A ferrovia Canadian Pacific enviou ao Departamento de Justiça dos
Estados Unidos uma solicitação para que fosse
investigada ação que a companhia classificou como “campanha coletiva” por
parte de suas concorrentes diretas da chamada Class I, as quais, de
acordo com a CP, vêm tentando impedir a sua tentativa de adquirir a
Norfolk Southern, quarta maior transportadora no mercado ferroviário norte-americano.
A iniciativa da Canadian Pacific de envolver investigadores no processo
de compra colocou os envolvidos na operação em uma batalha que se tornou
extremamente pública entre a canadense Norfolk Southern e as outras
grandes ferrovias do continente norte-americano.
De acordo com a CP, seu
pedido ao Departamento de Justiça é “lamentável, porém foi culminado
pela ação sem precedentes realizada pelos principais concorrentes, os
quais se organizaram para impedira a entrada da nova empresa que viria a
engrossar a concorrência no mercado americano, e que merece a atenção
das autoridades antitruste”.
A ferrovia canadense fez a sua primeira proposta com intenção de compra
da Norfolk Southern em novembro, à qual a NS, empresa com sede em
Vancouver, recusou repetidamente. Outras ferrovias, entre elas a BSNF,
Union Pacific e CSX, também se manifestaram na mídia contra a possível
combinação entre CP e a NS.
“Estamos extremamente preocupados com que
essas ações impeditivas estejam sendo dirigidas com o propósito de
restringir o mercado e violar a Seção I do Ato de Sherman (regulação
antitruste americana), e não por outro propósito legítimo que venha a
beneficiar ou incrementar a competição da indústria ferroviária nos
Estados Unidos”, defendeu o advogado da CP, Matthew J. Reilly, em carta
para o chefe da Divisão Antitruste do Departamento de Justiça americano.
O advogado disse ainda que a reação das outras ferrovias à proposta da CP
“ilustra a dimensão do temor que essas outras ferrovias sentem diante da
possibilidade de que a fusão entre a CP e a Norfolk Southern venha a
intensificar a competição no mercado de ferrovias”.
“Elas estão
preocupadas — e não sem razão — com que a proposta de compra da Norfolk
Southern venha a acirrar a competitividade no mercado: com a combinação
da eficiência das duas empresas, redução de custos e aumento das
vantagens competitivas, a união das empresas resultaria em uma companhia
muito melhor posicionada competitivamente, além de gerar melhoria na
qualidade dos serviços e criar justamente o ambiente competitivo que as
concorrentes da CP tanto temem”, completou o advogado.
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