Uma Comissão de Direito Marítimo,
Portuário e Aduaneiro foi criada essa semana pela OAB/RN. Entre os objetivos traçados para a Comissão estão o estabelecimento de relações com organismos nacionais e internacionais,
acadêmicos, governamentais e privados, tais como, administração dos
portos, terminais, aduana, distrito naval, capitanias dos portos,
tribunal marítimo, Antaq, entre outros, bem como com órgãos de
representação da advocacia e do poder judiciário.
Segundo o presidente da nova comissão, Nelber Chaves, a motivação veio frente
ao crescimento econômico da Região Nordeste e uma maior demanda pelo
transporte aquaviário e portos. “Nesse cenário, atento às crescentes
relações jurídicas decorrentes dessas atividades econômicas, instituímos
essa comissão voltada para disseminar conhecimentos na área marítima,
portuária e aduaneira, visando a capacitação dos advogados para atuar no
mercado”, disse.
Para ele, grande parte desse aquecimento se deve à nova conjuntura
marítima, portuária e aduaneira da região Nordeste, que tem crescido
muito. Uma das regiões que mais tem registrado impactos positivos hoje ela
conta em Pernambuco com o Complexo Industrial Portuário de Suape; no
Estado do Ceará, com os portos de Pecém e Mucuripe e na Paraíba com o
Porto de Cabedelo. Complexos esses, que são segundo ele, essenciais
nesse processo de desenvolvimento.
Além disso, Chaves lembrou do novo terminal de passageiros do Porto de
Natal, que segundo ele, viabilizará o desenvolvimento do turismo náutico
no Estado, “proporcionando o aquecimento da economia local, gerando
empregos e propiciando mais lazer”.
Dentro desse cenário, disse Chaves, a comissão pretende realizar uma
maior integração com o poder público, “promovendo e participando
ativamente de palestras, simpósios, para divulgar a atuação dos órgãos
encarregados de fiscalizar e disciplinar as operações marítimas,
portuárias e do petróleo”, destacou lembrando ainda que “não se pode
olvidar as perspectivas da instalação das ZPEs instaladas no Estado, e
as exportações de frutas e principalmente do sal pelo Porto de Areia
Branca”.
O presidente da comissão de direito marítimo lembrou ainda que o novo
Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do
Amarante, possibilitará ainda a movimentação de cargas com destino ao
exterior. “Essas perspectivas econômicas têm exigido competitividade,
eficiência e segurança jurídica nos transportes e no controle
aduaneiro”, disse, acrescentando ser esse o papel da comissão. “Dessa
forma, essa Comissão, buscará possibilitar o aperfeiçoamento da classe
dos advogados do Rio Grande do Norte, direcionada para uma advocacia
especializada e eficiente na área”, finalizou Chaves.
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