O G-20, grupo dos vinte países mais ricos do mundo, pretende criar estratégias para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) coletivo
mundial, estimulando reformas estruturais para o crescimento no médio prazo e aumentando as
contribuições dessas vinte nações para o cumprimento da Agenda 2030
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esses são os temas
centrais da Cúpula de Lideres do G20, que vai ocorrer nos dias 4 e 5 de
setembro, em Hangzhou, na China.
Os principais resultados esperados
foram apresentados hoje (25), em Brasília, pelo Ministério das Relações
Exteriores. O embaixador Carlos Márcio Cozendey confirmou que o
presidente interino Michel Temer vai ao G-20, caso seja confirmado na
Presidência da República após a votação do impeachment, no Senado, de
Dilma Rousseff. Michel Temer viaja dia 31 e retorna ao Brasil no dia 6, a
tempo para as comemorações de 7 de setembro.
Segundo o
subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério
das Relações Exteriores, o embaixador Carlos Márcio Cozendey, durante o
evento deve ser aprovado um novo plano de ação, que atualiza as
estratégias de crescimento que foram formuladas pelos países em 2014. A
meta é elevar o PIB coletivo em pelo menos 2% adicionais até 2018.
“Haverá
um exercício de monitoramento e de avaliação do impacto do atual plano
de ação e os países vão indicar as medidas econômicas que pretendem
adotar”, disse Cozendey. Ele afirmou que, entre os compromissos
assumidos em 2014, até o momento 45% foram implementadas, 40% estão em
execução, e 15% têm progresso limitado.
Quando o grupo surgiu, em
2008, o objetivo era evitar que a crise se aprofundasse, com ações de
curto prazo, ressaltou o embaixador. “A situação da economia agora, não
mostra recessão, mas tampouco há um crescimento vigoroso da economia
internacional”, disse, ressaltando que serão colocados em discussão
fatores estruturais que podem gerar crescimento no médio prazo."
O subsecretário ressalvou que, além das reformas que cada país deve indicar, a China
quer colocar em discussão as temáticas da inovação, da economia digital e
da nova revolução industrial, como forma de gerar um crescimento
inovativo e inclusivo. No caso do Brasil, as reformas são as que o
Ministério da Fazenda tem apresentado.
Cozendey lembrou que na
área de desenvolvimento sustentável, os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODS) sempre foram mais voltados para países em desenvolvimento,
como redução da pobreza e da mortalidade infantil e que a Agenda 2030
se aplica agora a todos os países, com metas sobre questões não só
sociais, mas também ambientais e econômicas.
A ideia é que o G-20
passe a fazer o acompanhamento dos ODS dentro da sua área de atuação,
auxiliando tanto os países em desenvolvimento quanto suas ações. “Que os
objetivos [ODS] sejam orientadores da cooperação internacional”, disse o
embaixador.
Outros temas que
impactam a economia mundial, como meio ambiente, energia, combate à
corrupção, comércio de investimentos e emprego também farão parte das
discussões. No combate à corrupção, por exemplo, podem ser estabelecidas
formas de cooperação entre as autoridades, para apresentação de boas
práticas e obtenção de informações, e cooperação acerca de pessoas
procuradas por corrupção e recuperação de ativos.
O G-20 reúne 20
países com economias que cobrem 85% do PIB global e têm cerca de 65% da
população. Os países que compõem o G20 são Argentina, Austrália,
Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália,
Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul,
Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia.
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