conclusão deste
processo reforça o compromisso da companhia com os mais elevados
padrões de transparência e governança, deixando-a mais forte e
competitiva.
A companhia explica que a nova opção reduz a
percepção de risco e aumenta a sua confiabilidade no mercado, o que deve
levar a um maior interesse dos investidores por suas ações, e à
consequente valorização e aumento da liquidez dos seus papéis, além de
melhorar a capacidade de a empresa de obter recursos financeiros a taxas
melhores.
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