O ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Helder Barbalho,
adiantou nesta sexta-feira, 22, que o novo edital de arrendamento de
terminais portuários prevê investimentos de R$ 1,766 bilhão nas áreas
paraenses que irão a leilão no dia 31 de março. A Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) publicará os documentos no período da
tarde, às 14 horas, em seu site.
A licitação trará quatro lotes,
sendo um para áreas do Terminal de Outeiro, do Porto de Belém, dois para
áreas do Porto de Santarém e um para área do Porto Vila do Conde. Este
último chegou a entrar no edital para o leilão realizado em dezembro do
ano passado, mas foi retirado do certame devido à falta de interessados.
"Fizemos
reuniões entre o governo e o mercado para construirmos o melhor
material possível. Chegamos à conclusão de que os interessados
precisavam de mais tempo para a análise dos editaIs, principalmente os
investidores internacionais", afirmou Barbalho. O tempo entre a
publicação do edital e a realização do leilão será superior a dois
meses.
De acordo com o ministro, as áreas a serem licitadas no
Pará fortalecem o chamado Eixo-Norte para o escoamento da produção de
grãos da região Centro-Oeste. "O Eixo-Norte já está consolidado e o
custo do transporte por esse caminho já é atrativo se comparado aos
portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Vamos garantir mais
investimentos nos terminais do Pará em linha com as expectativas do
mercado e do governo", acrescentou o ministro.
A licitação dos
terminais paraenses integra o projeto do governo de ampliar as
exportações pelo Norte do País. Além das concessões portuárias, são
esperadas para 2016 as licitações da BR-163 no trecho entre Sinop (MT) e
o Porto de Miritituba (PA), e da ferrovia que ligará Lucas do Rio Verde
(MT) ao mesmo porto. "O governo também deve lançar o edital para a
hidrovia do Rio Tocantins até Vila do Conde em fevereiro", reforçou
Barbalho.
Por isso, o ministro acredita que haverá disputa
efetiva pelos terminais portuários paraenses. No leilão de dezembro, o
governo arrecadou R$ 430 milhões com o arrendamento de três áreas no
Porto de Santos. Mais uma vez, não haverá preço mínimo para as outorgas
do certame, mas Barbalho adiantou que haverá uma mudança na forma de
pagamento dos valores. "Agora, serão pagos 25% no ato de assinatura dos
contratos e os 75% poderão ser divididos em até cinco parcelas anuais,
corrigidas pelo IPCA", completou.
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